Como elaborar uma lista com uma quantidade tão grande de
ótimos trabalhos? Adotei então a velha máxima de não estabelecer uma meta e
quando alcançasse a meta, dobrar a mesma, já que eu tinha certeza absoluta que
ao fechar tal lista, lamentaria ter deixado algo de fora. Resultado? 20 álbuns
nacionais listados e mais alguns que ficaram de fora, porque convenhamos, já
estava ficando extensa demais. Sendo assim, faço menção honrosa aos seguintes
álbuns:
- Mad Dragzter –
Master of Space and Time
- Sodamned – Songs For
All And None
- Rage Darkness –
Engine Of Misanthropy
- Keep Them Blind –
All Quiet, All Dead
- MHX’s Chronicles –
Infinite Ocean
- Dark Avenger – Alive
In The Dark
- Imminent Attack –
Welcome to My Funeral
- Monstractor –
Recycling Thrash
- Red Razor – Beer
Revolution
- A Sorrowful Dream –
Passion
- Dr. Sin – Intactus
- Arandu Arakuaa - Wdê
Nnãkrda
- Distraught - Locked
Forever
Sinceramente, quase transformei esse Top 20 em Top 30 devido
a esses álbuns ou em Top 40, devido a alguns que nem citei. Sendo assim,
aconselho você, prezado leitor, a dar uma chance a essas bandas e seus trabalhos
e porque não, ao Metal nacional em geral, pois garanto que não irão se
arrepender.
Então aí estão os 20 álbuns nacionais que mais me
despertaram a atenção nesse ano de 2015. Obviamente, sendo uma lista pessoal,
não vai agradar a gregos e troianos, assim como tem muita coisa boa que foi
lançada e eu provavelmente não consegui escutar, mas discordâncias são
aceitáveis e saudáveis, desde que ocorram de forma civilizada. Então, deixemos
de enrolação e vamos ao que interessa.
20. Saint Spirit –
Mea Culpa
Djent, Hardcore, Metalcore, Groove e Death Metal, tudo isso
se mistura para gerar uma sonoridade pesada e moderna. Em Mea Culpa o Saint
Spirit conseguiu encontrar uma cara própria para sua música, o que resultou em
um dos melhores lançamentos nacionais de 2015! Solte o Kraken dentro de você!
19. Angra – Secret
Garden
E quando você não dá mais nada pelo Angra, ele ressurge
renovado. A banda vinha em uma espiral descendente, com álbuns fracos e
turbulentas mudanças de formação, mas com Fabio Lione assumindo os vocais e
Bruno Valverde arrebentando na bateria, além claro, de Kiko, Rafael e Felipe
inspirados, acabaram lançando seu trabalho mais diversificado e que certamente
vai entrar para o hall de clássicos da banda.
18. JackDevil – Evil
Strikes Again
O mal atacou novamente em 2015! Os demônios maranhenses
chegaram moendo pescoços alheios e estourando os tímpanos mais sensíveis com
seu segundo álbum. O Thrash Old School com um tempero de NWOBHM surge aqui mais
refinado, mais bem trabalhado, mas sem perder um pingo da força e energia.
Obrigatório em se tratando de Thrash nacional.
17. Pagan Throne –
Swords Of Blood
Após um hiato de 5 anos, os cariocas retornaram ainda mais
maduros e coesos em seu segundo trabalho. Apresentando um Pagan Black Metal
poderoso, pesado, agressivo, mas sem abrir mão de boas melodias, o Pagan Throne
nos presenteou com um material de primeiríssima qualidade.
16. Mythological Cold
Towers – Monvmenta Antiqva
Os mestres do Doom Metal no Brasil retornaram com seu 5º
trabalho de estúdio dando mais uma aula de bom gosto e lançando mais um clássico
do estilo. Melancólico, obscuro, soturno, original e absurdamente criativo,
esses são adjetivos que podem definir bem Monvmenta Antiqva.
15. Insane Devotion –
Infidel
Com uma música veloz, técnica, de alto nível e carregada de
energia, o Insane Devotion apresentou em Infidel um Black Metal Sinfônico que
procura sair do lugar comum que se enfiou o estilo. E olha, os caras
conseguiram. Melódico sem perder a rispidez, esse sem dúvida é um dos grandes
álbuns do estilo em 2015.
14. HellLight –
Journey Throught Endless Storms
Intenso, obscuro e carregado de emoções, o HellLight
retornou com mais uma pequena aula de Doom Metal. Em um trabalho carregado de
melodias melancólicas, o grupo paulistano apresentou seu trabalho mais maduro
até hoje, feito sobre medida para agradar as almas atormentadas fãs do estilo!
13. Espera XIII –
Unexpected Austral Light
Eis um álbum que definitivamente me surpreendeu.
