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quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Rival Sons - Hollow Bones (2016)


Rival Sons - Hollow Bones (2016)
(Earache Records - Importado)


01. Hollow Bones Pt. 1
02. Tied Up
03. Thundering Voices
04. Baby Boy
05. Pretty Face
06. Fade Out
07. Black Coffee
08. Hollow Bones Pt. 2
09. All That I Want

Dessa geração surgida nos últimos anos e que aposta no Classic Rock, o Rival Sons é, ao menos do meu ponto de vista, a melhor banda disparada. O altíssimo nível de seus 4 álbuns anteriores é indiscutível e seu trabalho anterior, The Great Western Valkyrie (14), entra facilmente em uma lista de melhores álbuns de Rock/Metal lançados nos últimos 10 anos. Sua escolha para abrir a turnê de despedida do Black Sabbath não é simples coincidência.

Em Hollow Bones, seu novo trabalho, o Rival Sons conseguiu o que parecia impossível, superar o excelente álbum anterior. Com um Hard/Blues calcado nos anos 60 e 70 e influências de gigantes do período como Free, Led Zeppelin e The Who, nos deparamos aqui com algo magistral. Jay Buchanan está cantando melhor a cada dia e impressiona com seu desempenho, enquanto Scott Holiday está tranquilamente entre os principais guitarristas da atualidade. Seus riffs e solos são afiados e inspiradíssimos. São no mínimo viciantes e causam séria dependência. Já Dave Beste e Michael Miley estão ainda mais entrosados em estúdio do que no álbum anterior e transbordam peso, técnica e variedade.

Eu poderia simplesmente destacar o álbum inteiro e isso não soaria exagero, já que poderia soar injusto destacar uma ou outra faixa em um trabalho tão homogêneo e de qualidade tão ímpar. Ainda sim, vou apontar como minhas favoritas aqui as duas partes de “Hollow Bones”, “Tied Up”, “Thundering Voices”, “Baby Boy” e “Pretty Face”. Mas sinceramente, as demais não citadas estão no mesmo nível de qualidade destas.

A produção é soberba e alia modernidade a um clima vintage, que remete diretamente aos anos 60 e 70, tendo sido feita novamente por Dave Cobb (California Breed, Europe, Chris Cornell). Já a capa é uma verdadeira obra de arte e está entre as mais belas que vi esse ano. Cortesia de Martin Wittfooth (vale a pena pesquisar sobre o trabalho dele). Se em The Great Western Valkyrie, afirmei que ele é um dos melhores trabalhos dos últimos 10 anos, agora, com Hollow Bones o buraco é mais embaixo. Um álbum que entra tranquilamente entre os melhores lançados no meio do Rock/Metal nas últimas duas décadas. Obrigatório, clássico e, até o momento, o melhor álbum de 2016.

Ah, e a melhor parte é que no dia 10 de Agosto, a Hellion estará lançando Hollow Bones no Brasil em versão digipack, idêntica a importada. Definitivamente imperdível!

NOTA: 9,5

Rival Sons é:
-  Jay Buchanan (vocal)
-  Scott Holiday (guitarra)
-  Dave Beste (baixo)
-  Michael Miley (bateria)

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quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Os 10 melhores álbuns de Metal Internacional de 2014.


Listas têm a capacidade ímpar de gerar grandes polêmicas. Qualquer Top 10 alguma coisa é capaz de despertar paixões inflamadas e discussões acaloradas. Perdemos a razão e falamos com a emoção. Muitos até questionam a necessidades de tal artifício.
2014 passou, ótimos álbuns foram lançados e as listas andam pipocando por ai. Antes de tudo, você, leitor do A Música Continua a Mesma, deve ter em mente uma coisa muito simples. Essa é uma lista pessoal (como toda e qualquer outra desse tipo), que abarca o meu gosto e tudo que tive oportunidade de ouvir esse ano. O fato de um álbum não entrar aqui, não significa que o mesmo não possua qualidade ou que esteja em um patamar inferior a um dos 10 aqui listados. Significa apenas que no que tange meu gosto pessoal, estes me agradaram mais ou que simplesmente não tive a oportunidade de ouvi-lo.
E você? Concorda? Discorda? Qual a sua lista? Aqui vai a minha!



Blood In, Blood Out marca o retorno de Steve “Zetro” Souza ao Exodus em grande estilo. Aquela banda mais pesada e mais polida dos álbuns com Rob Dukes foi deixada de lado e aqui temos um retorno a sua sonoridade mais clássica, remetendo mais a trabalhos como Pleasures of the Flesh, Fabulous Disaster e Tempo of the Damned. Agressivo, raivoso e esmagador. Exodus is back!!!!!!!




