Corrosion of Conformity – No Cross No Crown (2018)
(Nuclear Blast/Shinigami Records - Nacional)
01. Novus Deus
02. The Luddite
03. Cast The First Stone
04. No Cross
05. Wolf Named Crow
06. Little Man
07. Matre’s Diem
08. Forgive Me
09. Nothing Left To Say
10. Sacred Isolation
11. Old Disaster
12. E.L.M.
13. No Cross No Crown
14. A Quest To Believe (A Call To The Void)
15. Son and Daughter (Queen Cover)
Do Hardcore/Crossover do início de carreira, até o Stoner Metal dos dias de hoje, o Corrosion of Conformity sempre primou pela qualidade, independentemente da fase. Trabalhos como Animosity (85), Blind (91), a dobradinha Deliverance (94)/Wiseblood (96) e In the Arms of God (05) estão aí para mostrar isso para qualquer um que queira confirmar essa afirmação (algo que recomendo). Em 2006 o COC deu uma parada, retornando apenas em 2010 com o seu trio fundador, e sem Pepper Keenan, que naquela altura estava se dedicando ao Down. Após isso, 2 álbuns foram lançados, Corrosion of Conformity (12) e IX (14), mas no fundo, todos desejávamos mais do que isso.
A verdade é que boa parte de seus fãs ansiava pelo retorno de Pepper à banda, com a restauração daquela formação clássica que tocou entre 1993 e 2001 e que foi responsável pelos maiores clássicos do grupo. Ok, essa mesma formação também lançou America’s Volume Dealer (00), seu álbum mas discutível (e, ainda assim, longe de ser ruim), mas ninguém questiona a capacidade de Keenan (vocal/guitarra), Woody Weatherman (guitarra), Mike Dean (baixo) e Reed Mullin (bateria) de compor música de qualidade. E é isso que o quarteto faz em No Cross No Crown, seu 10º trabalho de estúdio.
Se tem uma coisa que esses caras sabem fazer muito bem, é misturar aquele Heavy Metal “sabbathico” com o melhor do Rock sulista, e o melhor de tudo, sem precisar se copiar. Eles poderiam simplesmente deitar sobre os louros do passado e lançar um álbum apenas por lançar, para agradar aos fãs desejosos de ver o quarteto junto novamente, mas felizmente optaram por não serem burocráticos, nos presenteando com seu melhor trabalho desde 1996. Aqui temos tudo que esperamos de um álbum do COC, ou seja, os vocais marcantes de Pepper, que também brilha ao lado de Woody com ótimos riffs, e uma parte rítmica coesa, pesada e criativa, formada por Mike e Reed. O peso, a energia e a vitalidade que brotam de cada música impressiona, e mostra que os 4 ainda têm muita lenha para queimar, se essa for a vontade dos mesmos.
(Nuclear Blast/Shinigami Records - Nacional)
01. Novus Deus
02. The Luddite
03. Cast The First Stone
04. No Cross
05. Wolf Named Crow
06. Little Man
07. Matre’s Diem
08. Forgive Me
09. Nothing Left To Say
10. Sacred Isolation
11. Old Disaster
12. E.L.M.
13. No Cross No Crown
14. A Quest To Believe (A Call To The Void)
15. Son and Daughter (Queen Cover)
Do Hardcore/Crossover do início de carreira, até o Stoner Metal dos dias de hoje, o Corrosion of Conformity sempre primou pela qualidade, independentemente da fase. Trabalhos como Animosity (85), Blind (91), a dobradinha Deliverance (94)/Wiseblood (96) e In the Arms of God (05) estão aí para mostrar isso para qualquer um que queira confirmar essa afirmação (algo que recomendo). Em 2006 o COC deu uma parada, retornando apenas em 2010 com o seu trio fundador, e sem Pepper Keenan, que naquela altura estava se dedicando ao Down. Após isso, 2 álbuns foram lançados, Corrosion of Conformity (12) e IX (14), mas no fundo, todos desejávamos mais do que isso.
