01.
Infestissumam
02.
Per Aspera Ad Inferi
03.
Secular Haze
04.
Jigolo Har Megiddo
05.
Ghuleh / Zombie Queen
06.
Year Zero
07.
Idolatrine
08.
Body and Blood
09.
Depth of Satan's Eyes
10.
Monstrance Clock
Me chamem de louco, do que quiserem, mas
nunca compreendi a babação de ovo geral para o Ghost quando lançaram Opus
Eponymous (10). Escutei o álbum até cansar e não via ali nada além de um sub
Blue Oyster Cult com algumas pitadas de Sabbath, Mercyful Fate (vocais) e
Pentagram, letras que abordavam o satanismo e um visual provocador/apelativo
que se utilizava do mistério sobre quem eram os integrantes por debaixo das
máscaras (Kiss nos anos 70????). Era um bom álbum, com boas músicas com viés
setentista e nada além disso. Não entendia, como ainda não entendo, todo aquele
papo de ser uma renovação para o Heavy Metal. Então, sinceramente, ao contrario
de muitos por ai, não aguardava ansiosamente esse lançamento.
Sendo assim, devo admitir que me
surpreendi um pouco com Infestissumam, pois, tirando as influências de Blue
Oyster Cult, as demais praticamente desapareceram do som da banda. A gama de
influências aqui aumentou e em alguns momentos, a banda chega a resvalar no pop
(não vou me surpreender se o próximo álbum vier ainda mais comercial), como
podemos ouvir em “Idolatrine”. Podemos também ver ecos de Progressivo (“Ghuleh
/ Zombie Queen”) e Glam Rock (“Jigolo Har Megiddo”). Chamam a atenção também o
fato desse ser um trabalho mais polido e mais limpo que o anterior, com foco
muito maior nas melodias e no aspecto teatral da música do Ghost do que no peso
em si e o uso mais abundante dos teclados, que em alguns momentos dão um ar
absurdamente sombrio a algumas faixas. Os maiores destaques aqui são a já
citada “Ghuleh / Zombie Queen” com influências de progressivo em sua primeira
parte e um andamento quase surf music na segunda, “Secular Haze”, que já havia
sido lançada a alguns meses (e feito alguns torcerem o nariz) e que soa melhor
agora dentro do contexto do álbum, “Body and Blood”, bem hard e com um belo
trabalho de guitarras, e a melhor faixa de Infestissumam, “Year Zero”, que tem
um refrão grudento um clima absurdamente soturno, cortesia dos teclados e dos
coros.
Bem, devo admitir que o Ghost superou o
desafio do segundo álbum, algo que assombra toda e qualquer banda que tem um
debut tão aclamado pela crítica e por fãs, como foi seu caso. Ao contrario de
simplesmente repetir aquela fórmula do debut, Heavy Tradicional com vocais
melodiosos, guitarras sabbathicas, riffs e solos simples e pesados e cozinha
coesa, optaram por se aventurar um pouco mais e colocar um pouco mais de
personalidade em seu som. Como disse lá no início, continuo sem compreender
muito bem toda essa babação pelo som do Ghost, mas não vou negar que o sexteto
sueco é muito mais do que mascaras e letras satânicas. Infestissumam é uma boa
junção de Rock setentista/pop progressivo/Glam Rock, mas não se assustem no
futuro, pois aos poucos, vão se afastando do Heavy Metal.
Nota:8,0
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