quarta-feira, 22 de maio de 2013

The Black Coffins – III. Graveyard Incantation (2013)




01. The Day The Sky Exploded
02. A World of Plagues
03. Doomlords and Conquerors
04. Nail my Coffin

Definitivamente, não canso de me surpreender com a alta qualidade do underground metálico nacional. A bola da vez agora é o The Black Coffins, banda paulista, fundada em 2011, mas que já vem causando muito barulho desde o ano passado, quando lançaram seu ótimo debut, Dead Sky Sepulchre. Aqui temos seu novo trabalho, o EP III. Graveyard Incantation, composto de apenas 4 faixas, mas que ainda sim consegue mostrar todo o poder de fogo da banda.

Musicalmente, o The Black Coffins aposta em uma mistura para lá de violenta de Death metal Old School, com pitadas de punk/hardcore de verdade (não essa coisa que se convencionou chamar nos dias de hoje), que remete diretamente as formações clássicas vindas da Suécia no início dos anos 90, principalmente Entombed e Dismember. O EP já abre de cara com uma verdadeira paulada, “The Day The Sky Exploded”, rápida e brutal, dessas de quebrar o pescoço de qualquer um. O massacre continua com a “fodida” “A World of Plagues”, simplesmente empolgante e com um riff animal. A densa “Doomlords and Conquerors” vêm na sequência, com um belíssimo trabalho de guitarras e uma pegada mais cadenciada (me remeteu ao grande Asphyx), e que prende a atenção do ouvinte, fazendo você bater cabeça sem ao menos notar, desde a primeira nota (acreditem, isso ocorreu comigo.). E para bater o último prego e fechar o caixão (impossível alguém resenhar o trabalho e não fazer esse trocadilho!), “Nail my Coffin” chega destruindo tudo com muito peso e brutalidade. Um final perfeito para um autêntico massacre musical.

Um clima de maldade emana do play durante toda a audição de III. Graveyard Incantation, que sem sombra de dúvidas, é um trabalho altamente viciante. Com um som absurdamente pesado, sujo e agressivo, esse não é um álbum indicado para aqueles bangers de ouvidos mais sensíveis, já que o material contido aqui pode causar grandes estragos e fazer sangras os canais auditivos daqueles não acostumados a sonoridades mais brutais. E ai fica aquela pergunta. Se eles conseguiram causar esse estrago todo apenas com um EP, imagine o que não irão fazer com seu próximo álbum de estúdio. Item básico em qualquer coleção que se preze.

NOTA: 9,0


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