A verdade é que boa parte de seus fãs ansiava pelo retorno de Pepper à banda, com a restauração daquela formação clássica que tocou entre 1993 e 2001 e que foi responsável pelos maiores clássicos do grupo. Ok, essa mesma formação também lançou America’s Volume Dealer (00), seu álbum mas discutível (e, ainda assim, longe de ser ruim), mas ninguém questiona a capacidade de Keenan (vocal/guitarra), Woody Weatherman (guitarra), Mike Dean (baixo) e Reed Mullin (bateria) de compor música de qualidade. E é isso que o quarteto faz em No Cross No Crown, seu 10º trabalho de estúdio.
Se tem uma coisa que esses caras sabem fazer muito bem, é misturar aquele Heavy Metal “sabbathico” com o melhor do Rock sulista, e o melhor de tudo, sem precisar se copiar. Eles poderiam simplesmente deitar sobre os louros do passado e lançar um álbum apenas por lançar, para agradar aos fãs desejosos de ver o quarteto junto novamente, mas felizmente optaram por não serem burocráticos, nos presenteando com seu melhor trabalho desde 1996. Aqui temos tudo que esperamos de um álbum do COC, ou seja, os vocais marcantes de Pepper, que também brilha ao lado de Woody com ótimos riffs, e uma parte rítmica coesa, pesada e criativa, formada por Mike e Reed. O peso, a energia e a vitalidade que brotam de cada música impressiona, e mostra que os 4 ainda têm muita lenha para queimar, se essa for a vontade dos mesmos.
No Cross No Crown segue um padrão no mínimo curioso. O mesmo possui alguns interlúdios, que acabam por dividir o álbum em blocos formados por 2 músicas cada. O primeiro deles já surge logo na abertura, intitulado “Novus Deus”, sendo seguido por dois dos maiores destaques de todo o CD, a viciante “The Luddite” e a enérgica “Cast The First Stone”, com seu belo trabalho de guitarra. “No Cross” é o segundo interlúdio e surge para dar um necessário descanso, já que logo após temos a feroz “Wolf Named Crow” e “Little Man”, com seus ótimos riffs e melodias. Mais um interlúdio (“Matre’s Diem”) e então temos a divertida “Forgive Me”, uma mescla perfeita de Stoner e Southern Rock, com destaque para os ótimos solos. Já “Nothing Left To Say” tem uma irresistível pegada Blues e ótimos vocais. Mais uma parada para o descanso com “Sacred Isolation” e então temos “Old Disaster”, onde soam como uma versão Metal do The Allman Brothers Band. É dessas músicas que cativam fácil o ouvinte. Outra que cativa é “E.L.M.”, onde a veia Black Sabbath da banda pulsa com força. Apesar de “No Cross No Crown” não ser propriamente um interlúdio, ele acaba por ocupar essa função, já que é uma faixa bem tranquila. Finalizando, temos a ótima “A Quest To Believe (A Call To The Void)”, com seus riffs arrastados e harmonias de guitarra marcantes e o improvável cover para “Son and Daughter”, do Queen, que ficou realmente muito legal.
A produção mais uma vez ficou nas mãos de John Custer, com mixagem de Mike Fraser (com quem trabalharam na época de Wiseblood) e masterização de Seva (outro velho conhecido da banda, dos tempos de America’s Volume Dealer). A qualidade, claro, não poderia ser melhor. Já a capa e toda parte de design e layout ficou por conta de Vance Kelly (Down, Prong, Them), com ótimos resultados. Poderíamos estar diante de apenas mais um álbum de reunião, desses que muitas bandas por ai fazem apenas para agradar os fãs, mas o que temos em No Cross No Crown é, sem exageros, o melhor álbum do Corrosion of Conformity desde o clássico Wiseblood. Agora só nos resta esperar que Pepper, Mike, Woody e Reed continuem firmes e fortes nessa parceria. Um álbum que certamente estará em muitas listas de melhores do ano.
NOTA: 89
Corrosion of Conformity:
- Pepper Keenan (vocal/guitarra);
- Woody Weatherman (guitarra);
- Mike Dean (baixo);
- Reed Mullin (bateria);
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