Below - Upon a Pale Horse (2017)
(Metal Blade Records - Importado)
1. The Plague Within
2. Disappearing into Nothing
3. The Coven
4. Upon a Pale Horse
5. Suffer in Silence
6. Hours of Darkness
7. 1000 Broken Bones
8. We Are All Slaves
De tempos em tempos, nos deparamos com bandas que nos surpreendem pelo trabalho que executam, algumas vezes por apresentarem algo inovador, em outras vezes, por utilizarem de forma muito competente elementos típicos de um gênero já conhecido para forjar música de qualidade inquestionável. É nesse segundo caso que se enquadram os suecos do Below, banda relativamente nova, surgida no ano de 2012 e que já chega em seu segundo trabalho de estúdio, intitulado Upon a Pale Horse.
Dificilmente deixamos de traçar comparações entre uma banda nova que estamos escutando e algum nome consagrado de um estilo, e muitas vezes isso se dá de forma natural e inconsciente. No caso do Below, a grosso modo, a primeira coisa que vem na cabeça do ouvinte é que estamos diante do Candlemass com o Bruce Dickinson no vocal. Sim, porque em um primeiro momento seu Epic Doom Metal nos remete diretamente aos mestres suecos, enquanto a voz de Zeb nos faz lembrar de cara do lendário vocalista do Iron Maiden. Mas quando resolvemos deixar as simplificações de lado e prestar mais atenção nos detalhes, essa impressão inicial começa a se dissipar.
É óbvio que influências de nomes como Candlemass e Solitude Aeturnus se fazem presentes aqui, afinal, estamos falando dos dois maiores ícones do Epic Doom Metal, mas não pense que a música do Below se restringe a emular esses dois nomes, até porque emulação é algo que não ocorre aqui. Por mais que seu som soe clássico, referências a nomes mais atuais do Doom, como YOB, Warning e Pallbearer podem ser escutadas aqui e ali. Além disso, influências de Heavy Tradicional, mais especificamente de nomes como Witchfinder General, King Diamond, Cirith Ungol e até mesmo Iron Maiden podem ser notadas. Isso acaba dando uma amplitude bem interessante à sonoridade do Below.
Com relação ao vocal de Zeb, ele é certamente um dos grandes diferenciais da música do Below. Além do grande alcance, ele consegue transpor toda emoção que a música do grupo pede, se encaixando com perfeição dentro do estilo proposto. Bruce Dickinson é uma referência? Certamente, mas nomes como Rob Lowe (ex-Solitude Aeturnus, ex-Candlemass) e Urban Breed (Serious Black, ex-Bloodbound, ex-Tad Morose) também podem ser citados. Os guitarristas Paud e Berg deixariam Mats Björkman e Lars Johansson orgulhosos com seus riffs pesados, escuros e lentos, além dos solos, bem melódicos. Nesse ponto, não negam a forte influência da banda do Mestre Leif Edling. O baixo de Hedman executa um bom trabalho dentro do que se é esperado, enquanto o baterista Doc se destaca pela diversificação, pelas mudanças de tempo e pelo bom groove que possui.
(Metal Blade Records - Importado)
1. The Plague Within
2. Disappearing into Nothing
3. The Coven
4. Upon a Pale Horse
5. Suffer in Silence
6. Hours of Darkness
7. 1000 Broken Bones
8. We Are All Slaves
De tempos em tempos, nos deparamos com bandas que nos surpreendem pelo trabalho que executam, algumas vezes por apresentarem algo inovador, em outras vezes, por utilizarem de forma muito competente elementos típicos de um gênero já conhecido para forjar música de qualidade inquestionável. É nesse segundo caso que se enquadram os suecos do Below, banda relativamente nova, surgida no ano de 2012 e que já chega em seu segundo trabalho de estúdio, intitulado Upon a Pale Horse.
