Paradise Lost – Host (1999/2018)
(Nuclear Blast/Shinigami Records – Nacional)
01. So Much Is Lost
02. Nothing Sacred
03. In All Honesty
04. Harbour
05. Ordinary Days
06. It’s Too Late
07. Permanent Solution
08. Behind The Grey
09. Wreck
10. Made The Same
11. Deep
12. Year Of Summer
13. Host
Antes de começar a resenha, já deixarei mais do que claro: sou “torcedor” do Paradise Lost. Sendo assim, ao ler isso, é provável que você já imagine, e com razão, que sou desses que endeusa tudo que o quinteto inglês faz. Bem, devo informar que sou torcedor sim, mas daqueles críticos, que sempre quer ver a banda dando o seu melhor. Claro, nem sempre foi assim, afinal, todos temos aquela fase mais “die hard”, onde o radicalismo impera, como também aquela acrítica, onde tudo é lindo e maravilhoso. Host é, sem dúvida, o trabalho que melhor se encaixa na minha fase radical.
Quando o mesmo saiu no ano de 1999, minha primeira reação ao escutá-lo foi a mesma de muitos fãs da banda até então: “Que m#$&* é essa?”. Essa foi a pergunta que me fiz quando da primeira audição de Host, e confesso, a única por muitos, muitos anos. Porque tal reação? Bem, talvez porque aqui o Paradise Lost leva seu experimentalismo ao extremo, ousando sair do comodismo e explorando novos horizontes criativos, algo para o qual eu, com meus 22 anos, não estava maduro o suficiente para entender e aceitar. Não tenho vergonha de admitir que o odiei por muito tempo, até ter a maturidade o suficiente para finalmente compreender o que se descortinava diante de mim.
Host é um álbum de Synth Pop/Goth, influenciado pelos anos 80, principalmente por Depeche Mode, e em 1999, poucos estavam preparados para tal mudança. Era difícil compreender que essa era o mesmo grupo responsável por lançar 4 anos antes, um dos melhores álbuns de Metal de todos os tempos, Draconian Times. Onde estavam os vocais agressivos, as guitarras distorcidas, a bateria enérgica? Tudo que eu conseguia escutar eram vocais limpos (algo que já haviam apresentado em One Second), guitarras sintetizadas, que ficavam em segundo plano, pois, eram soterradas pelos teclados, samplers, além de uma parte rítmica que mais parecia ter saído de um álbum Synth Pop oitentista. Pois, hoje chegou o dia de redimir Host.
(Nuclear Blast/Shinigami Records – Nacional)
01. So Much Is Lost
02. Nothing Sacred
03. In All Honesty
04. Harbour
05. Ordinary Days
06. It’s Too Late
07. Permanent Solution
08. Behind The Grey
09. Wreck
10. Made The Same
11. Deep
12. Year Of Summer
13. Host
Antes de começar a resenha, já deixarei mais do que claro: sou “torcedor” do Paradise Lost. Sendo assim, ao ler isso, é provável que você já imagine, e com razão, que sou desses que endeusa tudo que o quinteto inglês faz. Bem, devo informar que sou torcedor sim, mas daqueles críticos, que sempre quer ver a banda dando o seu melhor. Claro, nem sempre foi assim, afinal, todos temos aquela fase mais “die hard”, onde o radicalismo impera, como também aquela acrítica, onde tudo é lindo e maravilhoso. Host é, sem dúvida, o trabalho que melhor se encaixa na minha fase radical.
Quando o mesmo saiu no ano de 1999, minha primeira reação ao escutá-lo foi a mesma de muitos fãs da banda até então: “Que m#$&* é essa?”. Essa foi a pergunta que me fiz quando da primeira audição de Host, e confesso, a única por muitos, muitos anos. Porque tal reação? Bem, talvez porque aqui o Paradise Lost leva seu experimentalismo ao extremo, ousando sair do comodismo e explorando novos horizontes criativos, algo para o qual eu, com meus 22 anos, não estava maduro o suficiente para entender e aceitar. Não tenho vergonha de admitir que o odiei por muito tempo, até ter a maturidade o suficiente para finalmente compreender o que se descortinava diante de mim.
Host é um álbum de Synth Pop/Goth, influenciado pelos anos 80, principalmente por Depeche Mode, e em 1999, poucos estavam preparados para tal mudança. Era difícil compreender que essa era o mesmo grupo responsável por lançar 4 anos antes, um dos melhores álbuns de Metal de todos os tempos, Draconian Times. Onde estavam os vocais agressivos, as guitarras distorcidas, a bateria enérgica? Tudo que eu conseguia escutar eram vocais limpos (algo que já haviam apresentado em One Second), guitarras sintetizadas, que ficavam em segundo plano, pois, eram soterradas pelos teclados, samplers, além de uma parte rítmica que mais parecia ter saído de um álbum Synth Pop oitentista. Pois, hoje chegou o dia de redimir Host.
O Paradise Lost sempre se caracterizou pelo ecletismo durante toda a sua carreira, por isso chega a ser difícil acreditar que existam fãs radicais da banda por aí, são quase que mitos, mas já conheci alguns, nessa vida. Se por acaso você é um desses “unicórnios” perdidos, deve estar se perguntando o porquê de redimir um álbum que foge de tudo que a banda fez antes e depois. Possivelmente porque sou fã há 27 anos – o que equivale a 65% do meu tempo de vida até hoje -, e, porque aprendi a apreciá-lo, mas principalmente, porque mudei muito nesses quase 20 anos e sou teimoso como uma mula quando acredito em algo. Bem, acredito em Host.
Hoje, quando olho para trás, consigo ver que esse era o passo lógico a ser dado após One Second, e que apenas foram em frente com relação ao que haviam apresentado no mesmo. Consigo enxergar também que as características básicas da banda continuam mais que presentes, bastando você se despir de opiniões pré-concebidas e de radicalismos. Apesar de todos os efeitos que foram utilizados para dar um clima eletrônico e atmosférico, aquelas guitarras únicas e inconfundíveis se fazem presentes, incluindo aí os riffs e fraseados fantásticos, característicos do trabalho de Mackintosh, que dão o toque de melancolia típico do Paradise Lost. Os vocais de Nick, seguindo na mesma tocada de One Second, estão simplesmente primorosos, mostrando uma maturidade absurda. Ainda hoje, considero esse seu melhor desempenho vocal em um álbum da banda.
Além de tudo que foi citado, temos aqui o mais importante, ou seja, aquela vibração sombria que perpassa toda a carreira da banda, um DNA Paradise Lost. A música aqui é cativante e atmosférica, com um goticismo latente que se faz presente em cada uma das canções. Mesmo sem o peso das guitarras, a melancolia se faz inerente, e isso é o mais importante quando se trata da banda. Host consegue ser simples em sua fórmula, mas, ao mesmo tempo, rico e complexo, graças às diversas camadas de guitarras e teclados. É sim, um álbum de muitas texturas e sabores, que deve ser apreciado com calma e sem pressa alguma. Canções como “So Much Is Lost”, “Nothing Sacred”, “Ordinary Days”, “Permanent Solution”, “Behind The Grey” e “Made The Same” possuem elementos em comum, que permitem as guitarras sintetizadas e aos teclados se destacarem, além de ótimas melodias e refrões que cativam já na primeira audição, envolvendo o ouvinte com uma facilidade absurda.
Claro que se você não for fã desse tipo de proposta, a lógica é achar Host um álbum monótono, já que em um ou outro momento a coisa fica toda um pouco arrastada, e existe certa tendência às canções parecerem um pouco entre si. Mas se for desses que apreciam Synth/Goth, e principalmente Depeche Mode, fatalmente vai terminar envolvido e imerso no álbum durante sua audição. Por falar no veterano duo inglês, uma vez li que Host é o álbum que o Depeche Mode deveria ter lançado após Ultra, e sendo apreciador de ambas as bandas, fica meio difícil não concordar, dada a qualidade dos temas aqui presentes. Vale destacar também a excelente produção, já que por se tratar do trabalho de estreia da banda pela gigante EMI, recebeu todo o suporte da gravadora nesse sentido. Ouso dizer que nunca conseguiram nada tão perfeito nesse sentido até hoje.
Resumindo, se você se encaixa no grupo que tem ressalvas ao trabalho, abra a sua cabeça, dispa-se de seus preconceitos e terá em mãos um álbum de rara qualidade em se tratando de Synth Pop/Goth. Se for fã, pode mergulhar de cabeça, chamar de Depeche Lost ou Paradise Mode, até porque para mim, ainda é o melhor álbum do Depeche Mode não lançado pelo Depeche Mode. Se não se encaixa em nenhum dos 2 grupos, apenas aproveite um álbum de extrema qualidade.
NOTA: 87
Paradise Lost (gravação)
- Nick Holmes (vocal);
- Gregor Mackintosh (guitarra/teclado);
- Aaron Aedy (guitarra);
- Stephen Edmondson (baixo);
- Lee Morris (bateria).
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Muito boa resenha. Parabéns !!!
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