Heavatar - Opus II: The Annihilation (2018)
(earMUSIC/Shinigami Records - Nacional)
01. None Shall Sleep
02. Into Doom
03. Purpose Of A Virgin Mind
04. Hijacked By Unicorns
05. The Annihilation
06. Wake Up Now
07. A Broken Taboo
08. An Awakening
09. A Battle Against All Hope
10. A Look Inside
11. Metal Daze (Manowar Cover)
12. The Look Inside (Orchestral Version)
Como o tempo é algo escasso para a maior parte das pessoas, vou começar essa resenha de uma forma diferente. Se você não curte de forma alguma Power Metal, seja na sua vertente mais clássica ou mesmo a mais melódica/orquestral, pode parar por aqui mesmo sua leitura e voltar a concentrar seu tempo em atividades que julga mais edificantes. Continua aqui? Que ótimo, pois existem grandes possibilidades de que esse álbum entre no hall dos seus trabalhos preferidos nesse ano de 2018. Mas antes de tudo, vamos contextualizar o que vem pela frente.
Para quem não conhece, o Heavatar surgiu no ano de 2012, na Alemanha, pelas mãos de Stefan Schmidt, a mente criativa por detrás do Van Canto, grupo que se notabilizou por fazer um Heavy Metal a cappella. A ideia era simples: como soaria um grupo de Metal se nomes como Beethoven, Vivaldi, Puccini, Mendelssohn, Mozart, dentre outros, resolvessem formar uma banda? Inicialmente para tal jornada, o mesmo se cercou de músicos experientes na cena, mais precisamente o renomado baterista Jörg Michael (ex-Stratovarius, ex-Saxon, ex-Rage, ex-Running Wild, ex-Grave Digger, dentre outros), o guitarrista Sebastian Scharf (ex-Fading Starlight, banda na qual Stefan também tocou) e o baixista Charles Greywolf (Powerwolf).
(earMUSIC/Shinigami Records - Nacional)
01. None Shall Sleep
02. Into Doom
03. Purpose Of A Virgin Mind
04. Hijacked By Unicorns
05. The Annihilation
06. Wake Up Now
07. A Broken Taboo
08. An Awakening
09. A Battle Against All Hope
10. A Look Inside
11. Metal Daze (Manowar Cover)
12. The Look Inside (Orchestral Version)
Como o tempo é algo escasso para a maior parte das pessoas, vou começar essa resenha de uma forma diferente. Se você não curte de forma alguma Power Metal, seja na sua vertente mais clássica ou mesmo a mais melódica/orquestral, pode parar por aqui mesmo sua leitura e voltar a concentrar seu tempo em atividades que julga mais edificantes. Continua aqui? Que ótimo, pois existem grandes possibilidades de que esse álbum entre no hall dos seus trabalhos preferidos nesse ano de 2018. Mas antes de tudo, vamos contextualizar o que vem pela frente.
Para quem não conhece, o Heavatar surgiu no ano de 2012, na Alemanha, pelas mãos de Stefan Schmidt, a mente criativa por detrás do Van Canto, grupo que se notabilizou por fazer um Heavy Metal a cappella. A ideia era simples: como soaria um grupo de Metal se nomes como Beethoven, Vivaldi, Puccini, Mendelssohn, Mozart, dentre outros, resolvessem formar uma banda? Inicialmente para tal jornada, o mesmo se cercou de músicos experientes na cena, mais precisamente o renomado baterista Jörg Michael (ex-Stratovarius, ex-Saxon, ex-Rage, ex-Running Wild, ex-Grave Digger, dentre outros), o guitarrista Sebastian Scharf (ex-Fading Starlight, banda na qual Stefan também tocou) e o baixista Charles Greywolf (Powerwolf).
Com esse time, lançou seu debut no ano de 2013, Opus I – All My Kingdoms, onde mostrou uma abordagem mais pesada ao tratar da fusão de Power Metal e Música Clássica. O fato é que em vez de inserir grandes partes orquestradas em suas canções, dentre outros exageros que muitos cometem por aí, resolveram fazer isso através das melodias, harmonias, solos e riffs presentes. Ok, outras bandas já fizeram isso no passado? Sim, mas não dá pra negar que o Heavatar transborda honestidade em sua música. Já para esse segundo álbum, apresentam uma mudança de formação, já que Greywolf não faz mais parte da mesma, tendo sido substituído pelo baixista Daniel Wicke, que tocou com Schmidt em outra ex-banda deste, o Jester’s Funeral.
