01. Shades Of Gray
02. Mission
03. The Wanderer
04. Narrowpath
05. Hopeless Day
06. Nightbird’s Song
07. Into The Abyss
08. Enchanted By The Moon
09. A New Day
02. Mission
03. The Wanderer
04. Narrowpath
05. Hopeless Day
06. Nightbird’s Song
07. Into The Abyss
08. Enchanted By The Moon
09. A New Day
Pode-se dizer que o Amorphis
vem construindo uma identidade própria desde Tales From de Thousand Lakes (1994). Da lá para cá, podemos cravar
com antecedência e sem medo, algumas características presentes em seus
lançamentos: composições complexas e precisas, canções épicas, letras voltadas
para mitologia/poesia finlandesa (mais precisamente o Kalevala), melodias
folclóricas e vocais alternando entre o limpo e o gutural, sempre com muita
competência. Após um período um tanto controverso, no inicio da década de 2000,
a entrada de Tomi Joutsen, que assumiu os vocais da banda, deu novo fôlego aos
finlandeses e acabaram engrenando 4 grandes lançamentos em sequência, os ótimos
Eclipse (2006), Silent Waters (2007),
Skyforger (2009) e o bom The
Beginning Of Times (2011), que apesar de boas músicas, pecava pela sua
longa duração. Não obstante isso, Circle
era ansiosamente esperado por aqueles que são fãs da proposta da banda.
Mais conciso e curto que o
trabalho anterior, Circle começa de
forma muito animadora, emendando uma ótima sequência de músicas, iniciando com
a excelente “Shades Of Gray”, melhor
faixa do álbum, com ótimos riffs e remetendo aos tempos de Silent Waters, passando pelas ótimas “Mission” (poderia estar tranquilamente no Eclipse) e “The Wanderer”
(cativante e com ótimo refrão) e fechando com “Narrowpath”, com uma levada mais folk que a encaixaria
perfeitamente no Skyforger. Então o
inesperado acontece. De “Hopeless Day”
para frente Circle meio que se perde,
alternando entre faixas apenas corretas, como “Into The Abyss” outras totalmente esquecíveis, como “Enchanted By The Moon” e “A New Day”. Essa inconstância acaba gerando um sentimento
forte de decepção, já que o Amorphis nos acostumou a um nível bem mais alto de
qualidade em seus lançamentos.
Infelizmente, após encontrar
uma sonoridade própria e emplacar uma série de bons lançamentos, a banda parece
ter se estabelecido de uma forma muito temerosa em sua zona de conforto, o que
nunca é bom. E nesse ponto, nem mesmo a ótima produção de Peter Tagtgren, que
deixou o som um pouco mais agressivo, conseguiu tirar a banda da acomodação.
Infelizmente aqui, falta impacto as composições, mal que não ocorria no
passado, e isso torna tudo um tanto decepcionante e derivativo. Fãs die hard do
Amorphis, certamente irão aprovar Circle,
mas os demais vão terminar a audição com uma grande sensação de frustração.
Realmente, indicado apenas para fanáticos. Quem mandou nos deixar mal
acostumados?
NOTA:
6,5
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