01. Sôl Austan
02. Rûnar Munt bû Finna
03. Sôlarrâs
04. Haugaeldr
05. Feôrahellir
06. Solarguôi
07. Ganga At Sôlu
08. Hiô
09. Heljarmyrkr
10. Mâni Vestan
02. Rûnar Munt bû Finna
03. Sôlarrâs
04. Haugaeldr
05. Feôrahellir
06. Solarguôi
07. Ganga At Sôlu
08. Hiô
09. Heljarmyrkr
10. Mâni Vestan
11. Sôlbjörg
Bem, acho
que posso chamar essa resenha de esquizofrênica, ou algo do tipo. Por quê? Em
breve o prezado leitor irá entender. O Burzum é dessas bandas que dispensam
muitas apresentações, já que qualquer banger que se preze e que saiba o que
ocorreu na cena nos últimos 20 anos, em algum momento se deparou com questões
sobre Inner Circle norueguês, incêndios criminosos em Igrejas e,
principalmente, o assassinato de Euronymous, do Mayhem. Posto isso, irei pular
a fase de apresentações e ir ao que realmente interessa, que é a música
presente em Sôl Austan, Mâni Vestan.
O Burzum,
por toda a sua história, sempre foi um nome que impressionou, fosse pelo
radicalismo de seu líder, Varg Vikernes, fosse pela rispidez de seu Black
Metal, o que fez com que angariasse uma legião de seguidores. Mas mesmo para o
mais apaixonado dos fãs, era visível que no pós-prisão, o Black Metal havia se
tornado algo um tanto vazio pra Varg e que seus lançamentos nesse período
vinham decrescendo cada vez mais de qualidade. Sendo assim, talvez não tenha
sido tão surpreendente a decisão de deixar o estilo de lado e investir na
sonoridade atmosférica de álbuns do período em que esteve preso, como Daudi Baldrs e Hildskjalf. Por sinal, Sôl
Austan, Mâni Vestan, começa do ponto onde este último parou. A música que
temos aqui é de uma natureza quase cósmica, carregada de uma ampla gama de sons
e emoções. Com um som simples, lúdico, cativante e misterioso, temos aqui algo
tão sublime quanto o desabrochar de uma flor. O resultado disso tudo é uma
música que hipnotiza e leva o ouvinte a uma experiência quase metafísica. Com
um álbum relaxante e intrigante, Varg nos oferece um trabalho agradável de se
ouvir em qualquer ambiente. No final, tudo acaba sendo uma questão de contexto
em que se escuta o álbum.
O Burzum,
por toda a sua história, sempre foi um nome que impressionou, fosse pelo
radicalismo de seu líder, Varg Vikernes, fosse pela rispidez de seu Black
Metal, o que fez com que angariasse uma legião de seguidores. Mas mesmo para o
mais apaixonado dos fãs, era visível que no pós-prisão, o Black Metal havia se
tornado algo um tanto vazio pra Varg e que seus lançamentos nesse período
vinham decrescendo cada vez mais de qualidade. Sendo assim, talvez não tenha
sido tão surpreendente a decisão de deixar o estilo de lado e investir na
sonoridade atmosférica de álbuns do período em que esteve preso, como Daudi Baldrs e Hildskjalf. Por sinal, Sôl
Austan, Mâni Vestan, começa do ponto onde este último parou. Sendo assim, o
que temos aqui passa a milhares de quilômetros Black Metal radical, ríspido e
de aura maléfica que marcou os primórdios do Burzum. Isso é ruim? Bem, depende
da qualidade da música apresentada, e nesse caso específico, ela não é nada
boa. Você, caro leitor, consegue imaginar uma música do Burzum sendo escutada
em um momento de relaxamento em um Spa? Ou então termos como “meditativa”,
“calma”, “singela” ou “sublime” sendo usados para se referir a uma música da
banda? Ok, você pode alegar que tudo é uma questão de contexto em que se escuta
o álbum, mas isso não vai mudar o fato de que falta variedade ao trabalho e que
ficamos com a impressão que o mesmo é composto de uma única e interminável
faixa. No final, o que resta é uma música chata pra caramba, mais desagradável
que tratamento de canal. Um dia, o Burzum foi um nome que impôs respeito e significou
música de qualidade. Hoje em dia, é apenas um nome que vive do passado e
garante o sustento pós-prisão de Varg Vikernes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário