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terça-feira, 13 de setembro de 2016

Broken & Burnt - It Comes to Life (2016)


Broken & Burnt - It Comes to Life (2016)
(Voadora Records - Nacional)


Vol.I
01. It Comes to Life
02. Bestowing Animation
03. Unexpected Dirge
Vol.II
04. Along the Way
05. Eve
06. Dead Womb
Vol.III
07. Deep Inside the Void
08. Cold Letters
09. Darkness & Distance

Acho recompensador quando tenho a oportunidade de acompanhar o processo de amadurecimento de uma banda. Em 2013, tive a chance de resenhar o debut dos capixabas do Broken & Burnt, Let The Burning Begin (Resenha aqui), e nele me deparei com uma banda que praticava um Groove Metal forte, enérgico e com influências de nomes como Pantera e Machine Head. Como dito na época, não reinventavam a roda, mas faziam um trabalho bem competente.

Surgidos em 2011, quando do lançamento do seu debut mal tinham completado 1 ano de estrada, o que significava que ainda estavam em um processo de busca de identidade, algo natural para qualquer banda que se inicia. E bem, posso dizer que de lá pra cá muita coisa mudou no som do Broken & Burnt, e para melhor. Em Let The Burning Begin, meio ao Groove Metal praticado, era possível notarmos influências de Stoner Metal, o que já era um indicativo para os mais atentos, de uma possível mudança nos próximos trabalhos, o que acabou por vir a ocorrer em It Comes to Life.

A agressividade vista no debut foi mantida aqui, mas agora em uma música que transita com muita naturalidade entre o Stoner, o Doom e o Sludge, cadenciada, pesada, melancólica, com vocais que alternam entre o soturno e o agressivo, riffs arrastados e recheados de influências “sabathicas” e uma parte rítmica bem pesada. Exemplos disso podem ser observados em “It Comes to Life”, bem arrastada, pesada e com um clima fúnebre, “Bestowing Animation”, intensa, diversificada e mais acelerada, “Unexpected Dirge”, outra bem cadenciada e com melodias interessantes e na soturna “Dead Womb”, outra com melodia marcante e onde os vocais remetem diretamente ao Alice In Chains (fato que ocorre em algumas outras canções). Para mim a melhor do trabalho. Vale destacar também que toda parte lírica foi baseada na clássica obra de Mary Shelley, “Frankenstein, ou o Moderno Prometeu”.

Outro ponto onde a banda mostrou grande amadurecimento foi no quesito produção, um dos pecados de Let The Burning Begin (não chegava a ser ruim, mas era bem mediana). It Comes to Life teve a produção de P.Lee Rockman e Igor Comério, sendo esse último também responsável pela mixagem (tanto esta quando a gravação foram feitas no Voadora Studios). Já a masterização foi realizada por Ricardo Mendes. Está tudo muito audível, com a dose de sujeira necessária a proposta da banda e timbragem muito bem escolhida. Um belo avanço. Já a capa é obra de Gustavo Rodrigues.

Se mostrando muito mais madura, coesa e apresentando uma música que apesar de bem melancólica, se mostra bem diversificada, o Broken & Burnt se mostra mais que pronto para voos mais altos. Sem dúvida alguma, uma das grandes surpresas de 2016.

NOTA: 8,5

Broken & Burnt é:
- Hugo Ali (guitarra/Vocal)
- César Schroeder (guitarra)
- Denis Coelho (baixo/vocal)
- Apache Moons (bateria)

Convidada:
- Thaysa Bretz (sintetizador)

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terça-feira, 27 de agosto de 2013

Broken & Burnt – Let The Burning Begin (2012)




Broken & Burnt – Let The Burning Begin (2012)
(Independente - Nacional)

01. Short – Sighted Solution
02. Break & Burn
03. Hatred Song
04. The New Me
05. Bleed
06. The Bait I Won’t Bite
07. Those Down (Shall Rise)
08. Tell Me No Lies
09.
Hate Will Grow

Em um passado nem tão distante assim, uma banda necessitava de anos e anos de estrada para conseguir angariar condições de lançar um álbum. Algumas, mesmo tendo qualidade para isso, sequer conseguiam chegar a gravar algo. Felizmente, com todo o desenvolvimento tecnológico dos últimos anos, se tornou muito mais fácil para bandas registrarem seu material independentemente de seu tempo de estrada. É nesse grupo que se encaixa os capixabas do Broken & Burnt. Formado apenas em 2011, já lançaram um EP, Hate Will Grow (2011) e ano passado, seu debut, Let The Burning Begin. Por mais que alguns possam julgar temeroso uma banda com tão pouco tempo já partir para estúdio e lançar um álbum, quando se tem qualidade e talento, isso deixa de ser um problema.
A proposta aqui é, em sua base, o Groove Metal (ou Alcoholic Groove Metal, como eles se definem) que marcou bandas noventistas como Pantera e Machine Head, mas é possível também pescarmos muito de Stoner Metal nas composições do Broken & Burnt. Apesar de suas influências serem bem latentes, em momento algum soam como simples cópias de nomes consagrados do estilo, conseguindo imprimir uma personalidade ao seu som, algo raro em uma banda com tão pouco tempo de estrada. As guitarras estão bem sujas e agressivas e apresentam um bom trabalho de riffs e base, a cozinha mostra muito entrosamento e diversificação e os vocais em alguns momentos podem te remeter a Metallica. O álbum é bem coeso e equilibrado, mas destacaria a abertura com “Short – Sighted Solution”, que possui um refrão marcante, “Break & Burn” bem trabalhada e que remete a Pantera, “Hatred Song”, bem porrada e direta e “Tell Me No Lies”, cadenciada e com certeza a melhor de todo álbum.
O único ponto passível de resalva aqui é a produção do álbum, bem mediana. É algo que provavelmente terá que ser melhorado no futuro. Se o Broken & Burnt não reinventa a roda em Let The Burning Begin, também passa longe de decepcionar. Demonstrando muito potencial, nos deixa ansiosos pelo seu segundo trabalho, que ao que tudo indica, deve sair no primeiro semestre de 2014.