segunda-feira, 6 de maio de 2013

Hatriot – Heroes Of Origin (2013)





01. Suicide Run
02. Weapons of Class Destruction
03. Murder American Style
04. Blood Stained Wings
05. The Violent Times of My Dark Passenger
06. Globicidal
07. And Your Children to Be Damned
08. The Mechanics of Annihilation
09. Shadows of the Buried
10. Heroes of Origin

Apesar de aprovar em muito, existe algo que me incomoda nesse revival pelo qual passa o Thrash Metal nos dias de hoje. Na maioria das vezes, acaba sendo um tanto quanto irritante o fato de boa parte das novas bandas se preocuparem mais em copiar o que já foi feito pelas clássicas do que em criar algo novo. Poucas são as que escapam dessa armadilha. O que acaba servindo de consolo nisso tudo é que muito dos grandes nomes do estilo continuam na estrada lançando trabalhos de grande relevância, vide os últimos álbuns de Testament e Kreator, por exemplo. Mas onde se encaixa o Hatriot nessa história? Simples, essa é nada mais, nada menos, que a nova banda do grande Steve “Zetro” Souza, que fez história capitaneando os vocais do grande Exodus.

Não é de se espantar então que você, ouvinte, vá se deparar com um álbum de Thrash Metal em seu melhor estado. Vocais raivosos, agressividade latente, ótimas bases e solos, uma cozinha pesada e técnica (composta pelos filhos de Steve, Cody (b) e Nick (d)), tudo que um fã do estilo pode esperar. Heroes Of Origin poderia ser tranquilamente o sucessor do último trabalho de Steve no Exodus, Tempo of the Damned, e, de forma indiscutível, é melhor do que tudo que eles lançaram após sua saída. É também um álbum muito coeso, consciente, e apesar da alta qualidade, podemos destacar algumas faixas. “Weapons of Class Destruction” surge como uma bola de demolição, simplesmente devastadora, “Murder American Style” é dessas faixas para deixar qualquer banger com o pescoço moído e “The Violent Times of My Dark Passenger” é simplesmente empolgante. Podemos ainda citar aqui a rápida e matadora “Suicide Run” e a cadenciada “Globicidal”.

O Hatriot surge na cena cheio de gás e gana, e ao ouvir seu debut, o impacto é iminente. Com um Thrash moderno, mas que em momento algum se descola da velha escola do estilo e músicas pesadas e intensas, não se pode ter um pingo de dúvidas sobre o futuro absurdamente promissor que se descortina para a banda. Desde já, um dos melhores trabalhos do ano.

NOTA: 9,0


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