Hollow
- Spirit Soldier (2014)
(Independente
– Nacional)
01. Strength
02. Destruction of the Mass
03. It Never Rests
04. Burning Lead
05. Death in Glory
06. The Earth Bleed
07. Spirit Soldier
O Brasil sempre teve forte tradição no
que tange o Thrash Metal. Bastar ver os ótimos nomes que já geramos dentro do
estilo. E o mais interessante de tudo é que nossas bandas sempre possuíram algo
a mais, que as diferenciam das demais por ai, a ponto de no exterior se
referirem as mesmas como “Brazilian Thrash Metal”, deixando assim bem claro as
diferenças com relação à escola americana e a européia (ou diria alemã mesmo)
do estilo.
Fundado em 2008, o quarteto gaúcho
Hollow é mais uma banda a apostar suas fichas no jeito brasileiro de se fazer
Thrash Metal. Apesar do relativo pouco tempo de estrada e desse ser apenas seu
trabalho de estréia, o resultado que vemos aqui impressiona em muito, tamanho o
nível de qualidade e maturidade. Seu som é muito pesado e agressivo, remetendo
muitas vezes ao Sepultura pré-Chaos A.D., tanto no que tange ao instrumental
quanto na parte vocal, mas sem soar datada, já que graças a gravação a banda
consegue uma sonoridade bem atual. Os vocais de Renan Cauê Müller, que também é
um dos guitarristas, são simplesmente animais, enquanto riffs e mais riffs brutais
são despejados em nossos ouvidos por ele e Maurício Zorrer. Já a parte rítmica
do Hollow, formada por Lucas Lussani (baixo) e Flávio Daufenback (substituído
após as gravações por Maurício Steffani) se mostra bem técnica e variada, além
de absurdamente pesada. Surpreende também a duração do álbum, que com suas 7
faixas sequer bate a casa dos 28 minutos. Em um mundo onde boa parte das bandas
acha que precisa preencher toda a capacidade de um Cd, se deparar com um grupo
que opta por um trabalho direto, reto e conciso é algo louvável. Sendo assim,
não tivemos espaço para aquelas faixas de enchimento tão comuns nos trabalhos
de hoje, ou seja, todas as faixas aqui são ótimas, com destaques inegáveis para
“Strenght”, “Destruction of the Mass”,
“It Never Rests” e “The Earth Bleed”.
A produção é outro ponto que me
impressionou bastante, já que apesar de ter deixado tudo muito claro,
sendo possível escutarmos cada instrumento com total clareza, não deixou o som
polido demais, mantendo o peso e a agressividade necessárias. Intenso, maduro e
coeso, Spirit Soldier é uma belíssima
estréia e coloca o Hollow no grupo das bandas a serem cuidadosamente
acompanhadas de agora em diante, já que o potencial demonstrado aqui é
inegável. Um álbum impiedoso com os pescoços alheios.
NOTA:
8,0
Nenhum comentário:
Postar um comentário