01. End of the
Beginning
02. God is Dead?
03. Loner
04. Zeitgeist
05. Age of Reason
06. Live Forever
07. Damaged Soul
08. Dear Father
02. God is Dead?
03. Loner
04. Zeitgeist
05. Age of Reason
06. Live Forever
07. Damaged Soul
08. Dear Father
Certamente 13
era o álbum mais esperado do ano. Depois de 35 anos, o Black Sabbath, com 3/4
de sua formação original, estaria lançando um álbum com Ozzy capitaneando os
vocais, algo que muitos acharam impossível ver novamente. Há algumas semanas
atrás, “God is Dead?”, primeiro
single do álbum, viu a luz do dia e deixou muitos fãs um tanto receosos,
afinal, por mais que tenha qualidade, está a anos luz do que o Sabbath pode
fazer. Rick Rubin foi o produtor
escolhido para 13. Obstante sua competência, é sabido que uma de suas maiores
características é fazer com que a banda produzida busque em suas raízes, a
inspiração para suas composições. Isso acaba sendo uma faca de dois gumes, pois
se por um lado, o resultado pode soar brilhante, por outro, se não funcionar, a
banda acaba soando um pastiche, uma pobre cópia de seu período áureo. Então,
não vou negar que estava com os dois pés atrás antes de dar o play, e começar a
audição do novo trabalho da banda.
Quando o riff inicial de “End of the Beginning”
explodiu nos falantes, remetendo diretamente ao de “Black Sabbath”, faixa que
abre o primeiro álbum da banda (esse aspecto será explorado mais a frente), um
pouco do meu receio foi embora. Sombria e atmosférica, com aquele tom macabro que
sempre marcou o Sabbath setentista, ela começa um tanto quanto arrastada, mas
acaba por engrenar da metade para frente. “God is Dead?”, já conhecida do
público, vem em seguida, e como já disse, não empolga tanto. O destaque aqui
são as linhas de baixo de Geezer, excelentes. Após esse inicio, sentia que
estava escutando um álbum do Black Sabbath, mas ao mesmo tempo parecia faltar
algo. E então surgiu “Loner”, com um riff inicial fantástico, todo um climão
meio “N.I.B”, e tudo passou a fazer sentido. Potente, enérgica e com dois solos
fantásticos de Iommi, essa é daquelas músicas pegajosas. “Zeitgeist” é o
primeiro grande momento de 13. Faixa acústica e psicodélica, remete
imediatamente a “Planet Caravan”, e faz o ouvinte viajar durante sua audição.
Já “Age of Reason” começa com um riff clássico (por sinal, eles surgem em
profusão em 13) e baixo e bateria (a cargo do correto Brad Wilk) atropelando
tudo que encontram pela frente. É dessas que o público vai cantar juntos nos
shows. “Live Forever”, faixa seguinte, é tudo que uma grande música deve ser.
Curta, poderosa, direta, absurdamente efetiva e com um refrão para lá de
pegajoso. Vai te fazer bater cabeça, não tenha dúvida. Então temos o grande
momento do álbum, o blusão arrastado e sombrio intitulado “Damaged Soul”.
Cadenciada e cheia de mudanças de tom, o foco aqui é a guitarra. O que Tony
Iommi faz aqui é de arrancar lágrimas até do mais insensível dos headbangers.
Riffs grudentos em profusão e três solos simplesmente perfeitos. Vai entrar
tranquilamente para o hall dos grandes clássicos da banda. Para encerrar os
trabalhos, temos “Dear Father”, o terceiro grande momento desse álbum. Riffs
devastadores, baixo se destacando, e muito peso, dão o tom aqui. Ao seu final,
temos uma nova menção a “Black Sabbath”, com os sons de trovões, chuvas e
sinos, que marcam a introdução dessa e o encerramento de 13. A versão Deluxe,
irá contar com mais 3 músicas, “Methademic”, “Peace of Mind” e “Pariah”, mas
como ainda não tive acesso as mesmas, não posso falar nada sobre elas.
Resumindo, em cerca de 50 minutos, o Sabbath
jogou para escanteio qualquer receio que eu pudesse ter a respeito desse
trabalho. Mesmo com uma produção limpa, que fez com que o som soasse um tanto
atual, a essência do Sabbath continua presente e a banda é fiel a suas raízes:
som lento, pesado, sombrio, baixo fantástico de Geezer, toneladas e toneladas
de riffs marcantes de Iommi. Alias, percebe-se que em virtude de sua doença,
ele deu tudo de si nesse trabalho, sendo o grande destaque em todas as faixas. 13 é forte, pesado, consistente, e
mostra que não é a toa que sempre serão o grupo mais influente da história do
Metal, servindo de referência para todo e qualquer músico do estilo. O que
entristece, é que provavelmente nunca mais teremos o prazer de escutar um álbum
de inéditas vindo deles, já que do meu ponto de vista, o recado que quiseram
passar com as citações ao primeiro CD, tanto na abertura quanto no encerramento
de 13, é que aqui se fecha o ciclo da
banda. E quer saber, fizeram isso de forma magistral. Não importa mais o que
vai ser lançado daqui para frente, esse já é o CD do ano de 2013. Essencial!
NOTA:
9,5
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