Armahda – Armahda (2013)
(Independente
- Nacional)
01. Ñorairô
02. Echoes from the River
02. Echoes from the River
03. Queen Mary Insane
04. Canudos
05. Armahda
06. Flags in the Wind
07. Paiol em Chamas
08. Matinta
09. Spears of Freedom
10. Uiara
11. The Iron Duke
12. What Could Never Be
13. Pathfinder
Costumo
brincar com alguns amigos, que o fã de Metal no Brasil conhece muito mais de
mitologia viking ou do folclore europeu do que da história de nosso país. E
talvez, se formos analisar com frieza, seja a mais pura verdade. Foi para
suprir essa lacuna que, em 2011, Renato Domingos e Mauricio Guimarães
resolveram formar o Armahda. A proposta era unir Metal com letras que tratassem
de temas tipicamente nacionais, tanto fatos históricos como folclóricos. E bem,
parece que conseguiram.
Musicalmente,
o Armahda pratica um Power/Heavy com doses de Melódico e pitadas aqui e ali de
Speed Metal, seguindo a linha mais germânica do estilo, remetendo o ouvinte
muitas vezes ao Blind Guardian. O som é bem pesado e, apesar de não apresentar
absolutamente nada de novo, vai agradar em cheio aqueles que curtem essa
proposta. As letras são um caso a parte, pois abordam temas históricos e folclóricos
com Canudos, Duque de Caxias, Revolta da Armada, Uiara, Matinta ou Revolução Farroupilha.
Senti um foco maior em temas militares (o próprio nome da banda foi inspirado
na Marinha Brasileira), o que pode vir também a chamar a atenção dos fãs de
bandas como o Sabaton. Os principais destaques aqui ficam para “Queen Mary
Insane” (sobre a Rainha Maria, a Louca), “Canudos”, com elementos típicos brasileiros
e que me remeteu que o Angra fez em Holy Land, “Armahda” (sobre a Revolta da
Armada), “Paiol em Chamas”, sobre a explosão do Paiol de Deodoro, uma das
passagens mais obscuras de nossa história e cantada em português, “Spears of
Freedom” (sobre os lanceiros negros em Farrapos) e a balada “Uiara” (Iara).
A
produção é muito boa e ficou a cargo de Rafael Zeferino, que também tocou
bateria no álbum. Uma curiosidade aqui é que a narração em primeira pessoa de
Floriano Peixoto em “Armahda”, foi feita por Silvio Navas, dublador do
personagem Mun-Rá (Thundercats) nos anos 80. Se musicalmente o Armahda não nos trás
qualquer novidade, no campo lírico surge como um sopro de ar fresco mais do que
necessário a cena nacional. Porque falar de Vikings e Gnomos, se temos uma
história e folclores riquíssimos? Palmas para Renato e Maurício.
NOTA: 8,0
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