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quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

Cradle Of Filth - Cryptoriana – The Seductiveness Of Decay (2017)


Cradle Of Filth - Cryptoriana – The Seductiveness Of Decay (2017)
(Nuclear Blast/Shinigami Records - Nacional)

 
01. Exquisite Torments Await
02. Heartbreak And Seance
03. Achingly Beautiful
04. Wester Vespertine
05. The Seductiveness Of Decay
06. Vengeful Spirit
07. You Will Know The Lion By His Claw
08. Death And The Maiden
09. The Night At Catafalque Manor (bônus)
10. Alison Hell (Annihilator Cover) (bônus)

Como é bom ver uma banda conseguir recuperar seu brilho. Nos anos 90, o Cradle of Filth lançou alguns trabalhos realmente clássicos, com maior destaque para os álbuns Dusk and Her Embrace (96) e Cruelty and the Beast (98) e o EP V Empire or Dark Faerytales in Phallustein (96), mas infelizmente a entrada no século XXI não foi das melhores, com trabalhos de qualidade discutível (Nymphetamine (04) e Thornography (06) passam longe dos seus anos de glória) e uma série de álbuns que entrariam naquela categoria “não fede e nem cheira”, já que soaram indiferentes para uma parcela de fãs de música pesada. Parte disso certamente pode ser colocado na conta das mudanças de formação ocorridas no período.

Hammer of the Witches (15) foi um trabalho que surpreendeu a muitos (inclusive a mim) pela sua força e grande qualidade, com o Cradle of Filth acertando a mão como não fazia desde o século passado. E nesse ponto, as entradas dos guitarristas Ashok e Rich Shaw e da tecladista e vocalista Lindsay Schoolcraft ajudaram demais, pois a química entre os novatos e Dani Filth (vocal), Daniel Firth (baixo) e Marthus (bateria) parece ter sido realmente instantânea. Era como se tocassem juntos há muito mais tempo. E foi mantendo essa formação (algo que não ocorria há muito tempo no COF) que partiram para a gravação de Cryptoriana – The Seductiveness Of Decay, seu 14º trabalho de estúdio (incluindo na conta o álbum de regravações, Midnight in the Labyrinth (12)).

Em Cryptoriana temos a prova que o álbum anterior não foi um simples golpe de sorte, já que o alto nível se mantém. Mesclando elementos de Black, Death e Heavy Tradicional, com as orquestrações e coros dando aquele ar gótico que marcou a banda nos anos 90, o Cradle of Filth conseguiu unir o antigo e o novo em sua sonoridade. Os vocais de Dani Filth continuam mostrando aquela versatilidade à qual nos acostumamos, enquanto a dupla de guitarristas formada por Ashok e Rich Shaw se mostra um verdadeiro achado, sendo responsáveis por alguns dos melhores riffs da história da banda, além de solos fantásticos. Na parte rítmica, Daniel Firth (baixo) e Marthus (bateria) apresentam a competência de sempre, com coesão e peso, enquanto Lindsay Schoolcraft nos entrega ótimas melodias de teclado e intervenções precisas de seus vocais.


Após a sinistra introdução com “Exquisite Torments Await”, que dá o tom do que encontraremos pela frente, temos “Heartbreak And Seance”, pesada, com bons riffs e atmosfera gótica dada pelos belos coros. Já “Achingly Beautiful” possui elementos sinfônicos grandiosos e vai remeter o ouvinte direto aos tempos de Dusk and Her Embrace. Sem dúvida uma das melhores de todo o álbum. A melancólica e melódica “Wester Vespertine” traz os primeiros elementos mais evidentes de NWOBHM, que acabam escancarados de vez em “The Seductiveness Of Decay”, graças à dupla Ashok/Shaw (a influência de Maiden fica muito evidente). “Vengeful Spirit”, além dos bons riffs, tem boa participação de Liv Kristine. Na sequência final, temos as pesadas "You Will Know The Lion By His Claw”, cativante e com refrão forte e “Death And The Maiden”. Na versão nacional, mais duas bônus, que fazem valer a pena a aquisição: a excelente “The Night At Catafalque Manor”, que poderia estar tranquilamente no clássico Cruelty and the Beast, e uma ótima versão para “Alison Hell”, do Annihilator.

Mantendo a dobradinha dos últimos trabalhos, mais uma vez trabalharam com Scott Atkins, que aqui ficou responsável pela gravação, produção, mixagem e masterização. Claro, audível e pesado. Quanto à parte gráfica, assim como em Hammer of the Witches, a belíssima capa foi feita por Arthur Berzinsh, com o layout do encarte tendo sido obra de Dan Goldsworthy (Devilment, Alestorm, Gloryhammer). Belíssimo por sinal. Mostrando que está vivendo uma de suas melhores fases, o Cradle of Filth acerta em cheio com Cryptoriana, provando que, ao contrário do que pareceu por um tempo, não perdeu a mão para boa música.

