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sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Running Wild - Rapid Foray (2016)


Running Wild - Rapid Foray (2016)
(Shinigami Records/SPV - Nacional)


01. Black Skies, Red Flag
02. Warmongers
03. Stick To Your Guns
04. Rapid Foray
05. By The Blood In Your Heart
06. The Depth Of The Sea (Nautilus)
07. Black Bart
08. Hellectrified
09. Blood Moon Rising
10. Into The West
11. Last Of The Mohicans

Gostem ou não, quando falamos de Power/Speed Metal o Running Wild é um dos nomes mais importantes do estilo, uma das bandas que ajudaram a forjar o mesmo. Inegável também que, entre 1984 e 1998, lançaram uma sequência incrível de 11 álbuns praticamente impecáveis, clássicos para a maioria dos bangers que apreciam o gênero. Mas então algo saiu do prumo e a banda começou a descer ladeira abaixo. A qualidade caiu nos trabalhos seguintes e chegou em seu ponto mais baixo no fraco Rogues en Vogue (05).

Em 2009 o inevitável ocorreu e Rock 'n' Rolf anunciou a dissolução da banda. Era melhor isso do que continuar manchando sua carreira com trabalhos de qualidade duvidosa. (In)felizmente tal término não durou muito e já em 2011 os piratas alemães retornavam à ativa, lançando em 2012 o decepcionante Shadowmaker, que contava apenas com Rolf e o guitarrista Peter Jordan, além de uma irritante bateria programada. A mesma formação lançou no ano seguinte o surpreendente Resilient, que se não pode ser chamado de clássico, poderia ser considerado sem muito esforço o melhor trabalho da banda pós-98, por mais que hoje já não me soe tão legal quanto em 2013.

Para Rapid Foray, as coisas mudaram um pouco, já que Rolf resolveu convidar o baixista Ole Hempelmann (Dreamtide, ex-Talon) e o baterista Michael Wolpers (Victory, ex-Herman Frank) para a gravação do trabalho (ambos estão tocando ao vivo com a banda), abandonando de vez a famigerada bateria programada. Bem, o resultado final é bem interessante e pode-se dizer que é um passo à frente na busca por readquirir a relevância após tantos lançamentos discutíveis. Tanto é assim, que em diversos momentos vamos nos deparar com a sonoridade clássica da banda, ou seja, bons riffs e solos, melodias de qualidade e velocidade. Além disso, soam muito mais intensos do que estávamos acostumados a escutar nos últimos tempos.

Não mentirei, se colocarmos Rapid Foray frente a frente com os clássicos da banda, ele perde feio, mas sinceramente, não vejo porque ficar com esse tipo de comparação. O Running Wild não precisa gravar um novo Port Royal (88) ou um Death or Glory (89), simplesmente porque esses já foram lançados e retrataram a época em que foram escritos. Repetir isso é desnecessário e, principalmente, impossível e qualquer tentativa de tal fato soaria forçada. A melhor coisa é sentar, relaxar, se despir de sentimentalismos e saudosismos, colocar o novo álbum para tocar e se divertir. Claro, nem tudo serão flores, temos altos e baixos aqui, mas os altos têm potencial para se tornarem clássicos.

De cara, “Black Skies, Red Flag” vai agradar em cheio com seu ritmo acelerado, suas ótimas melodias, seu refrão grudento e ótimos riffs. “Warmongers”, a faixa que vem em seguida, mantém o mesmo pique da abertura e também vai empolgar. Ok, “Stick To Your Guns” soa um pouco forçada e bem comum, assim como ocorre em “By The Blood In Your Heart”, “Hellectrified” (apesar da melodia bem agradável) e “Into The West”, mas a faixa título, com sua levada vigorosa, a ótima instrumental “The Depth Of The Sea (Nautilus)”, “Black Bart” e “Blood Moon Rising”, Power clássicos e com ótimos riffs e a faixa que encerra o trabalho, a épica e pesada “Last Of The Mohicans”, fazem compensar essas pequenas escorregadas.