Quando anunciaram Nick Holmes (Paradise Lost) como novo vocalista, alguns se perguntaram se esta seria a melhor escolha para substituir Mikael Akerfeldt (Opeth). Pois bem, Grand Morbid Funeral mostra que essa era realmente a melhor opção. Musicalmente temos aquele típico Death Metal da escola sueca, agressivo, brutal e corrosivo, que agregado ao desempenho impressionante e destruidor de Holmes, gerou um dos grandes álbuns de 2014. Um verdadeiro soco na boca do estômago.




A pergunta que martelava na cabeça dos fãs de Classic Rock nos últimos tempos era: O Blues Pills conseguiria manter em um álbum completo o desempenho avassalador dos Ep’s que havia lançado até então? Pois bem, a resposta foi sim! Com uma mescla sensacional de Blues Rock, Soul, Hard setentista e Rock Psicodélico, transpirando criatividade e personalidade e com um desempenho irrepreensível da fora do comum Elin Larsson (como canta essa menina!!!), seu álbum de estréia é simplesmente excelente. O Blues Pills ainda vai dar muito que falar.




Para mim, a maior banda de Death Metal da atualidade. Sendo assim, não poderíamos esperar algo menos que primoroso vindo dos americanos. Brutal, extremo e agressivo, A Skeletal Domain apresenta aquele Cannibal Corpse que todos estamos acostumados e esperamos escutar. É Death Metal sujo, grotesco e violento que todos aprendemos a gostar, fazendo com que a sua principal virtude seja exatamente a de nos dar o óbvio. Mais um grande clássico da banda.




Thrash Metal da Bay Area praticado na Finlândia. De todas as bandas surgidas no revival do Thrash nos últimos, anos, o Lost Society está facilmente entre as três melhores. Veloz, agressivo, caótico e muito divertido, é daqueles álbuns que te fazem voltar no tempo e se sentir novamente nos anos 80. E ainda tem de bônus um cover muito legal para I Stole Your Love, do Kiss. Melhor álbum de Thrash de 2014.




Não sei que dia o mundo irá acabar, mas sei que a trilha sonora do apocalipse certamente será algum álbum do Anaal Nathrakh. O nível de agressividade atingido pelo duo inglês é algo absurdo e poucas vezes visto. Insano, caótico e doentio, Desideratum é um pesadelo em forma de música. E olha, isso é um elogia no que tange música extrema. Infernal!




Um dos nomes mais interessantes dessa leva de banda surgidas nos últimos anos praticando Classic Rock, os americanos do Rival Sons reciclam grandes nomes do Rock como Led Zeppelin, Who, Stones e Hendrix, nos devolvendo um som com cara própria. Maduro, com um dos melhores vocalistas da nova geração (Jay Buchanan) e riffs de guitarra simplesmente viciantes, The Great Western Valkyrie tem tudo para entrar no panteão dos grandes álbuns da história do Rock.




Joe Bonamassa é foda e quanto a isso não existe discussão, afinal, um sujeito que começa a tocar guitarra aos 4 anos de idade e aos 12 é elogiado publicamente por ninguém menos que B.B.King, não pode ser definido de outra maneira. Trafegando entre aquele Blues Rock inglês dos anos 60 e 70 e o R&B, Bonamassa não só se mostrou um fantástico guitarrista como também um compositor de mão cheia. Como um amigo definiu perfeitamente, aqui a guitarra fala com o ouvinte, transpira emoção em cada nota. Álbuns de guitarristas são chatos? Se você pensa isso, escute Different Shades of Blue e reveja sua posição.




Provavelmente um dos álbuns mais esperados pelos fãs de Metal em 2014. O Mastodon é certamente uma das bandas mais inovadoras e diferenciadas surgidas nos últimos 15 anos. Com sua mistura de Classic Rock e Progressivo, riffs densos e intricados e harmonias vocais únicas, se colocam milhas a frente da concorrência. Consistente e pesado, Once More ‘Round the Sun tem tudo para consagrar de vez o Mastodon.




Tom Warrior (sim, para mim ele sempre será Tom Warrior) é um gênio. Isso já bastaria para colocar Melana Chasmata entre os 10 melhores álbuns de 2014. Após lançar álbuns seminais para a história do Metal com o lendário Celtic Frost, Tom criou o Triptykon para dar prosseguimento ao que havia apresentado no último trabalho de sua ex-banda, Monotheist (2006). Não é um trabalho para todos os gostos, pois sua absorção não é fácil, mas é uma verdadeira obra prima. Pesado, agressivo e arrastado, Melana Chasmata tem uma capacidade única de despertar as emoções mais obscuras naquele que o escuta. Mais um clássico atemporal do Metal oriundo da mente desse gênio.



sábado, 12 de julho de 2014

Os 10 melhores álbuns de Metal de 2014 até o momento.




