Mayhem
– Esoteric Warfare (2014)
(Season
of Mist – Importado)
01. Watcher
02. Psywar
03. Trinity
04. Pandaemon
05. Milab
06. VI. Sec.
07. Throne of Time
08. Corpse of Care
09. Posthuman
10. Aion Suntelia
Uma das bandas mais polêmicas e
importantes não só da história do Black como do Metal como um todo, o Mayhem
completa 30 anos de estrada em 2014 lançando seu 5º álbum de estúdio, Esoteric Warfare, sucessor do
controverso Ordo Ad Chao (07). A primeira coisa que o ouvinte tem
que ter consciência é que aquela banda que gravou pérolas como Deathcrush (87), Live In Leipizig (93) e
De Mysteriis Dom Sathanas (94) não
existe há décadas. Dead foi fazer jus a seu nome em 1991 e Euronymous foi lhe
fazer companhia dois anos depois. Ok, você pode argumentar que caras como
Necrobutcher (baixo), Hellhammer (bateria) e Attila Csihar (vocal) estiveram,
em algum momento, presentes nas obras citadas acima, mas ai lhe pergunto: E daí?
A verdade e que existe esse Mayhem, cultuado por muitos como uma das maiores
bandas de Black Metal de todos os tempos e outro Mayhem, que surgiu ao mundo
com Grand Declaration Of War (00) e que está lançando seu quarto álbum.
Sendo ainda mais direto, você não
encontrará aqui novas “Freezing Moon”
ou “Funeral Fog”, então se faz parte
da turma que a cada novo lançamento do Mayhem tem esperança de que tal fato
ocorra, pode parar sua leitura por aqui e sequer perder seu tempo ouvindo Esoteric Warfare. O começo é até muito
promissor, com uma sequência feroz de quatro músicas, “Watcher”, “Psywar”, “Trinity” e “Pandaemon”, onde procuram misturar aquela estética típica do Black
Metal mais tradicional com a sonoridade Avantgarde do trabalho anterior.
Experimentalismos a parte, ficou muito legal e me encheu de esperanças para o
restante do trabalho. Então entra “Milab”
e tudo muda radicalmente, já que o experimentalismo passa a tomar conta de
tudo. Veja bem, não é ruim, eu até curto e tal, mas em comparação com a citada
sequência inicial, as demais musical perdem muito em qualidade. Por mais que os
ótimos riffs a cargo do estreante Teloch consigam criar um clima desconfortável
para o ouvinte (e isso é um elogio), falta urgência as músicas. Vale à pena destacar
aqui os desempenhos de Attila, totalmente teatral e com vocais completamente
doentios e Hellhammer, implacável e preciso, provando porque é sim um dos
melhores bateristas do Black Metal mundial.
Esoteric Warfare não é um mau álbum, tendo lá suas
qualidades, mas faltou a banda um pouco de foco. Se tivessem seguido a linha
inicial, poderíamos ter um dos melhores álbuns de Metal de 2014, pesado,
agressivo, obscuro e claustrofóbico, mas como não o fizeram, restou um trabalho
muito aquém do potencial dos músicos aqui envolvidos.
NOTA: 7,0
Nenhum comentário:
Postar um comentário