A produção mais uma vez ficou por conta de Rolf, tendo a qualidade que esperamos de um trabalho do Running Wild. Já a capa, como de praxe desde o retorno da banda, foi obra de Jens Reinhold (Freedom Call, Sodom, Virgin Steele, Tank) e finalmente o cara conseguiu acertar uma dentro. Muito superior às de Shadowmaker e Resilient.

Aos poucos a nau pirata vai voltando para o prumo. Claro, sabemos do verdadeiro potencial do Running Wild e do já foram capazes de fazer, mas nem por isso cabe diminuir a qualidade de Rapid Foray, um trabalho cativante, com melodias de qualidade e que se sai muito melhor do que o esperado. Basta se despir de saudosismos e irá encontrar aqui um trabalho de muita qualidade.

NOTA: 8,0

Running Wild (gravação)
- Rock 'n' Rolf (vocal/guitarra/baixo);
- Peter Jordan (guitarra);
- Ole Hempelmann (baixo);
- Michael Wolpers (bateria).

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quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Running Wild - Resilient (2013)




Running Wild - Resilient (2013)
(SPV/Steamhammer – Importado)

01. Soldiers Of Fortune
02. Resilient
03. Adventure Highway
04. The Drift
05. Desert Rose
06. Fireheart
07. Run Riot
08. Down To The Wire
09. Crystal Gold
10. Bloddy Island
11. Payola & Shenaningans (Bônus Track)
12. Premonition (Bônus Track)

Com seus dois primeiros álbuns, Gates To Purgatory (84) e Branded And Exiled (85), o Running Wild ajudou a definir o que seria o Power/Speed Metal. Sendo assim, gostando ou não da banda, sua importância é inegável. Só que depois disso, simplesmente emendaram uma sequência fantástica de oito ótimos álbuns, que começa com o clássico Under Jolly Roger (87) e termina com The Rilvary (98), sempre com o tema pirataria como recorrente na parte lírica. Depois, a queda foi inevitável e não vou negar que após uma sequência de trabalhos que não empolgaram e que culminou com o fraco Rogues en Vogue (05), respirei aliviado com o anúncio do fim da banda por Rolf Kasparek no ano de 2009. Era mais digno isso do que ficar manchando a discografia da banda com trabalhos que não eram condizentes com sua história.

Em 2011 fomos surpreendidos com o anuncio do retorno da banda, que culminou no decepcionante Shadowmaker (12), que contava apenas com Rolf (vocal, guitarra e baixo), Peter Jordan (guitarra) e uma irritante bateria eletrônica. Dessa forma, fiquei com os dois pés atrás ao saber que Resilient contaria com essa mesma formação. Felizmente, ao final das contas acabei surpreendido. Sem exageros, esse é o melhor trabalho da banda desde o distante ano de 1998 e ajuda a recuperar muito da antiga credibilidade perdida pela sequência de péssimos lançamentos. Com ótimos riffs e melodias, músicas sólidas, ótimos refrões, desses que você pega na primeira audição, te jogam em uma máquina do tempo, fazendo com que retorne a época clássica do Running Wild nos anos 80/90. Resilient possui diversas canções com potencial para tornarem-se clássicos da banda como a forte faixa de abertura, “Soldiers Of Fortune”, “Adventure Highway”, que vai te remeter aos melhores momentos do Judas Priest, a ótima e agressiva “Crystal Gold” e principalmente, a épica e fantástica “Bloddy Island”. Claro que temos alguns momentos que não empolgam tanto, como a comercial “Desert Rose” e a fraca “Down To The Wire”, mas nada que faça o álbum cair na vala dos lançamentos fracos dos últimos anos.

Com já andaram dizendo por ai, com Resilient o Running Wild voltou a ser Running Wild, o que já não ocorria há muito tempo. Com um álbum de Metal puro e simples, sem invenções e com a criatividade de volta ao lugar, Rolf Kasparek te faz viajar a um tempo onde tudo era mais simples, inclusive o Heavy Metal. Preparem-se, pois a bandeira pirata está novamente desfraldada aos quatro ventos e eles estão chegando para pegar você. Álbum para bater cabeça!

NOTA: 8,0