quarta-feira, 17 de abril de 2013

Fates Prophecy – The Cradle Of Life (2013)



01. 24-7 To Death
02. New Degeneration
03. Resurrection
04.
A Prayer To The Sun
05. The Cradle Of Life
06. The Unbeliever
07. Primitive Man
08. Devil is My Name
09.
One Life

Se existe uma coisa que boa parte dos fãs de Heavy Metal aprovam, é o respeito pelas raízes musicais. Não atoa, raramente conseguem lidar bem quando aquela banda que são fãs resolve alterar algum aspecto de sua música. No caso do Fates Prophecy, esse não é um risco que seus apreciadores correm, pois a mais de 20 anos se dedicam com afinco e fidelidade ao mais puro Heavy Metal Tradicional, sendo honestos e ignorando toda e qualquer tendência mais moderna.

Após 8 anos de hiato, os paulistanos reaparecem na cena com The Cradle Of Life, que marca a estreia da nova formação da banda. Quem conhece o Fates Prophecy, já sabe exatamente o que esperar: Heavy Tradicional, guitarras dobradas que remetem aos bons tempos da NWOBHM, coesão, técnica e muita energia. Apesar das influências já citadas aparecerem, dessa vez isso se dá de forma mais discreta, evitando assim que soem como uma mera cópia de bandas já consagradas no cenário, principalmente do Iron Maiden, banda com a qual sempre foram comparados. As influências “maidenianas” estão um pouco mais distantes aqui e podemos notar uma pegada levemente Prog, o que acaba abrindo espaço para uma sonoridade mais própria, o que é ótimo. Ainda sim, poderíamos dizer que faixas como “24-7” e “The Unbeliever” poderiam estar em qualquer álbum dos britânicos. Os maiores destaques aqui vão para “New Degeneration”, com um ótimo refrão, “Primitive Man” e a belíssima faixa título, uma semi-balada pesada e carregada de emoção.

The Cradle Of Life é marcado pelo ótimo nível das composições, pelos igualmente ótimos trabalhos de guitarra e cozinha e por um vocalista, Ricardo Peres (ex-Seventh Seal) que foge dos exageros vocais, além de ser o trabalho mais variado do ponto de vista musical lançado pela banda. Ok, o Fates Prophecy não apresenta nada de novo em matéria de Heavy Tradicional, mas e daí? Isso algum dia foi problema para nós, headbangers? Que continuem sempre a tocar com a personalidade, a garra, o vigor e a honestidade que sempre marcaram a sua carreira. E que por favor, não demorem mais 8 anos para lançar um novo trabalho.

NOTA: 8,0





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