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segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Revolting - In Grisly Rapture (2011)


Revolting - In Grisly Rapture (2011)
(Extreme Union - Nacional)


01. Hell in Dunwich
02. The Plague of Matul
03. Human Exterminator
04. Dr.Freudstein
05. "Died of Fright"
06. Sucked into the Sand
07. (Beyond) The Book of Eibon
08. The Devil Witch
09. Hideous & Revolting

Para a maior parte dos bangers normais, o nome Rogga Johansson não diz muita coisa, mas os aficionados pelo bom e velho Death Metal sueco já o conhecem graças às dezenas de projetos e bandas criadas pelo mesmo. O cara é um verdadeiro workaholic do Metal e através de nomes como Demiurg, Johansson & Speckmann, Paganizer, Ribspreader, The Grotesquery, Bloodgut ou Bone Gnawer, já fez ou faz a alegria de muitos fãs do estilo.

O Revolting surgiu no ano de 2008 e desde então, lançou 5 álbuns, sendo o mais recente deles intitulado Visages of the Unspeakable (15), sempre apresentando aquele Death Metal característico das bandas de Estocolmo. In Grisly Rapture é seu terceiro trabalho de estúdio e sai agora em versão nacional graças à união de uma série de selos do nosso underground, que faço questão de citar um a um: Nomade Rock, Autópsia Records, Barulho Subterrâneo Records, Brothers of Metal, Brutaller Records, Cianeto Discos, Godless Records, Lab 6 Music, The Metal Vox, Misantrophic Luciferian Onslaught, Rock Animal, Rock Clube Live, Spricigu’s Metal House, Terceiro Mundo Chaos Discos, Violent Records, Vulto Negro Records e Wolves Curse Records.

Já na abertura, com “Hell in Dunwich”, podemos ter um claro retrato do trabalho. Densa, intensa, com um refrão muito forte e boas melodias, mas sem exageros. É um dos destaques. Aliás, vale destacar a forma como o trio consegue equilibrar bem peso, agressividade e melodias. Coisa pra quem entende do riscado. Cabe também destacar faixas como “The Plague of Matul”, com ótimos riffs, “Dr.Freudstein” e “The Devil Witch”, que conta com vocais bem variados e um belíssimo trabalho da parte rítmica.

As letras são outro ponto de destaque, já que são pequenos contos de terror baseados em filmes de mestres como Mario Bava, Lucio Fulcci e outros que são devidamente citados no encarte. Todas são escritas por Dezpicable Desmond, também responsável pela capa. Na parte referente à produção, tivemos a mixagem e masterização feitas por Ronnie Björnström, com ótimos resultados, já que deixou tudo bem claro e audível, mas sem deixar tudo excessivamente limpo e sem peso.

Se você curte um Death Metal sueco com pegada mais old school, o Revolting é uma banda que decididamente vale a pena ser conhecida, ainda mais agora, ganhando uma versão nacional que vem embalada em um digipack muito caprichado. Corra atrás do seu, pois é uma aquisição que decididamente vale a pena.

NOTA: 8,0

Revolting é:
- Revolting Rogga (vocal/guitarra);
- Grotesque Tobias (baixo);
- Mutated Martin (bateria).

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segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Paulo Schroeber – Freak Songs (2011)




Paulo Schroeber – Freak Songs (2011)
(Independente – Nacional)

01. Parallel Realities
02. Fast Jazz
03. Give Me A Pill
04. Neoclassical Party
05. Mom’s Patience
06. Fusion Headache
07. Rock It
08. To My Father
09. Good Trip
10. Insert Coins
11. Rabbit Soup
12. The Third Wish