Listas têm a capacidade ímpar de gerar grandes polêmicas. Qualquer Top 10 alguma coisa é capaz de despertar paixões inflamadas e discussões acaloradas. Perdemos a razão e falamos com a emoção. Mas a verdade é que somos apaixonados por essas listas, justamente por tudo isso listado acima.
Metade de 2014 passou, ótimos álbuns foram lançados e muitos já estão anotando no canto do bloco, aqueles CD’s que entrarão em suas listas de 10 melhores de 2014 no mês de Dezembro. E aqui não é diferente, tenho meus preferidos entre os que já saíram e espero ansiosamente por alguns que estão por vir. Ainda sim, resolvi listar aqui aqueles que considerei os 10 melhores álbuns lançados até o momento em 2014.
E você? Concorda? Discorda? Qual a sua lista? Aqui vai a minha!

10º LUGAR: Killer Be Killed – Killer Be Killed


Sempre tive os dois pés atrás com supergrupos e isso não era diferente antes do lançamento do projeto que une Max Cavalera (vocal e guitarra, ex Sepultura, Soufly/Cavalera Conspiracy), Greg Puciato (vocal e guitarra, The Dillinger Escape Plan), Troy Sanders (baixo e vocal, Mastodon) e Dave Elitch (bateria, ex Mars Volta). Felizmente o que encontramos aqui é um Metal moderno, pesado, melodioso e carregado de excelentes riffs. Por isso e pelo belo trabalho vocal, ganham a 10ª colocação até o momento.


9º LUGAR: Alcest – Shelter


O Alcest sempre foi uma banda diferenciada com a melancolia inerente a sua sonoridade e pela força criativa de Niege. Mesmo tendo deixado toda e qualquer influência do Black Metal de outrora de lado, sua música continuou a despertar os mesmos sentimentos do passado. Como dito na resenha do álbum, Se a nossa vida fosse um filme, Shelter certamente seria sua trilha sonora.


8º LUGAR: Crowbar – Symmetry In Black


Crowbar nunca erra. Donos de uma discografia impecável, a banda liderada pelo vocalista e guitarrista Kirk Windstein nos presenteou com mais um trabalho esmagador, com aquela sonoridade única e inconfundível. Conseguindo despertar sentimentos que vão da agressividade a melancolia, Symmetry in Black é um dos grandes trabalhos de 2014.


7º LUGAR: Ratos de Porão – Século Sinistro


Verdadeira instituição da música pesada brasileira, o Ratos de Porão voltou após um hiato de 8 anos sem álbuns de estúdio. E que retorno! Avassalador, destruidor e brutal são pouco para definir Século Sinistro. Dificilmente uma banda nacional conseguirá se equiparar a eles em matéria de peso em 2014.


6º LUGAR: Project46 – Que Seja Feita A Nossa Vontade


O Project46 é uma das principais bandas da nova geração do Heavy Metal no Brasil. Praticando um som moderno, pesado e de uma brutalidade impar, apresentaram um trabalho que certamente irá chocar os mais desavisados, tamanho o nível de violência. Desferindo uma porrada atrás da outra, Que Seja Feita Nossa Vontade coloca o Project46 entre as melhores bandas de Metal do país. Esmagador!


5º LUGAR: Dynahead – Chordata II


Eis um disco que certamente causará discussões por estar aqui. Banda oriunda de Brasília, o Dynahead pratica um Metal absurdamente experimental, misturando no mesmo caldeirão Djent, Thrash, MPB, Bossa Nova, Jazz, dentre outros. Se não é um som fácil mesmo para aqueles que possuem a mente mais aberta para a música, imaginem para os que têm um gosto mais tradicional. O sucessor de Chordata I (outro belo trabalho, lançado em 2013) e com o qual forma um trabalho conceitual sobre a origem da vida, é carregado de personalidade e originalidade, como toda a discografia do Dynahead.


4º LUGAR: Lost Society – Terror Hungry


Thrash Metal da Bay Area praticado na Finlândia. De todas as bandas surgidas no revival do Thrash nos últimos, anos, o Lost Society está facilmente entre as três melhores. Veloz, agressivo, caótico e muito divertido, é daqueles álbuns que te fazem voltar no tempo e se sentir novamente nos anos 80. E ainda tem de bônus um cover muito legal para I Stole Your Love, do Kiss. Dificilmente alguém lhe roubará o posto de melhor álbum de Thrash de 2014.


