quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

Ódio ao Extremo - Animal (2016)


Ódio ao Extremo - Animal (2016)
(Eternal Hatred Records - Nacional)


01. Kaos
02. Atentado Terrorista
03. Animal
04. Descartável
05. H’odeio
06. Palhaçada Generalizada
07. Merda
08. Na Real
09. Inverno Nuclear
10. Futuro do Brasil
11. Não!
12. Palestina
13. Nóia

Por um lado, o álbum de estreia do Ódio ao Extremo surpreende, já que a banda surgiu apenas em meados de 2012, mas já apresenta um trabalho altamente maduro. Já por outro, não surpreende em nada quando constatamos que a mesma vem da cidade de Lavras, no estado de Minas Gerais. E bem amigos, sabem como é, se a banda é mineira, tem 99,99% de possibilidade de ser muito boa. E bem, qualidade não falta aqui.

O quarteto mineiro não inventa e investe em um Crossover simplesmente brutal e sem espaço para enrolações. Talvez seja pelas letras em português e pelos ótimos vocais de João Mário, mas a primeira referência que vêm à cabeça durante a audição de Animal é o Ratos de Porão. Mas não pense que eles apenas emulam o som da banda de João Gordo e Cia, porque a coisa não é tão simples aqui. É possível, durante todo o trabalho, escutar reminiscências de nomes como D.R.I., Napalm Death, Exodus e muitos outros nomes. Desse caldeirão de influências, surge um som que faz jus ao adjetivo agressivo.


Totalmente direto, esse não é um trabalho indicado a pessoas de ouvido sensível, já que a brutalidade dá as caras durante toda a audição. Faixas como “Atentado Terrorista” e “Animal”, pendem mais para o Thrash e possuem até mesmo alguns toques de Grindcore, enquanto outras como “Descartável”, “Palestina” e “Nóia” pendem mais para o Hardcore. Vale também destacar a brutal “Merda” e a ótima “Futuro do Brasil”, tão caótica quanto nosso país.

A produção ficou a cargo de Celo Oliveira (Aneurose, The Black Rook, Traumer), assim como também a mixagem e a masterização, tudo realizado no Kolera Studios (RJ). Ficou com uma qualidade muito boa, mantendo a clareza dos instrumentos, que estão todos audíveis, mas sem tirar o peso, a agressividade e claro, aquela dose de sujeira necessária para tal proposta sonora. Já a bela parte gráfica ficou por conta de Marcus Lorenzet (Aneurose, Lothlöryen, Pagan Throne) da Artspell (www.artespell.net).

Tem ouvidos delicados e sensíveis? Então meu caro, passe longe do álbum de estreia do Odio ao Extremo, caso contrário poderá terminar com os ouvidos sangrando e claro, surdo. Uma das grandes revelações do Crossover nacional nos últimos anos.

NOTA: 8,0

Ódio ao Extremo é:
- João Mário (vocal);
- Samuel (guitarra);
- Bruno (baixo);
- Hauny (bateria).

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