O guitarrista gaucho Paulo Schroeber se tornou conhecido nos últimos anos por seu ótimo trabalho em bandas como Hammer 67, Astafix e principalmente no Almah. Nessa última gravou dois ótimos álbuns de estúdio, mas infelizmente, por questões de saúde, foi forçado a deixar a mesma. Sofrendo de uma rara doença degenerativa do coração, a Miocardiopatia Hipertrófica, Paulo teve que praticamente parar sua carreira em virtude disso, já que uma das principais características de tal doença é justamente o risco de uma morte súbita. Hoje, entre tratamentos e cirurgias, vem travando uma grande batalha por sua vida, nunca abaixando a cabeça e servido de exemplo para muitos que vivem reclamando sem passar por 1% do que ele vem vivendo.
Lançado no ano de 2011, Freak Songs foi até agora seu primeiro e único trabalho solo. Normalmente não tenho muito saco para álbuns solo de guitarristas, já que em sua maioria não passam de um cara querendo mostrar como consegue tocar mais rápido do que os demais, numa fritação e aporrinhação de saco sem tamanho. Felizmente o trabalho de Paulo se encaixa na minoria. Claro que temos aqui faixas velozes, diversidade de estilos e exibição de técnica ao extremo, como em qualquer álbum do estilo, mas tudo isso é feito com muito feeling e bom gosto. Em muitos momentos somos remetidos à obra de outro grande guerreiro, Jason Becker (se não conhece a história desse gênio da guitarra, de uma pesquisada no Google) e em menor escala, a Steve Vai. Mas a verdade é que na maior parte do tempo Paulo mostra muita identidade. Destaques aqui vão para “Fast Jazz”, que é exatamente o que o título diz, um Jazz tocado a toda velocidade, “Give Me A Pill”, com uma agradável levada funkeada (Funk de verdade, não essa coisa que aqui no Brasil leva esse nome), “Mom’s Patience", curta mas com uma melodia muito suave e agradabilíssima e “Rabbit Sup”, que vai te remeter a Becker.
Resumindo, esse é um grande trabalho, indicado não somente a outros guitarristas como também a todo aquele que aprecia música de qualidade e bom gosto. Ao escutar Freak Songs é inevitável lamentarmos o fato de Paulo Schroeber ter que praticamente dar uma pausada na carreira justamente em seu melhor momento. Que ele consiga superar sua doença e nos presentear com muitos outros trabalhos de bom gosto.

NOTA: 8,5





quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Project46 – Doa a quem Doer (2011)




Project46 – Doa a quem Doer (2011)
(Independente – Nacional)

01. 809702
02. Atrás das Linhas Inimigas
03. Impunidade
04. Capa de Jornal
05. Se Quiser
06. Violência Gratuita
07. Amanhã Negro
08. #46
09. Dor
10. No Rastro do Medo
11. Acorda pra Vida
12. Impunity (Web Bônus Track)

Já disse aqui algumas vezes que Metalcore para mim é algo bem 8 ou 80. Ou consigo escutar um álbum inteiro e o julgo bom ou paro a audição antes da metade e relego o trabalho ao limbo. Doa a quem Doer, trabalho dos paulistas do Project46 lançado no ano de 2011, se encaixa no primeiro grupo. Fundada em 2008, a banda vem crescendo e aumentando seu público cada vez mais. Seu Metalcore com momentos de Thrash, Hardcore e até mesmo Death Melódico demonstra muita qualidade e maturidade, algo raro em bandas com tão pouco tempo de estrada.
A primeira coisa a chamar a atenção é o fato de a banda cantar em nossa língua pátria, algo não muito comum em se tratando de bandas do gênero. Também não podemos deixar de citar todo o peso e agressividade (tanto nas musicas quanto nas letras) com que executam seu trabalho. Traçando um paralelo com uma das grandes bandas do estilo, podemos dizer que o Project46 é uma espécie de Hatebreed brasileiro, só que sem soar como uma simples emulação dos americanos. O trabalho é muito homogêneo e não possui faixa alguma de destoe por falta de qualidade. Podemos apontar como destaques “Atrás das Linhas Inimigas”, pesada e com muito groove, “Se Quiser”, “Violência Gratuita”, umas das mais agressivas de todo o trabalho e com uma influência grande de Hardcore, “Amanhã Negro”, com algo de Death Melódico e que conta com a participação de Dijjy (Ponto Nulo no Céu) e “Acorda pra Vida”, faixa mais porrada de Doa a quem Doer.
Vale destacar aqui também a alta qualidade da produção, tanto musical quanto gráfica do álbum. Realmente de primeira linha. Com riffs fortes, solos de ótima qualidade, técnica e criatividade, acabaram lançando um grande debut e nos deixa muito curiosos em escutar seu segundo álbum, programado para sair ainda nesse ano de 2013. Altamente indicado para fãs do gênero.

NOTA: 8,5