segunda-feira, 8 de junho de 2015

Primator – Involution (2015)




Primator – Involution (2015)
(Independente - Nacional)

01. Primator
02. Deadland
03. Flames Of Hades
04. Caroline
05. Black Tormentor
06. Let Me Live Again
07. Face The Death
08. Erase The Rainbow
09. Praying For Nothing
10. Involution

Por mais que o Brasil tenha uma forte tradição para vertentes mais extremas dentro do Heavy Metal, sempre tivemos espaço para boas bandas no que tange a sonoridades mais tradicionais do estilo. O Primator vêm do estado de São Paulo e aposta na sua estréia em um Metal tipicamente oitentista, com aquela pegada clássica e que invariavelmente vai remeter o ouvinte a nomes como Iron Maiden, Saxon e afins.

Nos últimos anos, têm sido muito comum no exterior bandas que apostam nessa vertente, algumas com muito brilho, como o caso do Enforcer ou do Skull Fist. Mas invariavelmente, a maior parte dos novos nomes padece de identidade, já que em boa parte do tempo soam apenas como xerox e seu clima oitentista fica um tanto quanto forçado. Felizmente isso não ocorre com o Primator, já que apesar de suas influências ficarem latentes, em momento algum sua música é simples cópia. Ajuda muito nisso a produção, que equilibrou bem o clássico e o moderno, não permitindo que o som ficasse com aquele ar datado e dando uma cara atual ao mesmo. Em resumo, o quinteto soa como uma banda atual que pratica Metal oitentista e não como uma banda que tenta até mesmo emular a gravação para parecer uma banda do período, algo que acho absurdamente chato. Marcio Dassié e Diego Lima formam uma belíssima dupla de guitarristas, como manda a tradição do estilo e despejam não só ótimas bases, como também riffs e solos de muitíssimo bom gosto. Já a parte rítmica, com o baixista André Anjos e o baterista Alexandre Oliveira se mostra muito técnica e forte, além de conseguir dar variedade às músicas. Aliás, variedade é o mote aqui, já que não apelam para a velocidade pura e simples, cadenciando muito bem seu som quando necessário. O vocalista Rodrigo Sinopoli se mostra muito bom e sua voz tem ótimo alcance. O único porém foi uma certa insistência nos agudos. O cara manda bem? Com certeza, mas em alguns casos isso me soou um tanto quanto irritante. Maneirar um pouco nos mesmos no futuro pode ser uma ótima ideia. Os destaques aqui ficam por conta de “Primator”, “Deadland”, “Caroline”, “Black Tormentor”, “Face The Death”, “Praying For Nothing” e “Involution”.

A produção, mixagem e masterização ficaram a cargo de Daniel de Sá e está com ótima qualidade, sem dever nada as boas produções que escutamos hoje pelo mundo afora. Pesada, enérgica e forte, a música do Primator pode até não ser original, mas é carregada de personalidade e acima de tudo, criatividade. Mais um álbum para a lista de grandes lançamentos nacionais de 2015!

NOTA: 8,0



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