Mostrando postagens com marcador The Night Flight Orchestra. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador The Night Flight Orchestra. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 6 de setembro de 2017

The Night Flight Orchestra - Amber Galactic (2017)


The Night Flight Orchestra - Amber Galactic (2017)
(Shinigami Records/Nuclear Blast – Nacional)


01. Midnight Flyer
02. Star of Rio
03. Gemini
04. Sad State Of Affairs
05. Jennie
06. Domino
07. Josephine
08. Space Whisperer
09. Something Mysterious
10. Saturn in Velvet
11. Just Another Night

Quando fiquei sabendo que o 3º álbum de estúdio do The Night Flight Orchestra sairia em versão nacional, não vou negar que abri um sorriso de orelha a orelha. Para quem não conhece o sexteto sueco, uma das bandas mais legais da atualidade, se trata de um daqueles projetos que chamamos de supergrupo. Sua formação conta com Björn “Speed” Strid (vocal/Soilwork), David Anderson (guitarra/Soilwork), Sebastian Forslund (guitarra), Sharlee D’Angelo (baixo/Arch Enemy, Spiritual Beggars, ex-King Diamond), Jonas Kälsbäck (bateria/Mean Streak) e Richard Larsson (teclado/Gathering Of Kings). Em resumo, só músicos do mais alto gabarito.

Quem escutou os dois excelentes trabalhos anteriores, Internal Affairs (12) e Skyline Whispers (15), sabe muito bem o que irá encontrar em Amber Galactic, mas se você desconhece por completo a banda e foca apenas nos grupos de origem dos músicos, se prepare para uma grande surpresa, pois a aposta aqui é no Classic Rock setentista, com grandes nuances de Rock Melódico/AOR/Rock de Arena. Saca aquela sonoridade típica da transição dos anos 70 para os 80, que consagrou nomes como Journey, Kansas, Boston, Foreigner, Styx, Toto, Survivor ou Eagles? É exatamente isso que você irá encontrar por aqui. E prezado leitor, isso é bom demais, acredite.

No The Night Flight Orchestra,  Björn “Speed” Strid tem a oportunidade rara de mostrar todo o seu talento como vocalista, comprovando de uma vez por todas que é sim, o melhor cantor daquela geração do Death Melódico surgida nos anos 90. Se não acredita, basta escutar o que ele faz por aqui. A dupla de guitarristas formada por David Anderson e Sebastian Forslund mostra uma competência impar, forjando ótimos riffs, enquanto a parte rítmica, com Sharlee e Jonas, esbanja talento, técnica e muito groove (e convenhamos, não podia ser diferente). Por último, cabe também destacar o excelente trabalho do tecladista Richard Larsson, que não só encaixa muito bem suas partes nas músicas, como faz solos inspiradíssimos. 


Já na abertura, o sexteto deixa bem claro a que veio. “Midnight Flyer” é uma faixa forte, que mescla algo de Prog Rock com Deep Purple, com bons riffs, ótimos vocais e solos. “Star of Rio” tem uma pegada mais Rock, novamente com as guitarras se destacando e um refrão bem marcante, enquanto “Gemini” é divertida, com uma melodia que cativa o ouvinte desde o primeiro segundo e um refrão simplesmente grudento, que você já se pega cantando de primeira. Vale deixar claro que sim, existe uma veia certa veia Pop na música do TNFO, que dá à sua música uma acessibilidade muito legal. Já “Sad State Of Affairs” soa como se o Kiss se encontrasse com o Rolling Stones, com ótimos resultados, e a balada “Jennie” tem muito de Supertramp nela, com destaque para o trabalho dos teclados.

A segunda metade do álbum abre com a ótima “Domino”, carregada de elementos de AOR e que vai te remeter fortemente ao Toto. O refrão simples e pegajoso vai te pegar de cara. “Josephine” possui uma veia pop bem legal, que vai te remeter diretamente ao início dos anos 80, enquanto “Space Whisperer” tem uma pegada um pouco mais Rock, com belo trabalho tanto das guitarras quanto do teclado. “Something Mysterious” me fez pensar de cara em Survivor, com uma levada mais cadenciada e bastante melodia, e “Saturn in Velvet” tem grande influência de Prog Rock, sendo a faixa épica do trabalho. Encerrando, temos uma versão muito legal para “Just Another Night” (Mick Jagger), que coloca o astral lá em cima e te faz dar aquele mergulho de cabeça nos anos 80.

