segunda-feira, 13 de abril de 2015

The Gentle Storm - The Diary (2015)




The Gentle Storm - The Diary (2015)
(InsideOut Music - Importado)

CD 1 - Gentle:
01. Endless Sea (Gentle Version)
02. Heart Of Amsterdam (Gentle Version)
03. The Greatest Love (Gentle Version)
04. Shores Of India (Gentle Version)
05. Cape Of Storms (Gentle Version)
06. The Moment (Gentle Version)
07. The Storm (Gentle Version)
08. Eyes of Michiel (Gentle Version)
09. Brightest Light (Gentle Version)
10. New Horizons (Gentle Version)
11. Epilogue: The Final Entry (Gentle Version)

CD 2 - Storm:
01. Endless Sea (Storm Version)
02. Heart Of Amsterdam (Storm Version)
03. The Greatest Love (Storm Version)
04. Shores Of India (Storm Version)
05. Cape Of Storms (Storm Version)
06. The Moment (Storm Version)
07. The Storm (Storm Version)
08. Eyes Of Michiel (Storm Version)
09. Brightest Light (Storm Version)
10. New Horizons (Storm Version)

Arjen Anthony Lucassen é a mente criativa por de trás de projetos como Ayreon (o mais conhecido de todos), Guilt Machine, Ambeon e Star One. Seu talento é indiscutível, tanto como músico como produtor e nem seus detratores podem negar isso. Anneke van Giersbergen marcou época frente ao The Gathering a partir da primeira metade dos anos 90, podendo ser afirmado sem medo que ela foi, ao lado de Liv Kristine, uma das grandes responsáveis por colocar vocalistas femininas em foco novamente. Tarja, Floor, Simone e outras devem muito a ela, mesmo que muitos por ai possam ficar de mimimi com tal afirmação. Nem mesmo sua opção por sair da banda holandesa e seguir uma carreira solo mais voltada para o Rock Alternativo, alterou o respeito que a mesma conquistou entre os fãs de Metal. Sendo assim, quando esse projeto foi anunciado ano passado, criou-se uma grande expectativa sobre o mesmo. O que surgiria da união do talento de Arjen (responsável por todas as músicas) e Anneke (responsável por todas as letras)?
A resposta a essa pergunta é The Diary, um álbum duplo, conceitual, que conta uma história de amor que se passa no século XVII e possui uma proposta ousada. Cada uma das 11 músicas aqui presentes têm uma segunda versão. No CD1, chamado de Gentle, escutamos uma abordagem Folk e Acústica, que representa o lado feminino da história. Já o CD2, que leva o título de Storm, as mesmas faixas aparecem em versões mais pesadas e que pendem mais para o lado do Metal Sinfônico, sendo assim a representação do masculino. O resultado não poderia ser menos do que fabuloso, já que sai totalmente da mesmice que vem imperando por ai.
Gentle é o mais diversificado dos dois, não só pela abordagem mais Folk/Acústica como também pela variedade de instrumentos utilizados, já que entre violinos, cellos e flautas, são cerca de 40 instrumentos enriquecendo as 11 faixas presentes. Em um primeiro momento você pode imaginar que esse “excesso” pode acabar tirando o foco da música, mas o The Gentle Storm tem o maior dos trunfos em sua manga, a voz de Anneke. É ela quem domina The Diary de cabo a rabo, independente da abordagem dada à canção. Sua voz é dominante, intensa, emocional e simplesmente irrepreensível, mostrando que o tempo só lhe faz bem. Sempre considerei a melhor em seu ramo e continuo reafirmando isso sem medo. Anneke e imbatível e não existe nenhuma vocalista da atualidade que se equipare a ela em qualidade. Belas vozes temos aos montes, mas quando o assunto é cantar com a alma, se entregando a cada canção com uma paixão única, dessas de arrepiar o ouvinte, ela se torna imbatível. Mas voltando a música, apesar da estrutura moderna das músicas, em muitos momentos as faixas de Gentle remetem a música de época, fazendo com que o ouvinte se sinta em pleno Século XVII. Já Storm, por limitações óbvias impostas pela proposta sinfônica adotada, acaba sendo um tendo um dinamismo menos, o que não faz dele um trabalho menos se comparado a seu irmão. As partes sinfônicas são muito bem encaixadas e sem aqueles exageros cometidos por ai, sendo assim, não espere algo na linha de um Epica ou Nightwish, pois Arjen dá uma abordagem muito mais emocional as suas músicas. Alias, aqui ele mostra que continua a ser um músico de talento impar, já que não é qualquer um por ai que consegue executar o trabalho proposto aqui com tanta maestria. Sugiro inclusive ao ouvinte, que após escutar os álbuns de forma individual, experimente repetir alternando as versões Gentle e Storm de cada uma. É agradável ficar procurando as similaridades e diferenças de cada uma. Destaques? The Diary beira a perfeição e absolutamente todas as faixas vão soar agradáveis aos ouvidos, mas sugiro a audição de “Endless Sea” (Gentle/Storm), “Heart Of Amsterdam” (Gentle), “The Greatest Love” (Gentle/Storm), “Shores Of India” (Gentle/Storm), “The Moment” (Gentle), “Brightest Light” (Gentle/Storm) e “New Horizons” (Gentle/Storm).
A produção, que ficou a cargo de Arjen, não é menos do que fabulosa. Possivelmente seu melhor trabalho nessa área até hoje. Diversificado, carregado de melodias vibrantes e cativantes e equilibrando perfeitamente passagens épicas e emocionais, The Diary se mostra um álbum único e já tem seu lugar cativo na minha lista de melhores de 2015. Se você é fã de uma das propostas adotadas aqui, esse é um CD mais do que recomendado.

NOTA: 9,0





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