quinta-feira, 15 de março de 2018

Pänzer - Fatal Command (2017)


Pänzer - Fatal Command (2017)
(Nuclear Blast/Shinigami Records - Nacional)


01. Satan’s Hollow
02. Fatal Command
03. We Can Not Be Silenced
04. I’ll Bring You The Night
05. Scorn And Hate
06. Afflicted
07. Skullbreaker
08. Bleeding Allies
09. The Decline (And The Downfall)
10. Mistaken
11. Promised Land
12. Wheels Of Steel (Saxon Cover) * Bonus Track

Quando surgiu em 2014, o Pänzer gerou a maior das expectativas, já que o projeto unia no mesmo time o vocalista e baixista Schmier (Destruction), o guitarrista Herman Frank (Victory, ex-Accept) e o baterista Stefan Schwarzmann (ex-Accept, ex-Running Wild). A ideia era simples, tocar Heavy Metal puro e simples, sem modernices, e obstante eu não curtir muito seu trabalho de estreia, Send Them All to Hell (14), tenho que admitir que eles entregaram o que prometeram, agradando em cheio aos fãs do estilo.

Apesar da boa recepção que o debut teve, Herman Frank optou por sair para focar em seus outros projetos. Para seu posto a banda optou por trazer não um, mais dois guitarristas, V.O.Pulver (Poltergeist, Gurd, ex-Carrion), que já vinha trabalhando com a banda, pois cuidou de toda produção de Send Them All to Hell, e Pontus Norgren (Hammerfall). Com sua line up renovada, mas não menos talentosa, trataram de partir para a gravação do seu segundo álbum, deixando os fãs ansiosos para escutar como essa nova configuração funcionaria em estúdio.

Se você gostou do debut, pode respirar mais do que aliviado, já que Fatal Command apresenta exatamente aquilo que se espera. É Heavy Metal Tradicional, com alguns toques de Thrash e Speed aqui e ali, responsáveis por dar um pouco mais de agressividade às canções. Se você não teve a oportunidade de ouví-los, tente imaginar uma mescla de Accept com Judas Priest e Iron Maiden, com uma pitada leve de Destruction aqui e ali. Os vocais de Schmier soam um pouco mais polidos que na estreia, enquanto as guitarras de Pulver e Pontus entregam ótimos riffs e melodias, guitarras gêmeas aos montes e ótimos solos. Stefan, como não podia deixar de ser, faz um trabalho muito sólido de bateria.


A sequência inicial não esconde nem um pouco a influência da NWOBHM na sonoridade do Pänzer. “Satan’s Hollow” é uma canção forte, com riffs que poderiam ter sido compostos por Glenn Tipton e K. K. Downing. “Fatal Command” esbanja energia e boas guitarras e “We Can Not Be Silenced” se destaca pelos ótimos vocais, pelo belo solo e pelo refrão marcante. “I’ll Bring You The Night” te joga em uma máquina do tempo, de volta aos anos 80, “Scorn And Hate” escancara as influências de Maiden (você até espera que Bruce entre cantando), e “Afflicted” traz uma pegada um pouco mais Thrash. Já cadenciada “Skullbreaker” tem peso de sobra, enquanto ‘Bleeding Allies” se destaca principalmente pelas ótimas guitarras gêmeas. Na sequência final, temos a pesada “The Decline (And The Downfall)”, a explosiva “Mistaken” e a rápida e furiosa “Promised Land”. De bônus, um cover muito legal para "Wheels Of Steel”, do Saxon.

A produção ficou a cargo de Schmier e Pulver, sendo que este mais uma vez mixou e masterizou o álbum. O resultado é muito bom, deixando tudo claro e audível, mas sem aquele ar plastificado de muitas produções atuais. A capa, divertidíssima e ao mesmo tempo muito crítica, é obra de Gyula Havancsák (Grave Digger, Accept, Destruction). Sem inovar e mostrando o básico no que se trata de Heavy Metal, o Pänzer não só agrada em cheio os fãs do estilo, como apresenta um trabalho divertidíssimo, desses que você escuta e nem percebe o tempo passar.

NOTA: 84

Pänzer é:
- Schmier (Vocal/Baixo);
- V.O.Pulver (Guitarra);
- Pontus Norgren (Guitarra);
- Stefan Schwarzmann (Bateria).

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