Fallujah - Dreamless (2016)
(Nuclear Blast - Importado)
01 Face Of Death
02 Adrenaline
03 The Void Alone
04 Abandon
05 Scar Queen
06 Dreamless
07 The Prodigal Son
08 Amber Gaze
09 Fidelio
10 Wind For Wings
11 Les Silences
12 Lacuna
Existem bandas que criam um estilo todo seu e durante toda a carreira repetem o mesmo, lançamento após lançamento, sempre com ótimos resultados. Existem também aquelas que mesmo possuindo uma identidade, depois de um tempo procuram novas saídas para sua música, quando tal fórmula se desgasta. Já a maioria das bandas, procura seguir alguma fórmula que deu certo e fazer sua música sem invenções, focando assim em uma parcela específica do público.
Mas vejam só, existem aqueles casos raros de bandas que, a cada lançamento, procuram se reinventar, sempre buscando novos limites para sua música e se desafiando assim do ponto de vista artístico. Esse é o caso dos americanos do Fallujah. The Flesh Prevails (14), seu trabalho anterior, já apresentava avanços quando comparado com seu debut, The Harvest Wombs (11) e o mesmo ocorre se o colocarmos frente a frente com seu novo álbum, Dreamless.
O que começou com algo que se aproximava mais do Deathcore, tomou um novo rumo, seguindo para o lado de um Death Metal muito técnico, com tendências Progressivas e Ambient que davam um diferencial bem interessante ao grupo. Em Dreamless, o Fallujah mergulha ainda mais fundo nesse lado Progressivo/Ambient, adicionando a isso alguns elementos eletrônicos, o que certamente não irá agradar aos fãs mais ortodoxos de Death, mas agradará em cheio aqueles mais afeitos a experimentações.
Impressiona-me a forma como conseguem aliar peso, brutalidade e delicadeza em sua música. Os guturais de Alex Hofmann estão lá, presentes, fazendo o elo com as raízes do Fallujah, assim como riffs agressivos, parte rítmica técnica, com um baixo forte e imponente e uma bateria simplesmente destruidora (méritos para Robert Morey e Andrew Baird). Mas ao mesmo tempo, temos belos vocais femininos que surgem em algumas canções e que fazem um contraponto muito legal com os vocais de Alex, dando uma dinâmica muito legal ao trabalho vocal apresentado. Podemos escutar também as guitarras imprimindo belas melodias atmosféricas, em um trabalho fenomenal da dupla Scott Carstairs e Brian James, hoje entre as principais do Metal atual.
Tudo isso citado logo acima acaba por gerar uma música que certamente não é de fácil digestão, mas ainda sim de um primor ímpar. Os elementos eletrônicos presentes em alguns momentos podem vir a incomodar alguns, mas em nada comprometem o resultado final das canções. Aponto como minhas faixas preferidas “Adrenaline”, “Abandon”, “Scar Queen”, “Dreamless”, “Amber Gaze”, “Wind For Wings” e “Lacuna”.
A produção, com gravação a cargo de Zack Ohren (Carnifex, All Shall Perish, Immolation), mixagem e masterização de Mark Lewis (Cannibal Corpse, Carnifex, Trivium, Kataklysm, The Black Dahlia Murder), está excelente. Tudo claro, cristalino, agressivo e pesado, como deve ser. Já a capa é um belo trabalho de Peter Mohrbacher, estando entre as mais belas de 2016. Dreamless também contou com as participações especiais das vocalistas Tori Letzler e Katie Thompson (Chiasma), do vocalista Mike Semesky (Intervals, Ordinance, ex-The HAARP Machine) e do guitarrista Tymon Kruidenier (Exivious, ex-Cynic), o que enriqueceu ainda mais o resultado final. Há um tempo atrás, li alguém definindo o Fallujah como “muito mais que uma simples banda de Death Metal”. E bem, após escutar Dreamless, nem tem como discordar de tal afirmativa.
Coeso, criativo, altamente técnico e equilibrando brutalidade e beleza, mais uma vez o Fallujah recusa-se a se repetir, fazendo de Dreamless, um dos melhores álbuns que escutei até o momento nesse ano de 2016.
