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sábado, 1 de julho de 2017

Fast Review – Resenhas rápidas para consumo imediato!

(Relapse Records – Importado)
 

E a nova geração do Grindcore vai dando as caras e conquistando seu espaço. Surgido em 2007, o The Drip lançou 3 Ep’s (um deles em exclusivamente em cassete) antes de chegar neste que é seu debut. Mesclando seu Grind com Hardcore e principalmente Death Metal (em muitos momentos não seria exagero definir sua música como sendo um Death/Grind), podemos escutar ecos de nomes como Nasum, Rotten Sound e Nails, mas sem que soem como cópias. Violento, enérgico e agressivo, o The Drip deixa mais que claro que não precisamos nos preocupar com o futuro do Metal Extremo nas próximas décadas. (8,5)

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The Flight of Sleipnir - Skadi  (2017)
(Eisenwald Tonschmiede – Importado)
 

Chegando ao seu 6º álbum de estúdio, o The Flight of Sleipnir nos apresenta sua já conhecida mescla de Doom, Folk, Black e Prog Metal, que acaba por gerar uma música variada e difícil de se rotular. Os vocais vão dos mais agressivos aos limpos, sempre mantendo o alto nível, enquanto as guitarras despejam bons riffs, transitando com muita qualidade do Folk ao Black. Passagens mais melancólicas alternam com outras mais escuras, gerando uma música que, além das múltiplas influências, consegue também prender o ouvinte. Com o fim do Agalloch, o The Flight of Sleipnir e hoje uma das bandas mais interessantes do cenário metálico. (8,5)

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Já é o 8º álbum de estúdio do Astral Doors, mas, por mais que não seja algo tão forte como no início, em muitos momentos você ainda fica com aquela sensação de “mamãe quero ser o Dio quando crescer”. Não deixa de ser uma pena, pois o Heavy/Power do grupo capitaneado pelo mais que competente vocalista Nils Patrik Johansson possui lá suas qualidades, como já ficou provado em um passado nem tão distante. Aqui, além do ótimo trabalho vocal (algo entre Dio e Jorn Lande), temos bons riffs, boas melodias, uma parte rítmica competente e teclados muito bem encaixados. Mas ainda assim, falta algo para tornar o álbum marcante. Não é um trabalho fraco como Requiem of Time (10), mas passa longe dos ótimos Astralism (06) e Notes from the Shadows (14). (7,0)

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Lock Up -  Demonization (2017)
(Listenable Records – Importado)
 

O que esperar do novo álbum do Lock Up? Uma obra-prima, como seus dois primeiros trabalhos, Pleasures Pave Sewers (99) e Hate Breeds Suffering (02), ou algo apenas mediano, como Necropolis Transparent (11)? Após um hiato de 6 anos e a troca de vocalista, com a saída de Tomas Lindberg (At The Gates) e a entrada de Kevin Sharp (Venomous Concept, ex-Brutal Truth), o quarteto completado por Shane Embury, Nicholas Barker e Anton Reisenegger parece ter retornado renovado e inspirado. Os gritos perturbados de Kevin caíram como uma luva no massacre sonoro executado pelo Lock Up. Uma verdadeira aula de Death/Grind, Demonization é desses álbuns feitos para moer as vértebras dos pescoços daqueles que se aventurarem a escutá-lo. Um dos melhores álbuns de Metal Extremo de 2017! (9,0)

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Iron Reagan - Crossover Ministry (2017)
(Relapse Records – Importado)
 

Se lembrarmos que o Iron Reagan surgiu em 2012 como um simples projeto paralelo de membros do Municipal Waste e do Darkest Hour, o quinteto tem se mostrado mais do que produtivo, já que  Crossover Ministry é seu 3º trabalho completo de estúdio desde 2013. E bem, aqui não tem mistério, pois você vai encontrar o melhor do Crossover, já que conseguem equilibrar com rara precisão Thrash e Hardcore. Com pouco mais de 28 minutos de duração, sua música é rápida, violenta e destruidora, ideal para se bater cabeça a ponto de, depois da audição, você necessitar ou de um relaxante muscular, ou do telefone de um ortopedista ou, mais provavelmente, dos dois. (8,5)

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Borealis - World of Silence MMXVII (2017)
(AFM Records – Importado)
 

