Quintessente - Songs From Celestial Sphere (2017)
(Independente - Nacional)
01. The Belief Of The Mind Slaves
02. Delirium
03. A Sort Of Reverie
04. My Last Oath
05. Essente
06. Eyes Of Forgiveness
07. L'Eternità Offerto
08. Unleash Them
09. Reflections Of Reason
10. Matronæ Gaia (Chapter II)
O single The Belief Of The Mind Slaves (resenha aqui), lançado em 2016, já havia dado pistas que estávamos diante de uma banda diferenciada, já que sua proposta sonora foge do lugar-comum da maioria das bandas nacionais que temos oportunidade de escutar. O que temos aqui é uma interessante e criativa mescla de Death Metal Melódico, Progressivo, Doom, Gothic, Atmospheric, Metal Sinfônico, Black e até mesmo algo daquele Synth Pop oitentista.
Fazer algo tão amplo é arriscado, já que fica muito fácil se perder na falta de foco musical. Mas cabe dizer que no caso do Quintessente não estamos diante de um grupo iniciante, mas sim de uma banda que, entre idas e vindas, já está na estrada desde 1994. E no final essa experiência conta muito, já que o quinteto formado por André Carvalho (vocal), Cristiano Dias (guitarra), Luiz Fernando de Paula (baixo), Cristina Müller (teclado e vocal) e Léo Birigui (bateria) faz uma música não só dificil de rotular, como também capaz de despertar sentimentos diversos no ouvinte.
Uma das coisas que muito me chamou a atenção foi a diversidade vocal que encontramos em todo trabalho. André Carvalho consegue ir desde vocais mais suaves até o gutural, passando pelo rasgado, tudo com uma naturalidade absurda. Os vocais femininos da tecladista Cristina Müller, quando surgem, também se destacam pela qualidade. Por sinal, o teclado foi outro aspecto de destaque. Ele se faz muito presente em todas as canções, sendo que em muitas é o fio condutor da mesma, mas sem cometer exageros e dando um ar pomposo às canções. O trabalho de guitarra também é muito bom, assim como a parte rítmica mostra muito peso e versatilidade.
O álbum abre com a já conhecida “The Belief Of The Mind Slaves”, faixa que resume bem o que é a sonoridade da banda. Ótimas melodias, passagens mais rápidas se alternando com outras mais atmosféricas, um refrão marcante e grande diversidade vocal. “Delirium” mantem a mesma pegada da abertura, soando bem agressiva, enquanto “A Sort Of Reverie” é um Death/Doom dos bons, bem arrastado, com ótimas linhas de teclado e belo trabalho vocal. “My Last Oath” é outra onde o trabalho de Cristina se destaca, além de possuir ótimas guitarras, e o Doom “Essente” fecha a primeira metade do trabalho de forma belíssima, com um ótimo dueto vocal e melodias que se destacam.
(Independente - Nacional)
01. The Belief Of The Mind Slaves
02. Delirium
03. A Sort Of Reverie
04. My Last Oath
05. Essente
06. Eyes Of Forgiveness
07. L'Eternità Offerto
08. Unleash Them
09. Reflections Of Reason
10. Matronæ Gaia (Chapter II)
O single The Belief Of The Mind Slaves (resenha aqui), lançado em 2016, já havia dado pistas que estávamos diante de uma banda diferenciada, já que sua proposta sonora foge do lugar-comum da maioria das bandas nacionais que temos oportunidade de escutar. O que temos aqui é uma interessante e criativa mescla de Death Metal Melódico, Progressivo, Doom, Gothic, Atmospheric, Metal Sinfônico, Black e até mesmo algo daquele Synth Pop oitentista.
Fazer algo tão amplo é arriscado, já que fica muito fácil se perder na falta de foco musical. Mas cabe dizer que no caso do Quintessente não estamos diante de um grupo iniciante, mas sim de uma banda que, entre idas e vindas, já está na estrada desde 1994. E no final essa experiência conta muito, já que o quinteto formado por André Carvalho (vocal), Cristiano Dias (guitarra), Luiz Fernando de Paula (baixo), Cristina Müller (teclado e vocal) e Léo Birigui (bateria) faz uma música não só dificil de rotular, como também capaz de despertar sentimentos diversos no ouvinte.
Uma das coisas que muito me chamou a atenção foi a diversidade vocal que encontramos em todo trabalho. André Carvalho consegue ir desde vocais mais suaves até o gutural, passando pelo rasgado, tudo com uma naturalidade absurda. Os vocais femininos da tecladista Cristina Müller, quando surgem, também se destacam pela qualidade. Por sinal, o teclado foi outro aspecto de destaque. Ele se faz muito presente em todas as canções, sendo que em muitas é o fio condutor da mesma, mas sem cometer exageros e dando um ar pomposo às canções. O trabalho de guitarra também é muito bom, assim como a parte rítmica mostra muito peso e versatilidade.
O álbum abre com a já conhecida “The Belief Of The Mind Slaves”, faixa que resume bem o que é a sonoridade da banda. Ótimas melodias, passagens mais rápidas se alternando com outras mais atmosféricas, um refrão marcante e grande diversidade vocal. “Delirium” mantem a mesma pegada da abertura, soando bem agressiva, enquanto “A Sort Of Reverie” é um Death/Doom dos bons, bem arrastado, com ótimas linhas de teclado e belo trabalho vocal. “My Last Oath” é outra onde o trabalho de Cristina se destaca, além de possuir ótimas guitarras, e o Doom “Essente” fecha a primeira metade do trabalho de forma belíssima, com um ótimo dueto vocal e melodias que se destacam.
O álbum tem sequência com a pesada e agressiva “Eyes Of Forgiveness”, que possui um certo clima de introspecção. A épica “L'Eternità Offerto” mescla boas melodias com Black, Doom e Metal Sinfônico, além de ter uma parte rítmica de destaque, e “Unleash Them” surpreende pelas influências de Synth Pop oitentista e Gótico, soando como uma mistura do Depeche Mode com o Sisters of Mercy. É sem dúvida um dos momentos mais legais de toda a obra. Na sequência final, temos “Reflections Of Reason”, com boa mescla de agressividade e melodia, além de possuir bons riffs, e a arrastada “Matronæ Gaia (Chapter II)”, um Doom com toques Góticos e belo solo de teclado, além de ter boa diversidade vocal.
Gravado no Kolera Studio, o álbum teve produção, mixagem e masterização realizados por Celo Oliveira, com um resultado muito bom. Deixou tudo claro, audível, mas com uma pitada de crueza saudável e comedida, que caiu muito bem aqui. Já a bela parte gráfica do CD foi obra de Marcus Lorenzet (Artspell), e combinou perfeitamente com todo o clima criado pelo mesmo. Mostrando personalidade e uma música difícil de se rotular, o Quintessente lançou um dos grandes álbuns do Metal nacional nesse ano de 2017. Uma banda que realmente vale a pena conhecer.
NOTA: 8,5
Quintessente é:
- André Carvalho (vocal);
- Cristiano Dias (guitarra);
- Luiz Fernando de Paula (baixo);
- Cristina Müller (teclado e vocal),
- Léo Birigui (bateria).
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