NOTA: 9,0
Fallujah é:
- Alex Hofmann (vocal)
- Scott Carstairs (guitarra)
- Brian James (guitarra)
- Robert Morey (baixo)
- Andrew Baird (bateria)
Participações especiais:
- Tori Letzler (faixas 3, 6 e 7)
- Katie Thompson (faixas 4, 6 e 12)
- Mike Semesky (faixa 10)
- Tymon Kruidenier (guitarra solo na faixa 6)
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(Nuclear Blast - Importado)
01 Face Of Death
02 Adrenaline
03 The Void Alone
04 Abandon
05 Scar Queen
06 Dreamless
07 The Prodigal Son
08 Amber Gaze
09 Fidelio
10 Wind For Wings
11 Les Silences
12 Lacuna
Existem bandas que criam um estilo todo seu e durante toda a carreira repetem o mesmo, lançamento após lançamento, sempre com ótimos resultados. Existem também aquelas que mesmo possuindo uma identidade, depois de um tempo procuram novas saídas para sua música, quando tal fórmula se desgasta. Já a maioria das bandas, procura seguir alguma fórmula que deu certo e fazer sua música sem invenções, focando assim em uma parcela específica do público.
Mas vejam só, existem aqueles casos raros de bandas que, a cada lançamento, procuram se reinventar, sempre buscando novos limites para sua música e se desafiando assim do ponto de vista artístico. Esse é o caso dos americanos do Fallujah. The Flesh Prevails (14), seu trabalho anterior, já apresentava avanços quando comparado com seu debut, The Harvest Wombs (11) e o mesmo ocorre se o colocarmos frente a frente com seu novo álbum, Dreamless.
O que começou com algo que se aproximava mais do Deathcore, tomou um novo rumo, seguindo para o lado de um Death Metal muito técnico, com tendências Progressivas e Ambient que davam um diferencial bem interessante ao grupo. Em Dreamless, o Fallujah mergulha ainda mais fundo nesse lado Progressivo/Ambient, adicionando a isso alguns elementos eletrônicos, o que certamente não irá agradar aos fãs mais ortodoxos de Death, mas agradará em cheio aqueles mais afeitos a experimentações.
Impressiona-me a forma como conseguem aliar peso, brutalidade e delicadeza em sua música. Os guturais de Alex Hofmann estão lá, presentes, fazendo o elo com as raízes do Fallujah, assim como riffs agressivos, parte rítmica técnica, com um baixo forte e imponente e uma bateria simplesmente destruidora (méritos para Robert Morey e Andrew Baird). Mas ao mesmo tempo, temos belos vocais femininos que surgem em algumas canções e que fazem um contraponto muito legal com os vocais de Alex, dando uma dinâmica muito legal ao trabalho vocal apresentado. Podemos escutar também as guitarras imprimindo belas melodias atmosféricas, em um trabalho fenomenal da dupla Scott Carstairs e Brian James, hoje entre as principais do Metal atual.
Tudo isso citado logo acima acaba por gerar uma música que certamente não é de fácil digestão, mas ainda sim de um primor ímpar. Os elementos eletrônicos presentes em alguns momentos podem vir a incomodar alguns, mas em nada comprometem o resultado final das canções. Aponto como minhas faixas preferidas “Adrenaline”, “Abandon”, “Scar Queen”, “Dreamless”, “Amber Gaze”, “Wind For Wings” e “Lacuna”.
A produção, com gravação a cargo de Zack Ohren (Carnifex, All Shall Perish, Immolation), mixagem e masterização de Mark Lewis (Cannibal Corpse, Carnifex, Trivium, Kataklysm, The Black Dahlia Murder), está excelente. Tudo claro, cristalino, agressivo e pesado, como deve ser. Já a capa é um belo trabalho de Peter Mohrbacher, estando entre as mais belas de 2016. Dreamless também contou com as participações especiais das vocalistas Tori Letzler e Katie Thompson (Chiasma), do vocalista Mike Semesky (Intervals, Ordinance, ex-The HAARP Machine) e do guitarrista Tymon Kruidenier (Exivious, ex-Cynic), o que enriqueceu ainda mais o resultado final. Há um tempo atrás, li alguém definindo o Fallujah como “muito mais que uma simples banda de Death Metal”. E bem, após escutar Dreamless, nem tem como discordar de tal afirmativa.
Coeso, criativo, altamente técnico e equilibrando brutalidade e beleza, mais uma vez o Fallujah recusa-se a se repetir, fazendo de Dreamless, um dos melhores álbuns que escutei até o momento nesse ano de 2016.
NOTA: 9,0
Fallujah é:
- Alex Hofmann (vocal)
- Scott Carstairs (guitarra)
- Brian James (guitarra)
- Robert Morey (baixo)
- Andrew Baird (bateria)
Participações especiais:
- Tori Letzler (faixas 3, 6 e 7)
- Katie Thompson (faixas 4, 6 e 12)
- Mike Semesky (faixa 10)
- Tymon Kruidenier (guitarra solo na faixa 6)
Prefiro o Benetunes. Cuidado, tem potencial.
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