quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

O Subsolo - Volume 3 (2017)


O Subsolo - Volume 3 (2017)
(Independente - Nacional)


01. AlkanzA – Em Coma
02. Krucipha – Mass Catharsis
03. Cavera – Little General
04. Endrah – Your Life Deleted
05. The Undead Manz – Only Bad Men
06. Final Disaster – Beware The Children
07. XAKOL – Rise of a New Sun, Part 2: Sunrise
08. All Seven Days – Ashes
09. Plunder – Plunder
10. Blood Eyes – Minha História
11. Khorium – Quem Vai Pagar
12. HellArise – Human Disgrace
13. Infestatio – Jeff
14. Threzor – Silent Execution
15. Morpheus’ Dreams – Lobo-Guará
16. Honra – E.L.A.
17. Core Divider – Bloody Religion
18. Thousand Suns – Matter of Life
19. Orkane – Sickly World
20. Obscurity Vision – Last Chance to Life

As coletâneas sempre tiveram um papel importante dentro da história do Heavy Metal, principalmente nos anos 80 e 90. Os volumes da Metal Massacre, lançados pela Metal Blade, da Death is Just the Beginning, da Nuclear Blast, e da brasileira Warfare Noise, lançada pela Cogumelo, marcaram época em seus períodos, apresentando bandas que até então eram desconhecidas por muitos do grande público. E por mais que tenham perdido um pouco da força a partir dos anos 2000, a verdade é que esse formato continua muito válido.

O que temos aqui em mãos é o volume 3 da coletânea do site O Subsolo, um dos principais do Brasil quando falamos em música pesada. Uma atitude mais do que louvável, já que o foco aqui é o de divulgação das bandas de nosso underground, e não o ganho financeiro. É claro que como em qualquer iniciativa desse tipo, temos aqui nossos altos e baixos, já que variações de qualidade, principalmente no quesito produção, sempre existirão, dada a grande quantidade de bandas presentes (são 20 nesse volume), mas não é exagero dizer que o resultado final é muito positivo.

Primeiro, temos que destacar aquelas bandas que se destacam pela qualidade acima da média. Esse é o caso do Krucipha (PR), com seu Thrash/Groove com toques de música regional, do Endrah (SP) e seu Death Metal forte e bruto, do The Undead Manz (SC) e seu Modern Metal com toques de Industrial e que pode agradar em cheio fãs de nomes como Rammstein e Deathstars, do Final Disaster (SP), que apresenta uma mescla muito legal de Melodic Death Metal com Groove, e o HellArise (SP), que vai agradar em cheio aos fãs de um bom Thrash/Death. Esses nomes realmente se destacam muito acima dos outros, e estão mais do que prontos para galgar um posto no primeiro escalão do Metal brasileiro.


No segundo grupo, temos aquelas bandas que nos apresentam um grande trabalho, e que pouco ficam devendo se comparadas com as citadas acima. Aqui temos o Alkanza (SC), com um Thrash/Groove fortíssimo, com boas letras em português, o Cavera (RS), que nos entrega um Modern Metal com fortes influências de System of a Down, o XAKOL (SC), com um Power Metal sólido, seme xagero e de boas melodias, o Morpheus’ Dreams (SP), que surpreende com um ótimo Symphonic Progressive Metal, o Core Divider (SP), veterano de outras coletâneas, e seu Deathcore esmagador, e o veterano Obscurity Vision (SC), com um Death/Black simplesmente brutal.

Por último, temos o terceiro grupo, com bandas que mostram potencial, mas que precisam de alguns ajustes aqui e ali, seja no quesito produção, seja no quesito de amadurecer mais seu som. É o caso do All Seven Days (AL), que apresenta um Heavy Metal pesado e moderno, do Plunder (SC) e seu Metal Tradicional que tem os dois pés bem fincados nos anos 80, do Blood Eyes (SC), com um Metal Tradicional cantado em português que remete fortemente às bandas brasileiras dos anos 80, do Khorium (RJ), com sua mescla de Rapcore e Groove Metal, do Infestatio (SP), que investe no Thrash Metal, mesma aposta do Threzor (SC). Ainda temos o Honra (BA), que executa algo entre o Thrash e o Death, com alguma coisa de Deathcore aqui e ali, o Thousand Suns (SC), outro grupo a apostar suas fichas no Power Metal, e o Orkane (SC), com seu Thrash Metal oitentista. Como já dito, com mais capricho na produção e/ou mais maturação e identidade no som, estarão prontas para buscar maior reconhecimento dentro do nosso cenário.

De resto, é louvar a iniciativa do O Subsolo, e que ela perdure por muito mais tempo, afinal, coletâneas são de uma importância ímpar para o desenvolvimento de uma cena forte, já que não só dá às bandas uma forma interessante de divulgar seus nomes, como também as ajudam a aparar arestas e aperfeiçoar sua sonoridade. Meus parabéns a todos os envolvidos.

NOTA: 8,0

Homepage
Facebook
Twitter
Soundcloud
Google+

Nenhum comentário:

Postar um comentário