Mayan – Antagonise (2014)
(Nuclear
Blast - Nacional)
01. Bloodline Forfeit
02. Burn Your Witches
02. Burn Your Witches
03. Redemption
04. Paladins of Deceit
05. Lone Wolf
06. Devil in Disguise
07. Insano
08. Human Sacrifice
09. Enemies of Freedom
10. Capital Punishment
11. Faceless Spies
O
guitarrista Mark Jansen é um sujeito inquieto. Após sua saída do After Forever
em 2002, criou o Épica, banda com a qual vêm conseguindo enorme sucesso
praticando uma mistura de Power Metal com Metal Sinfônico. Não satisfeito com
isso, em 2010 criou o Mayan, projeto que aposta em uma espécie de Symphonic
Death Metal. Nele, conta com a presença de dois companheiros de Epica, o
baixista Rob van der Loo e o baterista Ariën van Weesenbeck. Em seu álbum de
estréia, Quarterpastr (11), tinha
também a seu lado a vocalista Simone Simmons. Sendo assim, não é crime algum um
leitor mais desavisado imaginar que o Mayan em nada se difere da banda
principal de Jansen. Pois informo a você que está redondamente enganado.
Em Antagonise, Simone foi substituída pela
italiana Laura Macri, além de termos as participações de Floor Jansen (ex –
After Forever, ReVamp, Nightwish), Marcela Bovio (Stream of Passion) e do
violinista grego Dimitris Katsoulis. Claro que existem similaridades, afinal de
contas existem aqui elementos sinfônicos em profusão que são responsáveis por
todo o clima épico da banda, mas o Mayan é muito mais que isso. Em relação ao
debut, estão sem sombra de dúvidas mais maduros, tendo aperfeiçoado suas
composições e conseguindo um melhor equilíbrio entre as partes mais agressivas
e as melódicas, por mais que cometam aqui e ali um ou outro exagero sinfônico. Ao
contrario do que muitos podem pensar, não apelam aqui para aquele velho clichê
dos vocais estilo “bela e a fera” (os vocais limpos femininos são mais contidos
aqui), já que foco é quase sempre o gutural de Jansen. Quando surge uma voz em
contraponto, na maior parte das vezes a responsabilidade recai sobre os vocais
limpos de Henning Basse (ex-Metalium). Musicalmente, os melhores momentos
ocorrem quando apostam mais no Death Metal. Chamou-me muito a atenção o
conteúdo lírico de Antagonize, que está bem explicitado em sua capa, que
retrata perfeitamente a realidade do mundo atual, onde os governos, através de
estratégia do medo, tentam cada vez mais diminuir a privacidade e aumentar seu
controle sobre as pessoas. Os destaques aqui vão para “Bloodline Forfeit”, “Burn Your Witches”, “Paladines of Deceit”,
“Insano”, uma espécie de interlúdio onde Laura Macri brilha, “Human Sacrifice”, “Enemies of Freedom”
e “I Faceless Spies”.
Pesado,
moderno e versátil, Antagonize é um
trabalho muito agradável de ouvir. Claro, se trata de uma proposta um tanto
complexa, mas ainda sim sua digestão não é tão difícil como se poderia
imaginar. Se você curte bandas como Septicflesh, Fleshgod Apocalypse ou Ex Deo,
certamente irá aprovar o novo álbum do Mayan.
NOTA: 8,0
Nenhum comentário:
Postar um comentário