sexta-feira, 6 de junho de 2014

Inervo – Aos Pés da Máquina (2014)




Inervo – Aos Pés da Máquina (2014)
(Independente - Nacional)

01. Intrabdução (Intro)
02. Martelo das Bruxas
03. Silêncio Sepulcral
04. Mundo dos Fracos
05. Sopro Nuclear
06. Exoesqueleto Mental
07. Maldita Raça
08. Algoz
09. Aos Pés da Máquina
10. Exército de Almas Secas (bônus track)

Sempre que falo de Djent, alguém vira e me pergunta: Di o que? Então, antes de tudo, vou tentar explicar minimamente e de forma simples, do que se trata esse tal Djent, que muitos hoje discutem se é ou não um novo estilo dentro do Metal. Trata-se de uma derivação do Metal Progressivo, mas que deste tem apenas a alta complexidade instrumental, já que de resto, se difere radicalmente pelos riffs agressivos, abafados e distorcidos, vocais que remetem a estilos mais extremos e toques de Industrial e Ambient aqui e ali. Isso de uma forma mais geral, pois no caso de algumas bandas, essas diferenças podem ser muito maiores com a introdução de elementos ainda mais diversos. Se você já teve a oportunidade de escutar bandas como Meshuggah ou Born Of Osíris, então prezado leitor, você já escutou Djent sem nem saber disso.
Posto isso, vamos falar do Inervo, banda de Praia Grande, litoral de São Paulo e que chega ao seu debut, Aos Pés da Máquina, justamente apostando no estilo em questão. Investindo nas letras em português (ótimas por sinal), uma tendência que vêm crescendo cada vez mais em nosso cenário e seguindo o manual do estilo, usando e abusando de peso, complexidade e agressividade nos riffs, conseguem criar um clima minimalista e caótico. Apesar de aqui termos elementos de estilos diversos como Djent, Thrash, Death, Prog e Industrial, em momento algum sua música fica sem sentido para o ouvinte, algo raro quando a proposta é algo assim mais abrangente. Apesar de em um ou outro momento terem me soado um pouco repetitivos (nada exagerado, ok), não temos aqui nenhuma faixa que desmereça o trabalho da banda. Destaques aqui vão para a minha preferida, “Martelo das Bruxas”, “Sopro Nuclear”, “Exoesqueleto Mental” e “Maldita Raça”.
É uma pena que poucas bandas apostem em algo nessa linha hoje no Brasil (na minha cabeça, só me recordei dos brasilienses do Dynahead). Felizmente o Inervo surge para preencher um vácuo existente em nosso cenário, apresentando um trabalho consistente e que vai agradar apreciadores de bandas como Monuments, Periphery, Meshuggah, Tesseract ou Born Of Osíris. E para os que se interessaram no trabalho, o cd está sendo disponibilizado para download no Facebook da banda.

NOTA: 8,0








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