01. A Simple Song
02. Weirdistan
03. Out Of Hand
04. Hell To Pay
05. Body Line
06. Above And Beyond
07. Blood From A Stone
08. Uncommon Man
09. Après Vous
10. All The Time In The World
11. Vincent Price
02. Weirdistan
03. Out Of Hand
04. Hell To Pay
05. Body Line
06. Above And Beyond
07. Blood From A Stone
08. Uncommon Man
09. Après Vous
10. All The Time In The World
11. Vincent Price
Depois de 8
anos, eis que a lenda Deep Purple volta a cena com Now What!, seu
novo trabalho de estúdio. E vou ser bem direto aqui, se você é dessas viúvas do
Purple setentista ou acha que a banda não existe sem Blackmore e sua formação
clássica e desconsidera seus trabalhos atuais, azar o seu. Para os primeiros,
já fazem cerca de 40 anos que esse período passou, e na vida se anda para
frente, não se fica preso ao passado, cheio de saudosismos. Já para os
segundos, bem, basta lembrar dois detalhes aqui: primeiro, Steve Morse já está
na banda a praticamente 20 anos, o que é mais tempo do que Blackmore teve de
Purple, segundo, foi essa formação clássica que quando retornou nos anos 80,
lançou trabalhos de medianos para fracos, como The House of Blue
Light (1987) e The
Battle Rages On (1993), fora o vexatório Slaves and Masters (1990),
que não conta apenas com a participação de Ian Gillan. Pequeno desabafo feito,
vamos ao que interessa.
Desde Purpedincular (1996)
que o Purple vem mantendo uma sequencia de bons lançamentos. Podem não ser
trabalhos do mesmo naipe do que lançaram nos anos 70, mas ainda sim, material
muito digno e acima do nível da maioria das bandas que temos por ai hoje em
dia. Now What!
não é diferente. O álbum abre com a ótima “A Simple Song”,
para emendar uma ótima sequência com a rockeira “Weirdistan”, a
pesada “Out Of
Hand” e a espetacular “Hell To Pay”,
que me remeteu aos melhores momentos do Purple clássico. Se o ouvinte tinha
alguma duvida sobre a relevância da banda nos dias de hoje, ela se desvanece
após esse início. Outros aspectos dignos de nota são os ótimos duelos entre
Steve Morse (G) e Don Airey (K) e o fato de como esse último finalmente começou
a imprimir sua personalidade nas músicas. Gillan também se destaca, mostrando
que mesmo beirando os 70 anos, ainda canta muito. Sua voz pode não ser a mesma
de anos atrás, mas ele aprendeu a lidar muito bem com as limitações que a idade
lhe impôs. Vale a pena destacar aqui ainda, as faixas “Aprés Vous”,
simplesmente ótima e onde Airey se destaca e a soturna “Vicent Price”.
Não, não estamos
diante de um novo “Machine
Head” ou “In
Rock”, mas e daí? No What! é um
trabalho coeso, pesado, com ótima produção e que supera as expectativas. Para
mim, o melhor trabalho da banda desde Perfect Strangers
(1984) e uma grande homenagem ao mestre Jon Lord. Ah, e viuvinhas de plantão,
vão chorar na cama que é lugar mais quente!
NOTA: 8,5
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