terça-feira, 3 de março de 2015

Moonspell – Extinct (2015)




Moonspell – Extinct (2015)
(Napalm Records – Importado)

01. Breathe (Until We Are No More)
02. Extinct
03. Medusalem
04. Domina
05. The Last Of Us
06. Malignia
07. Funeral Bloom
08. A Dying Breed
09. The Future Is Dark
10. La Baphomette

Se formos contar a fase Morbid God, o Moonspell está emplacando seu vigésimo sexto ano de vida. Nesse tempo, sempre se mostrou uma banda inquieta musicalmente, passando por diversas fases em sua carreira. Black, Death, Industrial, Gothic, sempre um desses elementos predominou em algum momento desses 26 anos. Seu último álbum, Alpha Noir (12), explorava o lado mais agressivo da banda, mas trouxe de bônus um segundo álbum, Omega White, onde seu lado mais gótico e melódico predominava, retratando a banda em toda a sua pluralidade e presenteando os fãs com dois excelentes trabalhos.
Já em Extinct, encontramos a união desses dois lados apresentados no trabalho anterior, já que a agressividade de Alpha Noir e a goticidade de Omega White aparecem sintetizadas de forma magistral em uma sonoridade única e que só o Moonspell é capaz de alcançar. Sim, fale o que quiser, mas banda alguma no mundo consegue soar como o Moonspell, pois faltam a elas itens como a voz única e inconfundível de Fernando Ribeiro (para mim, sempre será o principal instrumento dos portugueses), que consegue ir do vocal agressivo para o limpo com uma naturalidade que poucos são capazes hoje, os riffs pesados e solos melódicos despejados pelas guitarras de Ricardo Amorim e Pedro Paixão, este também responsável pelos teclados que se encaixam perfeitamente as músicas e uma parte rítmica carregada de talento e variedade como a composta por Aires (baixo) e Miguel Gaspar (bateria). Falta também a essas bandas, a capacidade de forjar ótimas harmonias e refrões cativantes, desses que grudam de cara na memória do ouvinte, a ponto de já na primeira audição você estar cantando o mesmo junto (vide o da faixa título ou de “The Last Of Us”), assim como dar a música aquele ar melancólico e carregado de emoção e obscuridade no qual o Moonspell é mestre. Falta a essas bandas, sobretudo, a capacidade de viciar o ouvinte em melodias realmente marcantes, a ponto de você manter o cd no repeat por horas a fio. Destaques? O cd inteiro, já que sem dúvida estamos diante do melhor trabalho do grupo desde a dupla Wolfheart/Irreligious, mas como sempre tem alguém que reclama se não der nomes a alguns bois (ou no caso deles, lobos), experimente escutar “Breathe (Until We Are No More)”, “Extinct”, “Medusalem” (com toques bem legais de música oriental), “Funeral Bloom” e “A Dying Breed”.
Claro, os fãs dos momentos mais Black/Death da banda irão se doer um pouco, já que aqui o foco pende um pouco mais para o lado melódico, mas fã que é fã do Moonspell curte toda e qualquer fase da banda (menos o The Butterfly Effect, porque nem idolatrando os portugueses dá para gostar daquilo) e, abrindo um pouco mais a cabeça, acabará se deixando envolver e empolgar pelas 10 músicas aqui presentes (na versão Deluxe são 14). Se dúvida alguma, Extinct é a união perfeita do lado extremo com o lado gótico do Moonspell. Viciante e desde já candidato a álbum do ano!

NOTA: 9,5







Um comentário:

  1. la esta, eu gosto de butterfly fx.E um album um pouco obscuro e deprimentente industrializado! O unico que nao gosto e mesmo o sin/pecado.

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