segunda-feira, 26 de maio de 2014

Vallenfyre – Splinters (2014)




Vallenfyre – Splinters (2014)
(Century Media – Importado)

01. Scabs
02. Bereft
03. Instinct Slaughter
04. Odious Bliss
05. Savage Arise
06. Aghast
07. The Wolves of Sin
08. Cattle
09. Dragged to Gehenna
10. Thirst for Extinction
11. Splinters

Para quem ainda não sabe, o Vallenfyre é um “supergrupo” idealizado por Gregor Mackintosh, guitarrista do Paradise Lost (que aqui também é vocalista), após a morte de seu pai em 2009 e que conta com Hamish Hamilton Glencross (guitarra, My Dying Bride), Scoot (baixo, ex-Doom, Extinction Of Mankind) e Adrian Erlandsson (Paradise Lost, At The Gates, The Haunted, Brujeira). Splinters é o sucessor do ótimo A Fragile King (11) e era ansiosamente esperando por aqueles que haviam apreciado o debut da banda.
Ao contrário do que alguns aqui podem vir a pensar, a sonoridade do Vallenfyre não lembra tanto as bandas de origem dos integrantes, por mais que inevitavelmente possuam elementos das mesmas em sua música. A proposta aqui é fazer um som mais cru e agressivo (mas com a devida melodia), que remeta aos primórdios do Death Metal Sueco, mas com generosas doses de Doom e pitadas de Crust e Thrash Metal. Para tentar situar o prezado ouvinte, tente imaginar uma sonoridade que misture Entombed, Dismember, Candlemass, Celtic Frost, Triptkon, Asphyx e claro, Paradise Lost, já que querendo ou não, em vários momentos os geniais riffs de Gregor vão te remeter a sua banda original. Aqui não tem espaço para frescura, já que desde a abertura com a furiosa e esmagadora “Scabs” até o encerramento com angustiante faixa título, você será exposto a um som sujo, pesado, visceral, com riffs gélidos que destilam ódio nos momentos mais velozes e desespero nas passagens mais lentas. Destaques, além das duas faixas já citadas, vão para “Bereft”, onda soam como uma versão mais pesada do Paradise Lost de início de carreira, o arregaço Death de “Instinct Slaughter”, a celticfrostiana “Odious Bliss”, a Crust “Savage Arise” e a áspera “Thirst for Extinction”, que me fez lembrar Napalm Death, tamanha a violência.
A produção de Kurt Ballou conseguiu equilibrar perfeitamente modernidade com a crueza e sujeira necessária para remeter a velha escola do Death sueco, fazendo de Splinters, um álbum imperdível para fãs de sonoridades mais extremas. E prezado ouvinte, se prepare, pois esse é um álbum que te jogará em uma montanha russa de emoções, levando você da esperança ao desespero absoluto. Um álbum no mínimo instigante e que certamente estará em minha lista de melhores do ano em Dezembro.

NOTA: 9,0







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