Blind
Horse - In the Arms of Road (EP) (2015)
(Independente
– Nacional)
01. In the Arms of Road
02. Rainbows in the Dark
03. Curled
Não que eu me ache o expert que saca
tudo de Rock/Metal, mas penso que tenho uma grande qualidade, que é a de não me
acomodar no que tange as bandas que escuto. Aquela coisa de ficar sempre nas
mesmas coisas, nos medalhões de sempre, simplesmente não funciona comigo. Acho
isso entediante e por isso sempre estou à pesquisa de novos sons, novos nomes.
Diariamente tira uma hora do meu dia para vasculhar blogs mundo afora e em uma
dessas buscas, acabei por me deparar em um site russo com o quarteto carioca
Blind Horse.
É curioso como às vezes precisamos ir
tão longe para conhecer algo que está tão próximo. Na maioria das vezes fico
com a nítida impressão que é mais fácil conhecer bandas novas da Finlândia do
que novos nomes nacionais e isso me incomoda demais. Poderia gastar um tempo
aqui debatendo os motivos que levam a isso, mas acho que seria perder um espaço
precioso. Quem sabe uma hora eu escreva um texto abordando tal questão.
O nome da banda, a capa do Ep, tudo
deixa bem explicito o que iremos encontrar em In the Arms of Road, ou seja, aquele Hard setentista clássico, com
influências de estilos como Blues, Rock Psicodélico, Progressivo e carregado de
groove, devido às doses cavalares de Soul e Funk (o de verdade e não esse
genérico que temos no Brasil). Nomes como Led Zeppelin, Budgie, Deep Purple,
Black Sabbath e até mesmo Sly and the Family Stone, dentre outros, virão a sua
cabeça durante a audição, mas não pense que o Blind Horse soa como simples
cópia, pois consegue imprimir sua identidade a música que executam. São apenas
três música em pouco menos de 19 minutos, mas que olha, valem mais do que
muitos cd’s inteiros que andei escutando por ai. Ótimos vocais, riffs e solos
criativos, baixo/bateria simplesmente vibrantes, muito groove e em vários momentos
um clima irresistível de jam session, que vão mergulhar você em uma máquina do
tempo e fazer com que se sinta naquele período que muitos por ai julgam como o
mais criativo da história do Rock. Não acredita? Escute então “In the Arms of Road”, “Rainbows in the
Dark” e principalmente “Curled”,
para comprovar a veracidade de minhas palavras.
A produção é totalmente condizente com a
sonoridade proposta pela banda e está simplesmente excelente e a capa é
simplesmente uma das melhores que vi esse ano. Gosta de um “mofo”? Então
precisa conhecer urgentemente o Blind Horse (dê uma passada no Bandcamp, não
vai se arrepender). Uma das bandas mais legais que escutei esse ano!
NOTA:
8,5
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