Gravado no Handsome Hard Studio e no Nordic Sound Lab, Amber Galactic teve produção da própria banda, com sua mixagem tendo sido feita por Sebastian Forslund. Já a masterização, realizada no The Panic Room, ficou nas mãos de Thomas “Plec” Johansson. O resultado final é ótimo, já que além de ficar tudo perfeitamente audível, conseguiu deixar bem no clima da época, mesmo soando como uma produção atual. Mantendo o altíssimo nível dos trabalhos anteriores, e provando que não precisa copiar Black Sabbath ou Led Zeppelin para fazer um som que remeta aos anos 70, o The Night Flight Orchestra não só lançou um dos melhores álbuns de 2017, como também um dos mais divertidos.

NOTA: 9,0

The Night Flight Orchestra é:
- Björn “Speed” Strid (vocal);
- David Anderson (guitarra);
- Sebastian Forslund (guitarra);
- Sharlee D’Angelo (baixo);
- Jonas Kälsbäck (bateria);
- Richard Larsson (teclado).

Facebook
Twitter
YouTube



sábado, 27 de fevereiro de 2016

Fast Review – Resenhas rápidas para consumo imediato!

Blazon Stone – No Sign Of Glory (2015)
(StormSpell Records – Importado)


O projeto do sueco Cederik Forsberg (Rocka Rollas), que faz praticamente tudo aqui, exceto os vocais que ficaram a cargo de Georgy Peichev, chega a seu segundo trabalho. E bem, o nome da banda já deixa muito claro qual a maior influência do Blazon Stone. No sucessor de Return to Port Royal (13), você irá se deparar com aquele Heavy/Power que sempre caracterizou a carreira do Running Wild e vai agradar em cheio aos fãs desta. Ótimos riffs e coros, musicas rápidas e de ótima qualidade, ou seja, tudo que você espera de um trabalho do Running Wi....ops, do Blazon Stone. Se curtiu o debut, vá sem medo. (8,0)


______________________________

The Night Flight Orchestra – Skyline Whispers (2015)
(Coroner Records – Importado)


Aos que não conhecem, esse é um projeto que reúne membros do Soilwork, o vocalista Bjorn “Speed” Strid e o guitarrista David Andersson e o baixista Sharlee D’Angelo (Arch Enemy, Spiritual Beggars, Mercyful Fate, Witchery) e que chega a seu segundo CD. Ao contrario do que muitos podem imaginar, a sonoridade do TNFO passa longe do extremismo, pois trafega entre aquele Hard setentista mais melódico e o AOR/Rock de Arena típico dos anos 80. As referências aqui seriam bandas como Deep Purple, Europe, Journey, Kiss, Eagles, Foreigner, dentre outras. E para quem se acostumou com os vocais de Bjorn em sua banda principal, prepare-se para a surpresa, pois aqui o cara canta de uma forma magnífica, não deixando nada a dever a qualquer grande vocalista do estilo. (9,0)


_____________________________

Heartlay – Remedy (2015) (EP)
(Independente – Importado)


O grupo francês, que já se fez presente nessa sessão meses atrás com seu EP de estréia, retorna agora com um novo trabalho, mostrando aquela mesma mescla de Metal Alternativo e Industrial, só que mais agressiva e obscura que antes, em uma clara evolução com relação ao antecessor de Remedy. Intenso, carregado de boas melodias e muita força, vai agradar em cheio aos fãs de sonoridades mais modernas. E para completar, mais uma vez o trabalho se encontra disponível para download gratuito no Bandcamp do Heartlay. (8,0)


______________________________

Black Tusk – Pillars of Ash (2016)
(Relapse Records – Importado)


Em Novembro de 2014 o Black Tusk sofreu um duro golpe, com o falecimento de Jonathan Athon (Baixo/Vocal), durante o processo de gravação de Pillars of Ash. Como o mesmo já havia gravado boa parte dos seus vocais, a banda optou por seguir em frente, como uma forma de homenagear o velho amigo, com Corey Barhorst (ex-Kylesa) assumindo a vaga. E para os fãs que estavam preocupados, saibam que os caras não aliviaram em nada e continuam apresentando um Sludge Metal cru, pesado, brutal, veloz, obscuro e raivoso. Por todas as circunstâncias que cercaram o mesmo, esse é certamente seu trabalho mais forte e impactante. (8,5)


______________________________

Ape Cave – Pillars of Evolution (2016)
(Independente– Importado)


Esse quarteto americano chega a seu primeiro álbum completo apresentando uma sonoridade que mescla Sludge, Stoner e Doom, com toques bem interessantes de psicodelismo aqui e ali. Isso acaba por gerar uma música de inegável qualidade, bem diversificada e dinâmica, além de claro, possuir uma rara personalidade para uma banda tão nova. Definitivamente um trabalho surpreendente! (8,5)


______________________________