Nunca fui grande fã de regravações, já que indubitavelmente perdem em qualidade para o trabalho original. Mas toda regra tem sua exceção e aqui estamos diante de uma. Lançado em 2008, World of Silence apresentou o canadense Borealis aos fãs de Power Metal mundo afora, mostrando um potencial que veio a se confirmar nos trabalhos seguintes. Pois bem, o que era bom, ficou ainda melhor agora. Mesclando de forma muito bem equilibrada Power Melódico, Prog e Metal Sinfônico, com riffs pesados, melodias grudentas, uma parte rítmica técnica e coesa, teclados muitíssimos bem encaixados e os vocais irretocáveis de Matt Marinelli, o Borealis faz da nova versão de World of Silence um item obrigatório na coleção dos fãs do estilo. (8,0)

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quinta-feira, 2 de julho de 2015

Borealis – Purgatory (2015)




Borealis – Purgatory (2015)
(AFM Records - Importado)

01. Past The Veil
02. From The Ashes
03. The Chosen One
04. Destiny
05. Darkest Sin
06. My Peace
07. Place Of Darkness
08. Welcome To Eternity
09. Sacrifice
10. Rest My Child
11. Purgatory
12. Revelation

Todo banger mais eclético tem suas fases dentro do Metal. Nesse momento, por exemplo, estou em uma de procurar escutar e conhecer bandas com uma pegada mais setentista, mas lá pela segunda metade dos anos 90, andei escutando muito Power Metal Melódico. Não que já não o fizesse antes ou não tenha continuado depois, mas era (é) algo feito com parcimônia. O que me incomoda demais no estilo hoje é a latente falta de criatividade de uma parte considerável das bandas, que se limitam a copiar ipsis literis o que já foi feito com mais qualidade por nomes consagrados do estilo. Falta criatividade.

Dentro desse panorama, a canadense Borealis já havia chamado a atenção de alguns fãs do estilo com seu debut, World of Silence (08), que mostrou uma banda com muito potencial de crescimento, algo que foi confirmado no trabalho seguinte, Fall From Grace (11). Esses álbuns acabaram gerando shows e turnês com nomes como Epica, Kamelot, Sonata Arctica, Evergrey e Saxon, além de uma participação no renomado festival americano ProgPower. Purgatory sem duvida vem para colocar o grupo em uma posição de destaque dentro do cenário Power Metal. Aqui o estilo é fundido com o Prog e o Metal Sinfônico, como têm sido comum nos dias atuais, mas acaba gerando uma sonoridade muito interessante e dando uma cara toda própria a banda. O ouvinte não fica com aquela sensação do “já ouvi isso antes” em nenhuma das 12 faixas presentes, por mais seja possível notar as bandas que serviram de referência para a construção da identidade da Borealis. O maior destaque aqui fica sem dúvida alguma por conta do ótimo vocalista (também guitarrista) Matt Marinelli, que possui um timbre absurdamente agradável e elegante, podendo ser colocado sem o mínimo esforço entre os grandes vocalistas do estilo da atualidade. As guitarras (Marinelli e Mike Briguglio) despejam riffs sólidos e pesados, mas que não abrem mão das ótimas melodias, enquanto a parte rítmica de Jamie Smith (Baixo) e Sean Dowell (Bateria) se mostra bem técnica e competente, sendo capaz de dar variedade as músicas. Já os teclados (Sean Werlick) surgem muito bem encaixados, gerando um clima sinfônico graças aos ótimos arranjos e enriquecendo o resultado final. Já os refrões são exatamente como devem ser, ou seja, grudentos. Destaques ficam por conta de “Past The Veil”, “From the Ashes” (onde rola um dueto com a vocalista Sarah Dee), “The Chosen One”, “Destiny”, “My Peace”, “Sacrifice” e “Purgatory”.

A produção é da melhor qualidade e consegue dar um ar moderno as guitarras, mas sem descaracterizar o estilo da banda. Isso ajuda muito no resultado final, já que em momento algum a música do grupo soa datada. Curte nomes como Nocturnal Rites, Kamelot, Evergrey, Savatage ou Symphony X? Então meu amigo, Purgatory é mais do que indicado para você, é simplesmente obrigatório, pois estamos diante de um clássico contemporâneo do Power Metal Melódico. Guarde bem esse nome, Borealis, pois ainda irá escutar falar muito deles. Duvido que um álbum do estilo bata esse em 2015.

NOTA: 9,0