01. The One
02. I The Weapon
03. Vicarious Redemption
04. The Sweep
05. Synchronicity
06. Mute Departure
07. Disharmonia
08. In Awe Of
09. Passing Through
10. The Flow Reversed
02. I The Weapon
03. Vicarious Redemption
04. The Sweep
05. Synchronicity
06. Mute Departure
07. Disharmonia
08. In Awe Of
09. Passing Through
10. The Flow Reversed
Antes
de iniciar, um aviso: se você não é fã daquilo que convencionou-se chamar de
Post Metal, pode passar longe do trabalho dos suecos do Cult Of Luna. O que
temos aqui é apenas indicado para amantes do gênero. Já para quem curte
vertentes mais leves do estilo (Post Rock), imagine o Sigur Roz com um vocal
urrado e com mais agressividade e distorção nas guitarras. Esse é o Cult Of
Luna.
Sexto
trabalho da banda, depois de 5 anos de hiato, Vertikal chega com uma proposta
altamente ousada. É um álbum conceitual, baseado na obra prima do cinema
expressionista alemão, Metrópolis, do mestre Fritz Lang. E posso adiantar aqui
que o conceito não ficou apenas nas letras, mas também na estrutura das
múscias, que remetem ao clima do filme e tem um ar mais futurista, mecânico e
industrial.
Musicalmente,
Vertikal é um álbum altamente desafiador. Sua mistura de Metal, Rock
Progressivo e Industrial faz com que dentro de uma mesma faixa, momentos
extremos alternem com passagens viajantes, melódicas e atmosféricas. Após a
introdução com “The One”, “I The Weapon” surge unindo beleza e agressividade,
com um riff hipnótico, teclados sombrios e uma mistura perfeita de uma crueza
ríspida com linhas suaves. “Vicarius Redemption” vem com seus mais de 18
minutos (7 minutos só de introdução), unindo os elementos já citados e em
momento algum soando cansativa. Outros destaques vão para “The Sweep”, música
que mais conta com elementos eletrônicos no álbum, “Synchronicity”, com sua
bateria insana e quebrada, “In Awe Of”, com seu ótimo riff e para a bela “Passing
Through”.
Indiscutivelmente,
estamos diante de um trabalho altamente desafiador, desses que te forçam parar
qualquer coisa que esteja fazendo para escutá-lo com calma, prestando atenção
em cada mínimo detalhe. É um álbum original, forte, denso, complexo e muito,
muito sombrio e perturbador. Um trabalho que fascina quem se permite dar a
devida atenção a ele e que, apesar de tudo isso, ainda guarda características
de Doom Metal tradicional, podendo ser visto como uma verdadeira evolução desse
estilo. Cansado de álbuns descartáveis? Cult Of Luna é a sua solução. Desde já,
um dos melhores lançamentos desse ano.
NOTA: 9,0
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