Preceptor - Dogmatismo (2017)
(Songs for Satan/Misanthropic Records/Jazigo Distro/Philosofic Arts - Nacional)
01. A Peste
02. Corporações Criminosas
03. Maldição
04. Universo de Máscaras
05. Preceptor
06. 2810
07. Poseidon
08. Dogmatismo
09. Alienação Corrupção
10. Desespero
11. Depression Field
Ter uma banda de Metal no Brasil não é das missões mais simples. O estilo é praticamente invisível para a grande mídia (ficando restrito apenas à mídia alternativa), seu fã ainda é visto com ressalvas por grande parte da sociedade, e mesmo entre esses, poucos realmente dão apoio de verdade à cena, indo a shows, adquirindo materiais e coisas do tipo. Você realmente tem que amar o que faz. É esse o caso de Dú (Vocal/Mata Borrão, ex-Vector Underfate), Grilão (Guitarra/ex-Mortthrash), Sérgio Wildhagen (Guitarra/Expurgo, ex-Akerbeltz, ex-Mortthrash), Fred (Baixo/Throll) e Morone Hiffer (Bateria/ex-Necrobiotic, ex-Vector Underfate), que formam o Preceptor.
Para quem não conhece, o Preceptor surgiu em 2004, em Belo Horizonte, capital das Minas Hellrais, e investe em um Death Metal Tradicional com uma pegada que remete totalmente aos anos 80 e 90, e referências a nomes clássicos como Benediction, Bolt Thrower, Death, Morbid Angel e Entombed. E vejam bem, eu disse referências, pois sua sonoridade pesada, bruta agressiva e variada em momento algum soa como cópia ou datada. Ao contrário, sua música possui bastante personalidade e tem uma cara bem atual, sem precisar apelar para “modernices”. Vale citar também o fato de que, apesar de possuir boa técnica, não abusam disso nas canções, algo bem comum nas bandas mais atuais. Isso faz com que sua música seja bem direta, dando assim ao fã de Death Metal exatamente o que ele espera.
Dú mostra um gutural muito bom, soando bruto, mas não impedindo que o ouvinte consiga entender as ótimas letras, quase todas em português (só uma aqui é cantada em inglês). Grilão e Sérgio são uma ótima dupla e nos presenteiam com riffs de muita qualidade, bem fortes e que esbanjam fúria. Freddy e Morone mostram muito entrosamento e formam uma parte rítmica muito coesa, que esbanja peso e acima de tudo, variedade. Nesse ponto, vale dizer que o Preceptor opta por alternar passagens mais cadenciadas com outras mais velozes, fazendo com que suas músicas não soem cansativas. Ponto para eles. Para os que acompanham a banda há algum tempo e tiveram contato com o EP de 2010, Missiva Apocalíptica, fica nítido o amadurecimento musical do grupo, já que as composições soam muito mais coesas e com personalidade.
(Songs for Satan/Misanthropic Records/Jazigo Distro/Philosofic Arts - Nacional)
01. A Peste
02. Corporações Criminosas
03. Maldição
04. Universo de Máscaras
05. Preceptor
06. 2810
07. Poseidon
08. Dogmatismo
09. Alienação Corrupção
10. Desespero
11. Depression Field
Ter uma banda de Metal no Brasil não é das missões mais simples. O estilo é praticamente invisível para a grande mídia (ficando restrito apenas à mídia alternativa), seu fã ainda é visto com ressalvas por grande parte da sociedade, e mesmo entre esses, poucos realmente dão apoio de verdade à cena, indo a shows, adquirindo materiais e coisas do tipo. Você realmente tem que amar o que faz. É esse o caso de Dú (Vocal/Mata Borrão, ex-Vector Underfate), Grilão (Guitarra/ex-Mortthrash), Sérgio Wildhagen (Guitarra/Expurgo, ex-Akerbeltz, ex-Mortthrash), Fred (Baixo/Throll) e Morone Hiffer (Bateria/ex-Necrobiotic, ex-Vector Underfate), que formam o Preceptor.
