sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

The Rods - Brotherhood of Metal (2019)


The Rods - Brotherhood of Metal (2019)
(SPV/Steamhammer/Shinigami Records - Nacional)


01. Brotherhood of Metal
02. Everybody's Rockin'
03. Smoke on the Horizon
04. Louder Than Loud
05. Tyrant King
06. Party All Night
07. Tonight We Ride
08. 1982
09. Hell on Earth
10. The Devil Made Me Do It
11. Evil in Me

O que seria uma banda cult? Um nome pouco ou totalmente desconhecido do grande público, mas com trabalhos de qualidade inegável? Bandas que apesar de pouco conhecidas, influenciaram toda uma cena surgida posterior a sua existência? Qualquer banda dos anos 80, de qualidade ou não, que tenha fracassado fragorosamente, mas tenha resolvido voltar nos dias atuais? Conheço diversas definições para o termo. Não sei se para o caro leitor, alguma dessas definições se encaixa nesse caso, mas eu sempre enxerguei o The Rods como uma banda cult. Surgida em 1980, teve entre seus fundadores, o vocalista e guitarrista David "Rock" Feinstein, primo de ninguém menos que Ronnie James Dio, com que tocou junto no ELF, e foi responsável por um dos álbuns mais legais e clássicos da primeira metade dos anos 80, o ótimo Wild Dogs (82).

Mas esse não foi o único acerto do The Rods nos anos 80. Praticando um Heavy/Hard de muita qualidade, com alguns elementos do que viria a ser a vertente americana do Power Metal, foram responsáveis por outros grandes álbuns, como In The Raw (83) e Let Them Eat Metal (84). Em 1987, o The Rods encerrou suas atividades, mas dentro da onda de reuniçoes ocorrida nos últimos anos, retornaram no ano de 2010. Desde então esse é o seu terceiro trabalho de estúdio. Em Brotherhood of Metal, o trio formado por David "Rock" Feinstein (guitarra, vocal), Garry Bordonaro (baixo, vocal) e Carl Canedy (bateria, vocal), não inventa e mantém os dois pés muito bem fincados na sonoridade oitentista. Até a capa é uma releitura mais moderna da de Wild Dogs. Então se procura modernidade, esse não é um trabalho indicado para você.


“Brotherhood of Metal” abre os trabalhos com um bom trabalho de guitarra, riffs fortes e solo de qualidade, sendo seguida por “Everybody's Rockin'”, um Hard/Heavy que mescla muito bem aquele som do início dos anos 80 com o Classic Rock tipicamente “rainbowniano”. “Smoke on the Horizon” é mais uma que se destaca pelos riffs, e tem aquele Hammond chupado do Deep Purple, e que funciona muito bem. O início de “Louder Than Loud” me remeteu diretamente a Dio, enquanto “Tyrant King” poderia ser uma música do Judas Priest, dado a semelhança do trabalho de guitarra. Tipton e Downing certamente abririam um sorriso a escutando. “Party All Night” tem uma pegada bem Hard e baixo grooveado, “Tonight We Ride” Soa como um encontro de Saxon com Priest, e a nostálgica “1982” - ano em que Wild Dogs foi lançado – traz boas guitarras e uma letra que conta a história da banda. A sequência que encerra o álbum é composta por “Hell on Earth”, outra com forte influência de Judas e um bom refrão, “The Devil Made Me Do It”, com uma pegada mais Hard, e a épica “Evil in Me”, que se destaca pelos ótimos riffs.

A produção é da própria banda, com mixagem e masterização realizadas por Chris Collier (Last in Line, Metal Church, Prong, Riot Y). O resultado é muito bom, pois apesar de toda a clareza, não descaracterizou o som da banda, mantendo aquela aura oitentista, mas sem soar datada. Já a capa, como já dito, uma releitura do que vemos em Wild Dogs, foi obra de Eric Philippe (Rhapsody of Fire, Sonata Arctica, Stratovarius, Virgin Steele). Sem reinventar nada e entregando aos seus fãs exatamente o que eles esperam, o The Rods lança mais um bom trabalho, que agrega qualidade a sua discografia e vai agradar em cheio a todos os headbangers mais saudosistas.

NOTA: 80

The Rods é:
- David “Rock” Feinstein (guitarra/vocal)
- Garry Bordonaro (baixo/vocal)
- Carl Canedy (bateria/vocal)

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