segunda-feira, 5 de maio de 2014

Arkona – Yav (2014)




Arkona – Yav (2014)
(Napalm Records - Importado)

01. Zarozhdenie
02. Na Strazhe Novyh Let
03. Serbia
04. Zov Pustyh Dereven‘
05. Gorod Snov
06. Ved‘ma
07. Chado Indigo
08. Jav‘
09. V Ob’jat’jah Kramoly

Nos últimos anos o Arkona veio se firmando como uma das principais bandas do Pagan/Folk Metal do cenário mundial. Misturando Thrash, Black, Metal Tradicional, Pagan e influências folclóricas russas, se diferenciavam de muito de seus pares do estilo, que apelavam para aquele Folk “alegre” com letras falando de bebedeiras e afins. Outro diferencial era a voz de Masha, pequena em tamanho, mas imensa em talento e capaz de fazer tanto vocais limpos como urrados com qualidade inquestionável. E quem, como eu, já teve a oportunidade de vê-la ao vivo, sabe que no palco a qualidade é a mesma. E bem, não nego, estava esperando com ansiedade por Yav.
Minha primeira reação ao terminar a audição desse álbum foi choque. Que a cena Pagan/Folk “mainstream” andava estagnada, já não era mistério para ninguém e, talvez por isso, o Arkona tenha resolvido buscar novas soluções para reinventar sua música. Claro que as características básicas que marcaram a banda continuam lá, diversidade de estilos, instrumentos folclóricos típicos da Rússia, peso, agressividade e os vocais de Masha. Mas algo agora está diferente. Desde a abertura, com “Zarozhdenie” e seus 9 minutos de duração, fica evidente que adicionaram a seu som, grandes doses de Progressivo. Isso é ruim? Bem, depende do ponto de vista que você abordar essa obra. Como eu disse, boa parte das características dos álbuns anteriores ainda estão lá, só que agora com uma nova roupagem, mais épica. Atenua um pouco o fato de variarem um pouco, alternando faixas mais longas com outras um pouco mais curtas, evitando que a audição se torne excessivamente cansativa. Maiores destaques vão para a já citada “Zarozhdenie”, “Na Strazhe Novyh Let” (com algumas passagens que remetem ao Black), “Serbia”, a sombria “Zov Pustyh Dereven’”, “Gorod Snov” e “Jav’”, com seus mais de 13 minutos.
Não irei mentir aqui. Esse não é um álbum fácil de assimilar em um primeiro momento. Precisei de algumas semanas escutando o mesmo todos os dias para finalmente me sentir preparado para escrever essa resenha, já que esperava algo um pouco diferente. Certamente teremos aqueles fãs que irão estranhar e reclamar do material aqui apresentado, mas os que se propuserem a escutar Yav com a cabeça mais aberta terão a chance de conhecerem uma bela obra. Bem produzido e evidentemente ambicioso, o Arkona busca se reinventar, experimentando e indo além do que se propunha até então.

NOTA: 8,0









Nenhum comentário:

Postar um comentário