Cold Mist - From the Dark Hills of the Past (2017)
(Cold Art Industry/Wolfblasphemer, My Dark Desires Records, Extreme Sound, Tolkiean Records, Haeretikus Productions - Nacional)
01. From the Dark Hills of the Past (intro)
02. Night and Mysteries
03. A Funeral Frost
04. Triumph of Cruelty
05. Manuscripts From Beyond
06. Deadly Mist
07. Emotions of a Full Terror
08. Old Domains
09. Fullmoon Tragedies
Em sua gênese, o Black Metal era hostil, fosse pelas letras atacando o cristianismo, fosse por sua crueza e agressividade, advindas das guitarras distorcidas, dos blast beats e dos vocais doentios. Quanto mais inacessível, quanto mais bruto e ofensivo, melhor. Mas a partir da 3ª geração do estilo, em meados dos anos 90, as coisas começaram a mudar, e tudo foi se tornando mais palatável ao gosto do “grande público”. O Black se dividiu em diversos sub-estilos, se diversificou e sim, deixou de chocar. Bandas como Dimmu Borgir, Emperor e Cradle Of Filth passaram a figurar no 1º escalão do Heavy Metal, ajudando ainda mais na aceitação e popularização do estilo.
Não me levem a mal, aprecio de verdade o atual cenário do Black Metal, com todas as suas ramificações e bandas tão diversas como Fen, Deafheaven, Altar of Plagues, Carach Angren, Saor ou Negura Bunget, mas em certos momentos, é inevitável aquele saudosismo. Nessas horas, é bom ter uma banda como a gaúcha Cold Mist por perto, com seu Black Metal calcado naquela geração nórdica, que até agrega elementos sinfônicos através dos teclados muito bem encaixados, mas que não abre mão da crueza e brutalidade tão necessárias em uma música que sim, surgiu para agredir a sociedade.
Formado por 2 dos principais nomes do cenário Black brasileiro, o vocalista e baterista Triumphsword (Patria, Land Of Fog, Thorns of Evil) e o guitarrista e baixista Bloodhate (Thorns of Evil, Hatred Sculpted Souls), e ainda contando com a luxuosa participação de Mantus (Patria, Darkest Hate Warfront, Mysteriis), que faz as guitarras adicionais do álbum, o Cold Mist estreia muito bem, nos presenteando com aquele Black Metal ríspido, cru, simples e direto, que vai remeter o ouvinte diretamente a nomes clássicos do estilo, como Emperor, Satyricon, Limbonic Art, Immortal, Taake e Darkthrone.
Os vocais de Triumphsword transitam muito bem entre o rasgado e o gutural, enquanto sua bateria soa simplesmente monstruosa. Bloodhate não fica nada atrás, se destacando pelos riffs afiadíssimos e cortantes, que soam frios, obscuros e sombrios como devem ser os riffs em um álbum de Black Metal que opta por seguir tal linha. Vale destacar que os teclados, tocados aqui por Bartzabel, conseguem dar não só um certo ar sinfônico, como também passar um clima bem soturno, estando sempre muito bem encaixado nas canções. Claro que boas melodias surgem aqui e ali, mas nada que faça a música do Cold Mist perder a sua rispidez.
(Cold Art Industry/Wolfblasphemer, My Dark Desires Records, Extreme Sound, Tolkiean Records, Haeretikus Productions - Nacional)
01. From the Dark Hills of the Past (intro)
02. Night and Mysteries
03. A Funeral Frost
04. Triumph of Cruelty
05. Manuscripts From Beyond
06. Deadly Mist
07. Emotions of a Full Terror
08. Old Domains
09. Fullmoon Tragedies
Em sua gênese, o Black Metal era hostil, fosse pelas letras atacando o cristianismo, fosse por sua crueza e agressividade, advindas das guitarras distorcidas, dos blast beats e dos vocais doentios. Quanto mais inacessível, quanto mais bruto e ofensivo, melhor. Mas a partir da 3ª geração do estilo, em meados dos anos 90, as coisas começaram a mudar, e tudo foi se tornando mais palatável ao gosto do “grande público”. O Black se dividiu em diversos sub-estilos, se diversificou e sim, deixou de chocar. Bandas como Dimmu Borgir, Emperor e Cradle Of Filth passaram a figurar no 1º escalão do Heavy Metal, ajudando ainda mais na aceitação e popularização do estilo.
