quarta-feira, 15 de abril de 2015

Girlie Hell – Hit and Run (7”EP) (2014)




Girlie Hell – Hit and Run (7”EP) (2014)
(Monstro Discos – Nacional)

01. Gunpowder
02. Till The End

Fundando em 2007 na cidade de Goiânia, o quarteto formado por Bullas Attekita (vocal/guitarra), Julia Stoppa (guitarra), Fernanda Simmonds (baixo) e Carol Pasquali (bateria) obteve boa repercussão com o Hard Rock apresentado em seu álbum de estreia, Get Hard! (2012), que rendeu inclusive uma pequena turnê pelo país ao lado do Crucified Barbara. Enquanto preparam o sucessor de seu debut, aproveitaram para lançar esse 7”EP, que têm a função de não só mostrar o momento no qual se encontram, como também servir de prévia do que vêm pela frente.

A primeira coisa que se chama a atenção aqui é a apresentação de Hit and Run, muito bem feita e em vinil colorido bem legal. Mas é quando se coloca a bolachinha pra tocar que o bicho pega pra valer e você tem a possibilidade de observar toda a competência e profissionalismo do Girlie Hell. Os dois anos que se passaram desde Get Hard, amadureceram ainda mais a música do quarteto, que aqui soa mais pesada e agressiva do que nunca, pendendo mais para o lado do Metal do que para o Hard Rock. As guitarras (Bullas e Julia) despejam riffs pesados e agressivos, mas sem abrir mão de boas melodias, enquanto a parte rítmica (Fernanda e Carol) se mostra bem equilibrada e competente. Cabe também um elogio aos vocais de Bullas, que são não menos que ótimos e a coloca entre as melhores vozes do estilo no cenário nacional (e não estou falando só de vocalistas femininas). Tanto “Gunpowder” (com um riff grudento), quanto “Till The End” (que podemos rotular como uma faixa mais emotiva devido a sua letra) são excelentes composições e acabam por mostrar todo o potencial existente no Girlie Hell.

A produção é excelente, ficando a cargo dos quase onipresentes e onipotentes Heros Trench e Marcelo Pompeu, enquanto que a masterização foi feita por Alan Duches, responsável por trabalhos de lendas do Metal Extremo como Cannibal Corpse, Death e Deicide. Hit and Run, com suas duas músicas, consegue ser tão ou mais efetivo que muitos álbuns completos por ai, o que só mostra o ótimo momento vivido pelo grupo e aumenta a expectativa pelo seu segundo trabalho. Comparações com o Girlschool (o nome da EP foi tirado de uma música da banda) e outras bandas compostas exclusivamente por mulheres certamente irão surgir, mas a verdade é uma só, o Girlie Hell é o Girlie Hell, uma banda disposta a não se prender a limites estilísticos e expandir musicalmente sempre e ponto final. Que não demorem a lançar seu novo trabalho, pois Hit and Run deixou aquele saboroso gosto de quero mais.

NOTA: 8,5





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