Confesso que em um primeiro momento, o lançamento de Opus II: The Annihilation passou meio que batido por mim, já que o debut, apesar de bom, não me empolgou muito na época. Sendo assim, só posso agradecer à Shinigami Records por esse lançamento, pois eu teria perdido a chance de escutar um belo álbum de Power Metal. Como já dito, não estamos diante de uma proposta inovadora e revolucionária, mas temos em mãos um trabalho muito mais consistente, coeso e equilibrado do que há 5 anos atrás. As canções possuem peso e agressividade, com as influências de Música Clássica podendo soar mais na cara ou mais discretas. Os arranjos são muito bons, algo mais do que esperado levando em conta o talento que Stefan possui nesse sentido (o Van Canto, goste você ou não, está aí para mostrar isso). Ele, por sinal, se sai muito bem nos vocais, que se mostram bem variados, além de formar uma boa dupla com Sebastian Scharf, vide os bons riffs que surgem. A parte rítmica faz um belo trabalho, com Daniel sendo bem correto e Jörg apresentando seu trabalho explosivo de sempre.
“None Shall Sleep” abre o álbum de forma pesada e enérgica, com ótimos riffs e refrão, além de pegarem emprestada a linha melódica de “Nessun Dorma”, de Puccini. Ficou realmente muito legal. Mantendo o pé no acelerador, temos “Into Doom”, um Power Clássico com belas melodias e refrão fácil. “Purpose Of A Virgin Mind”, apesar de um pouco menos acelerada, ainda é uma faixa bem rápida e mostra ótimos riffs, além de bastante peso. A cadenciada “Hijacked By Unicorns” te esfrega Chopin na cara, na sua breve introdução de piano, e cativa com suas belas melodias vocais. “The Annihilation” começa com a 5ª Sinfonia de Beethoven, para depois alternar muito bem partes mais cadenciadas com outras mais velozes. E o refrão é explosivo! “Wake Up Now” é uma faixa mid-tempo que tem tudo para se tornar um hino do Heavatar, com riffs excelentes e muito peso. Simplesmente cativante.
Após isso, vem a sequência final, com a suíte intitulada The Look Inside, dividida em 4 canções diferentes, mas que possui elementos nas letras que se repetem em cada uma delas, servindo assim como um elo entre as mesmas. Aqui os elementos orquestrais surgem com mais força, transformando tudo em algo verdadeiramente épico. Além disso, se destacam pelas várias mudanças de ritmo, pelas belas melodias vocais (contando com a participação de Inga Scharf, do Van Canto) e por todo clima épico. Essas mudanças de andamento já podem ser bem observadas na abertura, com “A Broken Taboo”, que possui ótimas orquestrações e bastante peso. “An Awakening” é uma faixa belíssima, com lindas harmonias vocais, elementos clássicos e de Folk e bastante melodia. Mas o clima mais calmo é quebrado em seguida por “A Battle Against All Hope”, um Power Metal Sinfônico pesado e explosivo, com destaque para os pesadíssimos riffs de guitarra. Encerrando, temos “A Look Inside”, que é uma versão mais suave da abertura, “A Broken Taboo”. De bônus, ainda temos um cover para “Metal Daze”, do Manowar, e uma versão orquestrada da suíte The Look Inside.
A produção, muito boa por sinal, ficou por conta do próprio Stefan Schmidt, que também cuidou da mixagem. Já a masterização foi realizada por Jürgen Lusky (Angra, Edenbridge, Krokus, Unisonic). A capa foi obra do brasileiro Osmar Arroyo, responsável pela capa do último trabalho do Van Canto. No fim, o que temos é um álbum de Metal, sem invenções, sem inovações, e que consegue equilibrar muito bem o Power Metal e a Musica Clássica, dosando de forma perfeita peso, agressividade e melodia. Honesto, cativante e garantia de muita diversão. Sem dúvida um dos melhores trabalho do estilo nos últimos anos.
NOTA: 86
Heavatar é:
- Stefan Schmidt (Vocal/Guitarra);
- Sebastian Scharf (Guitarra);
- Daniel Wicke (Baixo);
- Jörg Michael (Bateria).
Homepage
Nenhum comentário:
Postar um comentário