Arkona – Yav (2014)
(Napalm
Records - Importado)
01. Zarozhdenie
02. Na Strazhe Novyh Let
02. Na Strazhe Novyh Let
03. Serbia
04. Zov Pustyh Dereven‘
05. Gorod Snov
06. Ved‘ma
07. Chado Indigo
08. Jav‘
09. V Ob’jat’jah Kramoly
Nos
últimos anos o Arkona veio se firmando como uma das principais bandas do
Pagan/Folk Metal do cenário mundial. Misturando Thrash, Black, Metal Tradicional,
Pagan e influências folclóricas russas, se diferenciavam de muito de seus pares
do estilo, que apelavam para aquele Folk “alegre” com letras falando de
bebedeiras e afins. Outro diferencial era a voz de Masha, pequena em tamanho,
mas imensa em talento e capaz de fazer tanto vocais limpos como urrados com
qualidade inquestionável. E quem, como eu, já teve a oportunidade de vê-la ao
vivo, sabe que no palco a qualidade é a mesma. E bem, não nego, estava
esperando com ansiedade por Yav.
Minha
primeira reação ao terminar a audição desse álbum foi choque. Que a cena
Pagan/Folk “mainstream” andava estagnada, já não era mistério para ninguém e,
talvez por isso, o Arkona tenha resolvido buscar novas soluções para reinventar
sua música. Claro que as características básicas que marcaram a banda continuam
lá, diversidade de estilos, instrumentos folclóricos típicos da Rússia, peso,
agressividade e os vocais de Masha. Mas algo agora está diferente. Desde a
abertura, com “Zarozhdenie” e seus 9
minutos de duração, fica evidente que adicionaram a seu som, grandes doses de
Progressivo. Isso é ruim? Bem, depende do ponto de vista que você abordar essa
obra. Como eu disse, boa parte das características dos álbuns anteriores ainda
estão lá, só que agora com uma nova roupagem, mais épica. Atenua um pouco o
fato de variarem um pouco, alternando faixas mais longas com outras um pouco
mais curtas, evitando que a audição se torne excessivamente cansativa. Maiores destaques
vão para a já citada “Zarozhdenie”, “Na Strazhe Novyh Let” (com algumas passagens
que remetem ao Black), “Serbia”, a
sombria “Zov Pustyh Dereven’”, “Gorod Snov” e “Jav’”, com seus mais de 13 minutos.
Não irei
mentir aqui. Esse não é um álbum fácil de assimilar em um primeiro momento.
Precisei de algumas semanas escutando o mesmo todos os dias para finalmente me
sentir preparado para escrever essa resenha, já que esperava algo um pouco
diferente. Certamente teremos aqueles fãs que irão estranhar e reclamar do
material aqui apresentado, mas os que se propuserem a escutar Yav com a cabeça mais aberta terão a
chance de conhecerem uma bela obra. Bem produzido e evidentemente ambicioso, o
Arkona busca se reinventar, experimentando e indo além do que se propunha até
então.
NOTA: 8,0
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