Thy Art Is Murder - Dear Desolation (2017)
(Shinigami Records/Nuclear Blast Records - Nacional)
01. Slaves Beyond Death
02. The Son of Misery
03. Puppet Master
04. Dear Desolation
05. Death Dealer
06. Man Is the Enemy
07. The Skin of the Serpent
08. Fire in the Sky
09. Into Chaos We Climb
10. The Final Curtain
O Deathcore é um estilo olhado com desconfiança pelos mais tradicionalistas, mas que vem conquistando seu espaço através dos anos. Ainda assim, é inegável que a saturação da cena vinha causando um certo desgaste ao estilo, sendo inevitável que alguns de seus principais nomes começassem a buscar novos rumos para sair da mesmice musical. E bem, com os australianos do Thy Art Is Murder, isso não foi diferente, já que é possível observarmos alguns avanços em Dear Desolation, quando comparado com sua obra anterior, Holy War (15).
Aos que ainda desconhecem o trabalho de Thy Art Is Murder, o grupo surgiu no ano de 2006, já tendo lançado 1 Ep e chegando agora ao seu 4º trabalho de estúdio. Após o lançamento de Holy War, foram abalados com a notícia da saída do vocalista CJ McMahon (que queria dedicar mais tempo à família), o que os forçou a tocar com uma série de vocalistas convidados, já que não anunciaram um substituto. Mas para a alegria dos fãs, no começo desse ano, os australianos anunciaram o retorno de seu vocalista e sem demora, trataram de soltar um novo álbum.
Mas bem, como dito, atualmente a maioria dos grandes nomes do estilo vêm buscando novos rumos para sua música, e no caso do Thy Art Is Murder, a escolha foi aproximar sua música mais do Death Metal, principalmente daquele praticado por bandas polonesas, como Behemoth e Decapitated. Claro, os elementos característicos do Deathcore se fazem presentes, mas estão bem mais atenuados, pelo menos em relação à primeira metade do álbum. Os vocais de CJ McMahon soam mais ferozes que nunca, enquanto a dupla formada por Sean Delander e Andy Marsh executa um belo trabalho de guitarras, não só no que tange aos riffs, como também aos solos. A parte rítmica, com Kevin Butler e Lee Stanton mostra coesão, técnica e brutalidade. E preste atenção no desempenho de Stanton e note toda influência que Inferno (Behemoth) exerce sobre ele.
(Shinigami Records/Nuclear Blast Records - Nacional)
01. Slaves Beyond Death
02. The Son of Misery
03. Puppet Master
04. Dear Desolation
05. Death Dealer
06. Man Is the Enemy
07. The Skin of the Serpent
08. Fire in the Sky
09. Into Chaos We Climb
10. The Final Curtain
O Deathcore é um estilo olhado com desconfiança pelos mais tradicionalistas, mas que vem conquistando seu espaço através dos anos. Ainda assim, é inegável que a saturação da cena vinha causando um certo desgaste ao estilo, sendo inevitável que alguns de seus principais nomes começassem a buscar novos rumos para sair da mesmice musical. E bem, com os australianos do Thy Art Is Murder, isso não foi diferente, já que é possível observarmos alguns avanços em Dear Desolation, quando comparado com sua obra anterior, Holy War (15).
Aos que ainda desconhecem o trabalho de Thy Art Is Murder, o grupo surgiu no ano de 2006, já tendo lançado 1 Ep e chegando agora ao seu 4º trabalho de estúdio. Após o lançamento de Holy War, foram abalados com a notícia da saída do vocalista CJ McMahon (que queria dedicar mais tempo à família), o que os forçou a tocar com uma série de vocalistas convidados, já que não anunciaram um substituto. Mas para a alegria dos fãs, no começo desse ano, os australianos anunciaram o retorno de seu vocalista e sem demora, trataram de soltar um novo álbum.
Mas bem, como dito, atualmente a maioria dos grandes nomes do estilo vêm buscando novos rumos para sua música, e no caso do Thy Art Is Murder, a escolha foi aproximar sua música mais do Death Metal, principalmente daquele praticado por bandas polonesas, como Behemoth e Decapitated. Claro, os elementos característicos do Deathcore se fazem presentes, mas estão bem mais atenuados, pelo menos em relação à primeira metade do álbum. Os vocais de CJ McMahon soam mais ferozes que nunca, enquanto a dupla formada por Sean Delander e Andy Marsh executa um belo trabalho de guitarras, não só no que tange aos riffs, como também aos solos. A parte rítmica, com Kevin Butler e Lee Stanton mostra coesão, técnica e brutalidade. E preste atenção no desempenho de Stanton e note toda influência que Inferno (Behemoth) exerce sobre ele.
A primeira metade do trabalho soa praticamente irretocável. “Slaves Beyond Death” tem bons riffs e em alguns momentos, beira o Death Metal (mas soando moderna), sendo seguida pela brutal e feroz “The Son of Misery”. “Puppet Master” é uma das melhores aqui presentes, e além de muito peso, possui bom groove, enquanto “Dear Desolation” soa moderna e se destaca pelo trabalho das guitarras. “Death Dealer” é densa e agressiva, conseguindo manter o padrão de qualidade das faixas anteriores. Infelizmente, na segunda metade temos uma queda de qualidade, já que canções como “The Skin of the Serpent” e “Into Chaos We Climb” soam bem comuns e sem brilho. Ainda assim, cabe aqui destacar “Fire in the Sky”, com suas ótimas melodias e a fortíssima “The Final Curtain”, que encerra os trabalhos.
Todo o trabalho de produção, mixagem e masterização mais uma vez ficou nas mãos de Will Putney (Gojira, Hibria, Exhumed), que conseguiu alcançar um ótimo resultado, já que está tudo muito claro, pesado, agressivo e bem timbrado. Já a capa foi obra de Eliran Kantor (Incantation, Ex Deo, Fleshgod Apolcalypse, Iced Earth, Testament, Soufly), e é uma das mais bonitas e impactantes desse ano de 2017. Mostrando estar disposto a explorar novas fronteiras, o Thy Art Is Murder deu um passo importante para fugir da estagnação em que o cenário Deathcore se enfiou nos últimos anos. Claro, existem arestas a serem aparadas aqui e ali, como o desnivelamento do álbum a partir da segunda metade deixa bem claro, mas não é isso que faz de Dear Desolation um trabalho menor, já que boa parte do mesmo é decididamente empolgante.
NOTA: 8,0
Thy Art Is Murder é:
CJ McMahon (vocal)
Sean Delander (guitarra)
Andy Marsh (guitarra)
Kevin Butler (baixo)
Lee Stanton (bateria)
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