We Sell The Dead - Heaven Doesn’t Want You And Hell Is Full (2018)
(earMUSIC/Shinigami Records - Nacional)
01. The Body Market
02. Echoes Of An Ugly Past
03. Leave Me Alone
04. Imagine
05. Turn It Over
06. Too Cold To Touch
07. Trust
08. Pale And Perfect
09. Silent Scream
Pode parecer esquisita tal afirmação, mas o sueco We Sell The Dead é o que podemos chamar de um “quase supergrupo”. Isso porque Apollo Papathanasio (vocal/Spiritual Beggars, Firewind), Niclas Engelin (guitarra/In Flames), Jonas Slättung (baixo/Drömriket) e Gas Lipstick (bateria/ex-HIM) podem não estar entre as grandes estrelas do Metal, mas indiscutivelmente são ótimos músicos, experientes, e tocam/tocaram em nomes que são respeitados por muitos fãs do estilo. Heaven Doesn’t Want You And Hell Is Full é seu trabalho de estreia e, segundo a própria banda, o mesmo parte de uma premissa interessante: e se Jack, o Estripador, tivesse tocado em uma banda de Metal?
Daí para frente, o We Sell The Dead mergulha quase que totalmente, ao menos liricamente, na estética do período vitoriano. A isso, some-se um instrumental que em sua base me remeteu bastante ao que o Black Sabbath fez nos anos 80, permeado por uma aura gótica bem interessante, e sim, alguns elementos mais modernos, onde podemos escutar alguma coisa do tal do som de Gotemburgo. Na teoria isso soa bem interessante, e realmente em muitos momentos o é, mas a verdade é que não funciona 100% do tempo. Durante toda a audição, momentos carregados de energia e vibração são intercalados por outros um tanto frios, principalmente a partir da segunda metade do trabalho. Nem sempre as boas ideias que surgem conseguem ser bem aproveitadas. Quando você constata isso, fica inevitável fazer um trocadilho com o título do álbum usando aquele velho ditado: “De boas intenções, o inferno está cheio”.
(earMUSIC/Shinigami Records - Nacional)
01. The Body Market
02. Echoes Of An Ugly Past
03. Leave Me Alone
04. Imagine
05. Turn It Over
06. Too Cold To Touch
07. Trust
08. Pale And Perfect
09. Silent Scream
Pode parecer esquisita tal afirmação, mas o sueco We Sell The Dead é o que podemos chamar de um “quase supergrupo”. Isso porque Apollo Papathanasio (vocal/Spiritual Beggars, Firewind), Niclas Engelin (guitarra/In Flames), Jonas Slättung (baixo/Drömriket) e Gas Lipstick (bateria/ex-HIM) podem não estar entre as grandes estrelas do Metal, mas indiscutivelmente são ótimos músicos, experientes, e tocam/tocaram em nomes que são respeitados por muitos fãs do estilo. Heaven Doesn’t Want You And Hell Is Full é seu trabalho de estreia e, segundo a própria banda, o mesmo parte de uma premissa interessante: e se Jack, o Estripador, tivesse tocado em uma banda de Metal?
Daí para frente, o We Sell The Dead mergulha quase que totalmente, ao menos liricamente, na estética do período vitoriano. A isso, some-se um instrumental que em sua base me remeteu bastante ao que o Black Sabbath fez nos anos 80, permeado por uma aura gótica bem interessante, e sim, alguns elementos mais modernos, onde podemos escutar alguma coisa do tal do som de Gotemburgo. Na teoria isso soa bem interessante, e realmente em muitos momentos o é, mas a verdade é que não funciona 100% do tempo. Durante toda a audição, momentos carregados de energia e vibração são intercalados por outros um tanto frios, principalmente a partir da segunda metade do trabalho. Nem sempre as boas ideias que surgem conseguem ser bem aproveitadas. Quando você constata isso, fica inevitável fazer um trocadilho com o título do álbum usando aquele velho ditado: “De boas intenções, o inferno está cheio”.
Mas deixo claro que mesmo com alguns pequenos percalços, Heaven Doesn’t Want You And Hell Is Full está longe de ser um álbum ruim, até mesmo pelos nomes aqui envolvidos. Apollo mostra toda a sua categoria como vocalista, e consegue soar bem variado, apesar de rolar um certo estranhamento inicial entre sua voz, mais melódica, e o apelo mais sombrio das canções. Niclas também se destaca com bons riffs e por conseguir, em diversos momentos, encaixar uma pegada mais moderna nas canções, deixando-as atuais. Os principais destaques ficam por conta das ótimas “Echoes Of An Ugly Past”, com bom trabalho de guitarra, as pesadas “Leave Me Alone” e “Imagine”, essa última com um pé no som de Gotemburgo, e “Trust”, uma interessante mescla de Doom com Gótico e Metal moderno. No fim, não dá para negar, mesmo com algumas ressalvas, que ele acaba sendo um álbum fácil de escutar e que rende 42 minutos de bom divertimento
Gravado, mixado e masterizado no Crehate Studios (Suécia), por Oscar Nilsson, o material possui um ótimo nível de produção, já que mesmo com tudo bem claro, limpo e audível, ainda assim ficou pesado. Os timbres também foram muito bem escolhidos. Não só a capa, como toda a parte de design ficou muito legal, sendo obra de Dan Lind. Vale dizer também que ele é o responsável por toda a apresentação visual da banda, já que a ideia é misturar isso à parte multimídia e musical, algo que pode ser observado nos vídeos já lançados (e que podem ser vistos logo abaixo). O We Sell The Dead pode não acertar em 100% do tempo, mas possui uma virtude rara em se tratando de um projeto desse porte. Em momento algum tentam se parecer com as bandas originais de seus integrantes e durante todo o tempo buscam uma personalidade própria. Só isso já basta para ficarmos de olho e esperarmos pelo próximo lançamento, já que o potencial para voar mais alto está mais do que latente nesse debut.
NOTA: 80
We Sell The Dead É:
- Apollo Papathanasio (vocal);
- Niclas Engelin (guitarra);
- Jonas Slättung (baixo);
- Gas Lipstick (bateria).
Homepage
YouTube
Nenhum comentário:
Postar um comentário