3º LUGAR: Rival Sons – The Great Western Valkyrie


Apesar da terceira colocação, este álbum poderia muito bem estar em primeiro, já que se encontra no mesmo nível que os dois acima dele nessa lista. Um dos nomes mais interessantes dessa leva de banda surgidas nos últimos anos praticando Classic Rock, os americanos do Rival Sons reciclam grandes nomes do Rock como Led Zeppelin, Who, Stones e Hendrix, nos devolvendo um som com cara própria. Maduro, com um dos melhores vocalistas da nova geração (Jay Buchanan) e riffs de guitarra simplesmente viciantes, The Great Western Valkyrie tem tudo para entrar no panteão dos grandes álbuns da história do Rock.


2º LUGAR: Triptykon – Melana Chasmata


Tom Warrior é um gênio. Isso já bastaria para colocar Melana Chasmata entre os 10 melhores álbuns de 2014. Após lançar álbuns seminais para a história do Metal com o lendário Celtic Frost, Tom criou o Triptykon para dar prosseguimento ao que havia apresentado no último trabalho de sua ex-banda, Monotheist (2006). O que se aplica ao Rival Sons, também se aplica aqui, já que poderia ser o primeiro da lista. Não é um trabalho para todos os gostos, mas é uma verdadeira obra prima. Pesado, agressivo e arrastado, Melana Chasmata tem uma capacidade única de despertar as emoções mais obscuras naquele que o escuta. Um clássico atemporal.


1º LUGAR: Mastodon – Once More ‘Round the Sun


Provavelmente um dos álbuns mais esperados pelos fãs de Metal em 2014. O Mastodon é certamente uma das bandas mais inovadoras e diferenciadas surgidas nos últimos 15 anos. Com sua mistura de Classic Rock e Progressivo, riffs densos e intricados e harmonias vocais únicas, se colocam milhas a frente da concorrência. Consistente e pesado, Once More ‘Round the Sun tem tudo para se consagrar como o melhor álbum do ano nas listas que serão feitas em Dezembro.

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Rival Sons – The Great Western Valkyrie (2014)




Rival Sons – The Great Western Valkyrie (2014)
(Earache Records - Importado)

01. Electric Man
02. Good Luck
03. Secret
04. Play the Fool
05. Good Things
06. Open My Eyes
07. Rich and the Poor
08. Belle Starr
09. Where I’ve Been
10. Destination On Course

De todas as bandas novas que apareceram nos últimos anos praticando Classic Rock, a melhor de todas certamente foi o Rival Sons. Com três ótimos álbuns na bagagem, Before the Fire (09), Pressure & Time (11) e Head Down (12), The Great Western Valkyrie tinha a espinhosa missão de manter o alto nível dos trabalhos anteriores.
Pois o quarteto formado por Jay Buchanan (vocalista), Scott Holiday (guitarrista), Michael Miley (baterista) e o estreante em estúdio, Dave Beste (baixo) conseguiu o improvável e lançou esse que pode ser considerado não só o seu melhor trabalho, como também um dos melhores álbuns de Rock dos últimos anos. Não, aqui não temos a reinvenção da roda, mas sim aquele típico Hard/Blues praticado no fim dos anos 60 e início dos 70 e que marcou os trabalhos anteriores do Rival Sons, mas com uma influência menos na cara do Led Zeppelin (mas calma, ela continua bem presente. Aqui você terá referências a outros nomes clássicos como The Who, Hendrix, Free, The Doors ou Stones, tudo reciclado de forma brilhantes e nos devolvido com uma clara maturidade e identidade, como nunca haviam feito até então. Individualmente, todos aqui brilham. Buchanan esta mais seguro do que nunca, se mostrando um dos melhores vocalistas do estilo, ao mesmo tempo em que Scott Holiday demonstra estar afiadíssimo e principalmente, inspiradíssimo, sendo responsável por riffs cativantes e viciantes. Beste se encaixou perfeitamente na banda e faz um dupla incrível com Michael Miley, um legítimo seguidor de Bonham, tanto em técnica quando em peso. Os maiores destaques aqui vão para “Electric Man”, “Secret”, “Good Things”, “Open My Eyes” e para a espetacular sequência final, com “Belle Starr”, “Where I’ve Been” (uma das mais belas baladas dos últimos anos) e o blues psicodélico “Destination On Course”.
A produção, novamente a cargo de Dave Cobb, é simplesmente perfeita, pois conseguiu levar para estúdio aquele clima dos palcos. Com um trabalho que transpira honestidade e principalmente, Rock and Roll, o Rival Sons nos entrega um álbum que é claro candidato a melhor do ano. Hoje em dia, o que não falta por ai são bandas com propostas similares, mas garanto que nenhuma apresenta a mesma qualidade. Classic Rock tocado acima de tudo, com alma.
                                             
NOTA: 9,5