sexta-feira, 3 de junho de 2016

The Resistance - Coup de Grâce (2016)


The Resistance - Coup de Grâce (2016)
(Shinigami Records - Nacional)


01. Death March
02. I Welcome Death
03. Smallest Creep
04. Violator
05. Felony
06. Death Blow
07. Resolution
08. World Order
09. Enslavement
10. Art of Murder
11. For the Venom
12. The Drowning
13. As It All Came Down

Quando em 2011, o vocalista Marco Aro (The Haunted) e os guitarristas Jesper Strömblad e Glenn Ljungström (ambos ex-In Flames) anunciaram o surgimento do The Resistance, ao lado do baixista Alex Losbäck Holstad (Cardinal Sin) e do baterista Chris Barkensjö (ex-Grave, ex-Kaamos), a sensação era de que estávamos diante de um Dream Team do Death/Thrash Metal. Já com Claudio Oyarzo (Minora) no baixo, tal impressão se confirmou com os lançamentos do EP Rise from Treason e do álbum Scars, em 2013. Em 2015, com Robert Hakemo (ex-Gardenian, ex-Gooseflesh, ex-M.A.N) assumindo o baixo, soltaram outro ótimo EP, Torture Tactics, que deixou o público ainda mais ansioso pelo segundo trabalho.

Para os que não conhecem o trabalho do quinteto, ele passa distante do Gothenburg Sound que muitos podem vir a imaginar, devido ao passado de seus integrantes. Aqui não existe muito espaço para melodias e a sonoridade segue mais a linha de nomes como Entombed ou Grave, ou seja, um Death Metal mais Old School e que certamente vai agradar os mais saudosistas. Ou seja, se espera um som mais melódico e brando, vai quebrar a cara.

Em Coup de Grâce, vemos uma banda ainda mais pesada, agressiva e brutal que em sua estreia, com seu Death Metal que recebe influências de Hardcore e Crust. Os vocais de Marco Aro soam infernais e se destacam, enquanto Jesper e Glenn fazem um trabalho fenomenal nas 6 cordas. Riffs cortantes, esmagadores e sem o mínimo de compaixão. O baixo de Hakemo forma uma dupla implacável com a bateria de Barkensjö. O peso oriundo da parte rítmica impressiona e são responsáveis por dar alguma variedade às canções.

Sim, digo alguma, porque os temas aqui presentes pouco primam pela variedade, já que a porrada come solta do início ao fim. Ainda sim, isso é compensado pela alta qualidade das composições, pela energia e brutalidade que transbordam por todos os poros da música do The Resistance. Dentre as 13 canções presentes, aponto como minhas preferidas “I Welcome Death”, “Smallest Creep”, “Death Blow”, “Resolution”, “Art of Murder”, “For the Venom” e “As It All Came Down”.

A produção foi realizada pela própria banda, em parceria com Jocke “The Wizard” Skog, que também foi o responsável pela mixagem e masterização. O resultado final é ótimo, pois apesar de ter deixado tudo bem claro, conseguiu aliar isso à sujeira e às distorções necessárias para manter a agressividade dos suecos. Já a capa foi obra de Michaela Barkensjö (Sinners Art).

Só existe um ponto a se lamentar aqui. Após a gravação e lançamento de Coup de Grâce, a banda contou com uma rápida mudança de formação, saídas de Jesper e Glenn e entrada de Daniel Antonsson (ex-Soilwork, ex-Dark Tranquillity), e logo depois decretou o fim de suas atividades. Uma pena, pois possuíam potencial de sobra para se firmarem entre os maiores nomes do Death Metal da atualidade. Felizmente, nos deixaram um ótimo trabalho, desses feitos para bater cabeça e moer até mesmo os pescoços dos Deathbangers mais calejados. Se curtir o bom e velho Death Metal sueco, pode correr sem medo atrás da sua cópia.

NOTA: 8,5

The Resistance (Gravação):
- Marco Aro (Vocal)
- Jesper Strömblad (Guitarra)
- Glenn Ljungström (Guitarra)
- Robert Hakemo (Baixo)
- Chris Barkensjö (Bateria)

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