Trasbordando criatividade e personalidade, esse grupo oriundo de São Paulo
empolga com seu Black/Death Melódico que passa a zilhões de quilômetros de soar
genérico. Para mim, uma das grandes revelações nacionais do ano e uma banda a
se observar de muito, muito perto.
Se na lista internacional o Baroness entrou de última hora,
na nacional isso coube aos mineiros do Project Black Pantera. Praticando um
Thrash/Crossover de respeito, estrearam com o pé direito com um debut carregado
de energia, intenso e impactante. Uma das grandes revelações nacionais de 2015.
11. Tuatha de Dannan
– Dawn of the New Sun
O Tuatha de Danann retornou e da melhor forma possível,
soando renovado após um hiato de 11 anos. Menos festivo e mais pesado,
agregando elementos mais atuais do Folk Metal e de Progressivo, não podia ter
voltado em melhor forma. Belas melodias e harmonias, ótimos riffs e solos e
linhas vocais marcantes transformaram Dawn of the New Sun em um dos destaques
de 2015.
10. Sympherium –
Philosophy Of Symmetry
Esse é um álbum que não poderia ficar de fora da minha lista
de forma alguma. Black Sinfônico da melhor qualidade, pesado, agressivo, muito
bem equilibrado e elaborado. Nunca escutei uma banda do estilo no Brasil com
tamanha competência. Sabe aquela banda com potencial para brilhar e voar alto?
Então!
09. Maquinários –
Intacto
Stoner, Doom, Classic Rock, Heavy Metal. Tudo isso se
mistura na música dos catarinenses da Maquinários, que acabaram por lançar um
álbum cativante, envolvente, criativo e empolgante, com ótimas letras em
português. Intacto concorre em condições de igualdade com qualquer obra do estilo
que venha lá de fora.
08. Lothlöryen –
Principles of a Past Tomorrow
Os bardos mineiros voltaram a carga com seu novo trabalho de
estúdio e esbanjam criatividade em Principles of a Past Tomorrow, seu melhor álbum
até hoje. Mesclando Prog, Power e Folk Metal de forma muito equilibrada e
recheado de ótimas harmonias e melodias, esse certamente foi um dos grandes
destaques de 2015.
07. Fabiano Negri –
Maybe we’ll have a god time...for the last time
Elegante. Esse é o primeiro termo que me vêm à cabeça quando
penso no segundo trabalho solo de Fabiano Negri, ex-Rei Lagarto. Aqui ele não
se impõe limites e trafega por estilos como Classico Rock, Hard, Rock,
Progressivo, Pop, Soul (com aquele ar típico dos artistas da Motown) e Funk (o
de James Brown, George Clinton e Cia, ok?). Um trabalho para amantes de boa
música.
06. Astafix –
Internal Saboteur
Variado, intenso, enérgico e mostrando muita maturidade, o
segundo álbum do Astafix cumpriu a missão de os colocar de vez entre os
principais nomes do Metal nacional. E Wally e Cia ainda homenageiam o saudoso Paulo
Schroeber, já que aqui temos suas últimas composições e gravações. Um álbum
monstruoso!
05. Desdominous –
Uncreation
Death/Black pesado, brutal e que abusa da criatividade e da
personalidade, não deixando nada a dever se comparado com as bandas gringas do
estilo. Sem exageros, um dos melhores álbuns de Metal extremo que escutei no
ano de 2015, seja no Brasil ou no exterior. Se não conhece, corra atrás desse
material.
04. Chaos Synopsis –
Seasons Of Red
Um verdadeiro massacre sonoro, raivoso e carregado de
energia, desses que deixam pescoços moídos. Está ai a melhor definição para
Seasons Of Red, terceiro trabalho de estúdio do Chaos Synopsis. É Thrash Metal
curto, grosso e agressivo, como todo álbum do estilo deve ser.
03. Kamala – Mantra
Um dos melhores (se não o melhor) álbuns de Thrash Metal do
ano de 2015. Moderno, pesado, agressivo e chegando a resvalar no Death Metal,
temos aqui uma música cheia de personalidade e que é enriquecida com elementos
de música indiana/oriental. Um desses álbuns obrigatórios na coleção de fãs do
estilo!
02. Krisiun – Forged
In Fury
Por pouco, mas muito pouco mesmo, o novo álbum dos gaúchos
não encabeçou essa lista, já que é um dos melhores álbuns de Metal lançados no
mundo em 2015. Ríspido, pesado e brutal, Forged In Fury é a mais perfeita
personificação do mal já lançado pelo trio gaúcho.
01. Saturndust –
Saturndust
Simplesmente o álbum mais surpreendente de 2015. Em seu primeiro
álbum completo, o paulistano Saturndust dá uma aula com sua mescla de Doom,
Stoner, Space Rock e Psicodélico. Já na sua estreia, conseguiram apresentar um
álbum que mesmo deixando explicitadas suas influências, consegue soar original,
algo dificílimo de conseguir nos dias de hoje.