Para quem não conhece, o Preceptor surgiu em 2004, em Belo Horizonte, capital das Minas Hellrais, e investe em um Death Metal Tradicional com uma pegada que remete totalmente aos anos 80 e 90, e referências a nomes clássicos como Benediction, Bolt Thrower, Death, Morbid Angel e Entombed. E vejam bem, eu disse referências, pois sua sonoridade pesada, bruta agressiva e variada em momento algum soa como cópia ou datada. Ao contrário, sua música possui bastante personalidade e tem uma cara bem atual, sem precisar apelar para “modernices”. Vale citar também o fato de que, apesar de possuir boa técnica, não abusam disso nas canções, algo bem comum nas bandas mais atuais. Isso faz com que sua música seja bem direta, dando assim ao fã de Death Metal exatamente o que ele espera.
Dú mostra um gutural muito bom, soando bruto, mas não impedindo que o ouvinte consiga entender as ótimas letras, quase todas em português (só uma aqui é cantada em inglês). Grilão e Sérgio são uma ótima dupla e nos presenteiam com riffs de muita qualidade, bem fortes e que esbanjam fúria. Freddy e Morone mostram muito entrosamento e formam uma parte rítmica muito coesa, que esbanja peso e acima de tudo, variedade. Nesse ponto, vale dizer que o Preceptor opta por alternar passagens mais cadenciadas com outras mais velozes, fazendo com que suas músicas não soem cansativas. Ponto para eles. Para os que acompanham a banda há algum tempo e tiveram contato com o EP de 2010, Missiva Apocalíptica, fica nítido o amadurecimento musical do grupo, já que as composições soam muito mais coesas e com personalidade.
De cara temos “A Peste”, uma composição que é um retrato perfeito do que iremos ouvir durante todo o álbum. É agressiva, pesada e alterna as passagens mais velozes com as mais cadenciadas. Uma verdadeira pedrada. “Corporações Criminosas” é outra que se destaca pelas boas mudanças de ritmo, além de ter um ótimo trabalho de guitarras. “Maldição” esbanja rispidez, enquanto “Universo de Máscaras” se destaca não só pelos bons riffs, como também pelas ótimas linhas de baixo. “Preceptor” é tudo que esperamos de um bom Death Metal, ou seja, veloz, forte e brutal. Já “2810” e “Poseidon” se destacam principalmente pelas ótimas mudanças de tempo. “Dogmatismo” é sem dúvida alguma minha canção preferida em todo álbum, dessas forjadas sob medida para destruir pescoços alheios. “Alienação Corrupção” esbanja energia por todos os lados e deixa muito evidente as influências de Hardcore e Grindcore presentes na banda, enquanto “Desespero” tem todo aquele clima típico do Death Metal dos anos 90. Te faz viajar no tempo. Para encerrar, a faixa mais “diferentona” de todo o álbum, “Depression Field”. Além de ser a única cantada em inglês, soa bem densa e tem uma pegada mais Doom. Rivalizou com “Dogmatismo” pelo posto de minha preferida.
A produção é outro ponto a se destacar aqui. Ficou por conta da própria banda, com mixagem e masterização realizadas por Dennis Israel (Echelon, Dark Age, Falling Leaves, Amon Amarth). Conseguiram equilibrar muito bem clareza e crueza. Sabe aquelas produções plastificadas e artificiais que escutamos com cada vez mais frequência? Decididamente isso não ocorre aqui, já que a mesma soa bem orgânica. Também foram muito felizes na escolha dos timbres. A belíssima capa foi obra de Daniel Tavares, sendo uma das mais legais do ano passado. Sabe aquele CD perfeito para fazer você afastar os móveis da sala e sair batendo cabeça? Pois é, Dogmatismo é assim. Um verdadeiro soco na boca do estômago! Se gosta de Death Metal bem tocado, direto, forte e agressivo, corra atrás, pois não vai se arrepender.
NOTA: 85
- Du (Vocal);
- Grilão (Guitarra);
- Sérgio Wildhagen (Guitarra)
- Fred (Baixo);
- Morone Hiffer (Bateria).
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muito foda o artigo!!! parabéns!!
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