NOTA: 8,5

Cradle of Filth é:
- Dani Filth (vocal);
- Ashok (guitarra);
- Richard Shaw (guitarra);
- Daniel Firth (baixo);
- Marthus (bateria);
- Lindsay Schoolcraft (vocal/teclado).

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terça-feira, 3 de novembro de 2015

Cradle Of Filth - Hammer Of The Witches (2015)




Cradle Of Filth - Hammer Of The Witches (2015)
(Nuclear Blast/Voice Music – Nacional)

01. Walpurgis Eve
02. Yours Immortally
03. Enshrined In Crematoria
04. Deflowering The Maidenhead, Displeasuring The Goddess
05. Blackest Magick In Practice
06. The Monstrous Sabbat (Summoning The Coven)
07. Hammer Of The Witches
08. Right Wing Of The Garden Triptych
09. The Vampyre At My Side
10. Onward Christian Soldiers
11. Blooding The Hounds Of Hel

O Cradle Of Filth surgiu como um furacão em meados da década de 90, enfileirando 4 grandes álbuns, The Principle of Evil Made Flesh (94), Dusk and Her Embrace (96), Cruelty and the Beast (98) e Midian (00), além de 2 EP’s marcantes, V Empire of Dark Faerytales in Phallustein (96) e From the Cradle to Enslave (99). Dessa forma se estabeleceu ao lado do Dimmu Borgir como principal nome daquela geração do intitulado Black Metal Melódico, com sua música repleta de melodias e orquestrações, além de um sempre bem vindo acento gótico. Claro, existiram os detratores, mas a popularidade do COF era muito superior ao número desses.

Infelizmente, após isso a banda começou a “descer a ladeira”, lançando trabalhos que iam do mediano (Damnation and a Day (03), Darkly, Darkly, Venus Aversa (10)) ao fraco (Nymphetamine (04), Thornography (06)) e com The Manticore and Other Horrors (12) parecia que se estabilizaria naquele limbo dos lançamentos que se não desagradam, também não conseguem sequer arrancar um sorriso de canto de boca.

Eis então que surge Hammer Of The Witches, um álbum para sacudir a poeira que havia se estabelecido sobre a carreira do Cradle Of Filth. Estreando uma nova dupla de guitarristas, Rich Shaw e Ashok e contando com a preciosa aquisição da vocalista e tecladista Lindsay Schoolcraft, acabaram por lançar seu melhor trabalho dos últimos 15 anos. Aliando de forma equilibrada as características que marcaram a carreira da banda, ou seja, peso, velocidade, melodia, climas góticos e uma dose de rispidez, o COF mostra estar com sua criatividade em dia, como a muito não ocorria.

Shaw e Ashok se saem muito bem e podemos observar um desfile de guitarras gêmeas com nítidas influências de bandas clássicas da NWOBHM. Já os teclados de Lindsay surgem muito bem, sem exageros e muito bem encaixados, enquanto Daniel Firth (Baixo) e Mathus (Bateria) formam uma parte rítmica de muita qualidade, pesada e variada. Já Dani Filth, ao menos em estúdio, ainda se mostra um grande vocalista, mais maduro do que no passado e evitando cometer certos exageros. Vale citar também que as orquestrações presentes estão muito bem equilibradas em Hammer Of The Witches.

Apesar de todo o equilíbrio aqui apresentado, se torna impossível não apontar algumas músicas como destaques aqui, como “Yours Immortally”, “Enshrined In Crematoria”, “Deflowering The Maidenhead, Displeasuring The Goddess”, “Hammer Of The Witches”, “Right Wing Of The Garden Triptych” e “Onward Christian Soldiers”.

Assim como no trabalho anterior, todo processo de produção ficou a cargo de Scott Atkins e a belíssima capa é obra de Arthur Berzinsh. Apresentando um trabalho pesado, brutal, mas sem abrir mão de melodias grudentas, o Cradle Of Filth volta a acertar a mão, como a muito não fazia e mostra assim que quem é Rei, apesar de alguns percalços, nunca perde a majestade.

NOTA: 8,5

Cradle Of Filth é:

- Dani Filth (Vocal)
- Martin "Marthus" Skaroupka (Bateria)
- Daniel Firth (Baixo)
- Marek "Ashok" Smerda (Guitarra)
- Richard Shaw (Guitarra)
- Lindsay Schoolcraft (Vocal/Teclado)

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