Vallenfyre – Splinters (2014)
(Century Media – Importado)
01. Scabs
02. Bereft
03. Instinct
Slaughter
04. Odious
Bliss
05. Savage
Arise
06. Aghast
07. The
Wolves of Sin
08. Cattle
09. Dragged
to Gehenna
10. Thirst
for Extinction
11. Splinters
Para
quem ainda não sabe, o Vallenfyre é um “supergrupo” idealizado por Gregor
Mackintosh, guitarrista do Paradise Lost (que aqui também é vocalista), após a
morte de seu pai em 2009 e que conta com Hamish Hamilton Glencross (guitarra,
My Dying Bride), Scoot (baixo, ex-Doom, Extinction Of Mankind) e Adrian
Erlandsson (Paradise Lost, At The Gates, The Haunted, Brujeira). Splinters é o
sucessor do ótimo A Fragile King (11) e era ansiosamente esperando por aqueles
que haviam apreciado o debut da banda.
Ao
contrário do que alguns aqui podem vir a pensar, a sonoridade do Vallenfyre não
lembra tanto as bandas de origem dos integrantes, por mais que inevitavelmente
possuam elementos das mesmas em sua música. A proposta aqui é fazer um som
mais cru e agressivo (mas com a devida melodia), que remeta aos primórdios do
Death Metal Sueco, mas com generosas doses de Doom e pitadas de Crust e Thrash
Metal. Para tentar situar o prezado ouvinte, tente imaginar uma sonoridade que
misture Entombed, Dismember, Candlemass, Celtic Frost, Triptkon, Asphyx e
claro, Paradise Lost, já que querendo ou não, em vários momentos os geniais
riffs de Gregor vão te remeter a sua banda original. Aqui não tem espaço para
frescura, já que desde a abertura com a furiosa e esmagadora “Scabs” até o
encerramento com angustiante faixa título, você será exposto a um som sujo,
pesado, visceral, com riffs gélidos que destilam ódio nos momentos mais velozes
e desespero nas passagens mais lentas. Destaques, além das duas faixas já
citadas, vão para “Bereft”, onda soam como uma versão mais pesada do Paradise
Lost de início de carreira, o arregaço Death de “Instinct Slaughter”, a
celticfrostiana “Odious Bliss”, a Crust “Savage Arise” e a áspera “Thirst for
Extinction”, que me fez lembrar Napalm Death, tamanha a violência.
A
produção de Kurt Ballou conseguiu equilibrar perfeitamente modernidade com a
crueza e sujeira necessária para remeter a velha escola do Death sueco, fazendo
de Splinters, um álbum imperdível para fãs de sonoridades mais extremas. E
prezado ouvinte, se prepare, pois esse é um álbum que te jogará em uma montanha
russa de emoções, levando você da esperança ao desespero absoluto. Um álbum no
mínimo instigante e que certamente estará em minha lista de melhores do ano em
Dezembro.
NOTA: 9,0
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