Thunderstorm – Witchunter Tales (2002/2017)
(Nomade Records - Nacional)
01. Reality
02. Witchunter Tales
03. Parallel Universe
04. Edge of Insanity
05. Inside Me
06. Unchanging Words
07. Star Secret
08. Glory & Sadness
09. Electric Funeral (Black Sabbath cover)
Esse é um daqueles casos em que podemos dizer que o que era bom ficou ainda melhor, mesmo contrariando a realidade da banda naquele momento. A fase era conturbada, o baterista Massimo Tironi havia deixado a banda sem motivo aparente e o Thunderstorm entrou em estúdio sem ninguém fixo para o posto, contando com a participação de Christian Fiorani, do também italiano Drakkar, para as gravações. Ainda assim, mesmos desfalcados, conseguiram dar aquele passo esperado à frente, nos entregando um trabalho não menos que excelente.
Sempre me pergunto se o Thunderstorm não teria tido mais sorte caso tivesse lançado Witchunter Tales alguns anos mais tarde e por uma gravadora maior. Qualidade para isso possuía, mas o fato de a Northwind aparentemente não ter a mínima noção de como divulgar uma banda de Doom e de o período ser mais propício para bandas de Power Metal, ainda mais na Itália, soterrou qualquer chance de sucesso. Ainda assim, mesmo com essas dificuldades, conseguiram espaço em diversos festivais de verão pela Europa, além de boas críticas no meio especializado.
Se no debut as influências do Candlemass falavam mais alto, aqui foi a vez do Black Sabbath dar as caras. Mas não pensem que estou falando de uma simples cópia, pois o som do Thunderstorm possuía muita identidade. E a peça chave para tal, sem dúvida alguma, era o vocalista e guitarrista Fábio Bellan. Cantando ainda melhor que na estreia, sua voz soa não só variada, como é agradabilíssima de se ouvir. A guitarra despeja ótimos riffs e soa bem pesada, enquanto baixo e bateria cumprem com perfeição a sua parte. As canções aqui presentes são mais longas e técnicas, com boas mudanças de andamento e melodias obscuras e agradáveis. Dentre os destaques, cabe apontar Witchunter Tales, que teria espaço no álbum anterior com seus riffs que remetem ao Candlemass, a lenta e clássica Unchanging Words, Star Secret, com um ótimo riff e aquele clima Black Sabbath fase Dio, a belíssima Glory & Sadness, com seus ótimos arranjos e o cover de Electric Funeral, do…..ah, você sabe quem, que ficou realmente muito bom.
Novamente, o trabalho contou com a produção de Luigi Stefanini, uma espécie de 4º membro de estúdio do grupo, e que trabalhou com a banda em boa parte da carreira. Repetindo a ideia do debut, a arte da capa foi retirada de uma pintura, dessa vez “Witches and Spells”, de Salvator Rosa (1615-1673). Whitchunter Tales também passou por um processo de remasterização pelas mãos de Arthur Migotto e teve sua arte retrabalhada por Wanderley Perna, e os resultados são simplesmente ótimos. Se você realmente é fã de Doom Metal em sua vertente mais clássica, esse não só é um dos melhores trabalhos do estilo lançados na primeira década dos anos 2000, como também um item obrigatório em qualquer coleção, e que agora, finalmente, está a disposição de nós, brasileiros. DOOM OR BE DOOMED!
NOTA: 9,0
Thunderstorm:
- Fabio "Thunder" Bellan (Vocal/Guitarra)
- Sandro Mazzoleni (Guitarra)
- Omar Roncalli (Baixo)
Músico convidado
- Christian Fiorani (Bateria)
Nomade Records
(Nomade Records - Nacional)
01. Reality
02. Witchunter Tales
03. Parallel Universe
04. Edge of Insanity
05. Inside Me
06. Unchanging Words
07. Star Secret
08. Glory & Sadness
09. Electric Funeral (Black Sabbath cover)
Esse é um daqueles casos em que podemos dizer que o que era bom ficou ainda melhor, mesmo contrariando a realidade da banda naquele momento. A fase era conturbada, o baterista Massimo Tironi havia deixado a banda sem motivo aparente e o Thunderstorm entrou em estúdio sem ninguém fixo para o posto, contando com a participação de Christian Fiorani, do também italiano Drakkar, para as gravações. Ainda assim, mesmos desfalcados, conseguiram dar aquele passo esperado à frente, nos entregando um trabalho não menos que excelente.
Sempre me pergunto se o Thunderstorm não teria tido mais sorte caso tivesse lançado Witchunter Tales alguns anos mais tarde e por uma gravadora maior. Qualidade para isso possuía, mas o fato de a Northwind aparentemente não ter a mínima noção de como divulgar uma banda de Doom e de o período ser mais propício para bandas de Power Metal, ainda mais na Itália, soterrou qualquer chance de sucesso. Ainda assim, mesmo com essas dificuldades, conseguiram espaço em diversos festivais de verão pela Europa, além de boas críticas no meio especializado.
Se no debut as influências do Candlemass falavam mais alto, aqui foi a vez do Black Sabbath dar as caras. Mas não pensem que estou falando de uma simples cópia, pois o som do Thunderstorm possuía muita identidade. E a peça chave para tal, sem dúvida alguma, era o vocalista e guitarrista Fábio Bellan. Cantando ainda melhor que na estreia, sua voz soa não só variada, como é agradabilíssima de se ouvir. A guitarra despeja ótimos riffs e soa bem pesada, enquanto baixo e bateria cumprem com perfeição a sua parte. As canções aqui presentes são mais longas e técnicas, com boas mudanças de andamento e melodias obscuras e agradáveis. Dentre os destaques, cabe apontar Witchunter Tales, que teria espaço no álbum anterior com seus riffs que remetem ao Candlemass, a lenta e clássica Unchanging Words, Star Secret, com um ótimo riff e aquele clima Black Sabbath fase Dio, a belíssima Glory & Sadness, com seus ótimos arranjos e o cover de Electric Funeral, do…..ah, você sabe quem, que ficou realmente muito bom.
Novamente, o trabalho contou com a produção de Luigi Stefanini, uma espécie de 4º membro de estúdio do grupo, e que trabalhou com a banda em boa parte da carreira. Repetindo a ideia do debut, a arte da capa foi retirada de uma pintura, dessa vez “Witches and Spells”, de Salvator Rosa (1615-1673). Whitchunter Tales também passou por um processo de remasterização pelas mãos de Arthur Migotto e teve sua arte retrabalhada por Wanderley Perna, e os resultados são simplesmente ótimos. Se você realmente é fã de Doom Metal em sua vertente mais clássica, esse não só é um dos melhores trabalhos do estilo lançados na primeira década dos anos 2000, como também um item obrigatório em qualquer coleção, e que agora, finalmente, está a disposição de nós, brasileiros. DOOM OR BE DOOMED!
NOTA: 9,0
Thunderstorm:
- Fabio "Thunder" Bellan (Vocal/Guitarra)
- Sandro Mazzoleni (Guitarra)
- Omar Roncalli (Baixo)
Músico convidado
- Christian Fiorani (Bateria)
Nomade Records
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