Dificilmente deixamos de traçar comparações entre uma banda nova que estamos escutando e algum nome consagrado de um estilo, e muitas vezes isso se dá de forma natural e inconsciente. No caso do Below, a grosso modo, a primeira coisa que vem na cabeça do ouvinte é que estamos diante do Candlemass com o Bruce Dickinson no vocal. Sim, porque em um primeiro momento seu Epic Doom Metal nos remete diretamente aos mestres suecos, enquanto a voz de Zeb nos faz lembrar de cara do lendário vocalista do Iron Maiden. Mas quando resolvemos deixar as simplificações de lado e prestar mais atenção nos detalhes, essa impressão inicial começa a se dissipar.
É óbvio que influências de nomes como Candlemass e Solitude Aeturnus se fazem presentes aqui, afinal, estamos falando dos dois maiores ícones do Epic Doom Metal, mas não pense que a música do Below se restringe a emular esses dois nomes, até porque emulação é algo que não ocorre aqui. Por mais que seu som soe clássico, referências a nomes mais atuais do Doom, como YOB, Warning e Pallbearer podem ser escutadas aqui e ali. Além disso, influências de Heavy Tradicional, mais especificamente de nomes como Witchfinder General, King Diamond, Cirith Ungol e até mesmo Iron Maiden podem ser notadas. Isso acaba dando uma amplitude bem interessante à sonoridade do Below.
Com relação ao vocal de Zeb, ele é certamente um dos grandes diferenciais da música do Below. Além do grande alcance, ele consegue transpor toda emoção que a música do grupo pede, se encaixando com perfeição dentro do estilo proposto. Bruce Dickinson é uma referência? Certamente, mas nomes como Rob Lowe (ex-Solitude Aeturnus, ex-Candlemass) e Urban Breed (Serious Black, ex-Bloodbound, ex-Tad Morose) também podem ser citados. Os guitarristas Paud e Berg deixariam Mats Björkman e Lars Johansson orgulhosos com seus riffs pesados, escuros e lentos, além dos solos, bem melódicos. Nesse ponto, não negam a forte influência da banda do Mestre Leif Edling. O baixo de Hedman executa um bom trabalho dentro do que se é esperado, enquanto o baterista Doc se destaca pela diversificação, pelas mudanças de tempo e pelo bom groove que possui.
Aqui temos 8 faixas, sendo que “The Plague Within” é apenas uma curta introdução que não faria falta caso tivesse sido limada. “Disappearing into Nothing” surge pesada, arrastada e com riffs que poderiam ter sido compostos por Leif Edling, mostrando que os suecos não estão para brincadeira. “The Coven” é escura, possui um ótimo riff e algumas influências de Metal Tradicional, enquanto a pesada, épica e emocional “Upon a Pale Horse” nem parece ter quase 10 minutos de duração, tamanha a qualidade. “Suffer in Silence” e “Hours of Darkness” conseguem manter o alto nível do trabalho com seus ótimos riffs e clima obscuro, enquanto “1000 Broken Bones” é um pouco mais “rápida”, mas mantendo o clima sombrio, com bons riffs, refrão marcante e influência de Metal Tradicional. O encerramento se dá com “We Are All Slaves”, outro momento épico do trabalho.
Em seu segundo álbum de estúdio, o Below conseguiu algo raro. Pegou os clichês e as obviedades do Epic Doom Metal e do Metal Tradicional e disso, forjou uma identidade própria. Sim, as referências são perceptíveis, mas sua música não soa como uma simples cópia ou emulação dos nomes citados. Você não fica com aquela incômoda sensação do “eu já escutei isso antes”, que observamos em muitos nomes que se aventuram por tal estilo. Com uma música bem diversificada e, acima de tudo, lenta e obscura, o grupo sueco lançou um dos grandes álbuns de Doom de 2017!
NOTA: 9,0
Below é:
- Zeb (vocal);
- Paud (guitarra);
- Berg (guitarra).
- Hedman (baixo);
- Doc (bateria).
Bandcamp
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