Torment
The Skies – Born To Kill (2014) (EP)
(Independente
– Nacional)
01. Displacement
02. Carnal
03. Walls Of Blood
04. Born To Kill
05. Screams Of Fright
Quando comecei a escutar efetivamente Heavy Metal,
na hoje distante década de 90, era raro escutarmos bandas de outras regiões que
não fossem a Sudeste. O foco da música pesada no Brasil se localizava em Minas
Gerais, Rio de Janeiro e principalmente, São Paulo. Por mais que eventualmente
bandas de outras regiões conseguissem alguma repercussão, isso era algo raro e
muitas tinham que se mudar de mala e cuia para a capital paulista para assim,
ficarem no “olho do furacão”.
Felizmente esses são tempos passados e com a
internet, redes sociais e maiores facilidades para gravações, bandas de todas
as regiões do país chegam a nossos ouvidos. Dentro desse panorama, a quantidade
de ótimos nomes vindo da cena nordestina me impressiona e a potiguar Torment
The Skies é mais uma a se juntar a esse grupo. Praticando um Technical
Death/Blackned Death, com influências de grandes nomes como Dying Fetus,
Necrophagist, The Faceless, Behemoth, Decapitated e Job For A Cowboy, eles tem
tudo para agradar os fãs do estilo. O quarteto composto por Jefson Souza
(vocal), Paulo Dias (guitarra), Leo Paiva (baixo) e André Luiz (bateria) nos
apresenta um trabalho muito bem feito e que como não poderia deixar de ser, tem
muita ênfase na técnica musical, com riffs intrincados, ritmos e estruturas
variadas e mais complexas. Alternando muito bem passagens mais rápidas e
técnicas com outras mais cadenciadas, conseguem imprimir não só muita
agressividade a seu som, como também um clima mais sombrio em alguns momentos.
Tirando a primeira faixa, “Displacement”,
que é uma introdução, todas as outras quatro se destacam e serão capazes de
fazer abrir um sorriso no rosto daqueles que curtem um som mais “porrada”. No
fim, o maior defeito de Born To Kill
é ter apenas 15 minutos de duração.
A produção é muito boa, tendo ficado a cargo
da banda, com a gravação, masterização e mixagem tendo sido feitas pelo
baixista Leo Paiva. A capa, belíssima, foi criada pelo guitarrista Paulo Dias. Ou
seja, os caras realmente colocaram a mão na massa para entregar um trabalho de
muita qualidade. Quando você descobre que a banda surgiu apenas em 2012 e já
conseguiu lançar um trabalho de tamanha qualidade, percebe que está diante de
um nome de muito potencial e que pode se transformar em uma das grandes bandas
do nosso cenário. Que venha logo o debut, porque esse EP só conseguiu deixar
aquele gosto de quero mais. Para quem se interessou, o trabalho está disponível
no Bandcamp da banda para audição.
NOTA:
8,5
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