segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Paulo Schroeber – Freak Songs (2011)




Paulo Schroeber – Freak Songs (2011)
(Independente – Nacional)

01. Parallel Realities
02. Fast Jazz
03. Give Me A Pill
04. Neoclassical Party
05. Mom’s Patience
06. Fusion Headache
07. Rock It
08. To My Father
09. Good Trip
10. Insert Coins
11. Rabbit Soup
12. The Third Wish

O guitarrista gaucho Paulo Schroeber se tornou conhecido nos últimos anos por seu ótimo trabalho em bandas como Hammer 67, Astafix e principalmente no Almah. Nessa última gravou dois ótimos álbuns de estúdio, mas infelizmente, por questões de saúde, foi forçado a deixar a mesma. Sofrendo de uma rara doença degenerativa do coração, a Miocardiopatia Hipertrófica, Paulo teve que praticamente parar sua carreira em virtude disso, já que uma das principais características de tal doença é justamente o risco de uma morte súbita. Hoje, entre tratamentos e cirurgias, vem travando uma grande batalha por sua vida, nunca abaixando a cabeça e servido de exemplo para muitos que vivem reclamando sem passar por 1% do que ele vem vivendo.
Lançado no ano de 2011, Freak Songs foi até agora seu primeiro e único trabalho solo. Normalmente não tenho muito saco para álbuns solo de guitarristas, já que em sua maioria não passam de um cara querendo mostrar como consegue tocar mais rápido do que os demais, numa fritação e aporrinhação de saco sem tamanho. Felizmente o trabalho de Paulo se encaixa na minoria. Claro que temos aqui faixas velozes, diversidade de estilos e exibição de técnica ao extremo, como em qualquer álbum do estilo, mas tudo isso é feito com muito feeling e bom gosto. Em muitos momentos somos remetidos à obra de outro grande guerreiro, Jason Becker (se não conhece a história desse gênio da guitarra, de uma pesquisada no Google) e em menor escala, a Steve Vai. Mas a verdade é que na maior parte do tempo Paulo mostra muita identidade. Destaques aqui vão para “Fast Jazz”, que é exatamente o que o título diz, um Jazz tocado a toda velocidade, “Give Me A Pill”, com uma agradável levada funkeada (Funk de verdade, não essa coisa que aqui no Brasil leva esse nome), “Mom’s Patience", curta mas com uma melodia muito suave e agradabilíssima e “Rabbit Sup”, que vai te remeter a Becker.
Resumindo, esse é um grande trabalho, indicado não somente a outros guitarristas como também a todo aquele que aprecia música de qualidade e bom gosto. Ao escutar Freak Songs é inevitável lamentarmos o fato de Paulo Schroeber ter que praticamente dar uma pausada na carreira justamente em seu melhor momento. Que ele consiga superar sua doença e nos presentear com muitos outros trabalhos de bom gosto.

NOTA: 8,5





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