Não me levem a mal, aprecio de verdade o atual cenário do Black Metal, com todas as suas ramificações e bandas tão diversas como Fen, Deafheaven, Altar of Plagues, Carach Angren, Saor ou Negura Bunget, mas em certos momentos, é inevitável aquele saudosismo. Nessas horas, é bom ter uma banda como a gaúcha Cold Mist por perto, com seu Black Metal calcado naquela geração nórdica, que até agrega elementos sinfônicos através dos teclados muito bem encaixados, mas que não abre mão da crueza e brutalidade tão necessárias em uma música que sim, surgiu para agredir a sociedade.
Formado por 2 dos principais nomes do cenário Black brasileiro, o vocalista e baterista Triumphsword (Patria, Land Of Fog, Thorns of Evil) e o guitarrista e baixista Bloodhate (Thorns of Evil, Hatred Sculpted Souls), e ainda contando com a luxuosa participação de Mantus (Patria, Darkest Hate Warfront, Mysteriis), que faz as guitarras adicionais do álbum, o Cold Mist estreia muito bem, nos presenteando com aquele Black Metal ríspido, cru, simples e direto, que vai remeter o ouvinte diretamente a nomes clássicos do estilo, como Emperor, Satyricon, Limbonic Art, Immortal, Taake e Darkthrone.
Os vocais de Triumphsword transitam muito bem entre o rasgado e o gutural, enquanto sua bateria soa simplesmente monstruosa. Bloodhate não fica nada atrás, se destacando pelos riffs afiadíssimos e cortantes, que soam frios, obscuros e sombrios como devem ser os riffs em um álbum de Black Metal que opta por seguir tal linha. Vale destacar que os teclados, tocados aqui por Bartzabel, conseguem dar não só um certo ar sinfônico, como também passar um clima bem soturno, estando sempre muito bem encaixado nas canções. Claro que boas melodias surgem aqui e ali, mas nada que faça a música do Cold Mist perder a sua rispidez.
São 9 canções, sendo que 3 são instrumentais. “From the Dark Hills of the Past” serve de introdução para o álbum, “Manuscripts From Beyond” surge como um interlúdio bem-vindo em meio ao massacre e “Fullmoon Tragedies”, que conclui o trabalho. As 6 faixas restantes são verdadeiros hinos de pura hostilidade. “Night and Mysteries” é ríspida e crua, soando brilhante dentro de sua simplicidade, enquanto “A Funeral Frost” soa sombria e gélida, com um belo trabalho dos teclados. A bruta “Triumph of Cruelty” se destaca pelo alto nível de agressividade e pela mescla de velocidade com momentos mais cadenciados e sombrios, característica também presente na ríspida “Deadly Mist”. “Emotions of a Full Terror” é a mais “melodiosa” das faixas aqui presentes, com ótimos teclados e um clima que vai imergir o ouvinte em trevas. Já “Old Domains” esbanja agressividade e bons riffs.
Produzido pela própria banda, From the Dark Hills of the Past foi gravado, mixado e masterizado no Mantra Studio (Carlos Barbosa/RS), por Leandro Debenetti, no ano de 2010, e segue aquela linha mais Lo-fi, soando crua e se encaixando perfeitamente dentro da proposta sonora que aqui escutamos. Mas há de se frisar que está tudo 100% audível. Já o layout foi todo feito por Mantus (ou Marcelo Vasco, se você preferir) e ficou excelente, com o logo sendo criação de Maicon Ristow (que toca guitarra ao vivo com o Patria). Se você sente falta daquele Black Metal veloz, ríspido, simples e agressivo, eis aqui um trabalho mais do que imperdível para você. Corra atrás, porque vai valer muito a pena ter essa obra em sua coleção.
NOTA: 8,0
Cold Mist é:
- Triumphsword (vocal/bateria);
- Bloodhate (guitarra/baixo);
- Bartzabel (teclado).
Participação especial:
- Mantus (guitarra).
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