Hazy Hamlet – Full Throttle (2013)
(Arthorium
Records - Nacional)
01. Full Throttle
02. Symphony Of Steel
02. Symphony Of Steel
03. A Havoc Quest
04. Vendetta
05. Jaws Of Fenris
06. Odin’s Rise
07. Thorium
08. Red Baron
Na
maioria das vezes, é dito que o fã de Heavy Metal é muito exigente e não se
contenta com qualquer coisa. Pois eu digo que não, não somos exigentes, mas sim
chatos. É uma afirmação forte, certamente, mas é a mais pura realidade. Muitas
vezes parece que nosso grande prazer não é escutar Heavy Metal, mas sim reclamar
do que é lançado. Uma hora, estamos dizendo que o som, apesar de bom, não é
original, que está carregado de clichês, que não surge nada de novo e
surpreendente, que tudo que é lançado é lixo. Já em outros momentos reclamamos
justamente do oposto, que tal som é diferente do Metal Tradicional que
acostumamos a escutar nos anos 80 e que nesse período é que se fazia música boa
e que não temos mais bandas apostando nisso. Nosso grande prazer hoje é
reclamar, reclamar, reclamar, escutar álbuns lançados há quase 30 anos atrás e
então, reclamar novamente.
Certamente
teremos aqueles que irão reclamar e criticar os paranaenses do Hazy Hamlet. Na
estrada desde 1999 e completando 15 anos de carreira, a banda lançou no final
de 2013 seu segundo trabalho, sucessor do bom Forging Metal (2009). O que temos
aqui? Uma boa mistura de NWOBHM com aquele típico Metal vindo da Alemanha e que
irá nos remeter a grandes nomes como Judas Priest, Iron Maiden, Accept, Manowar
e Running Wild. Resumindo, nada de inovador. Isso é um problema? Para alguns,
certamente sim, mas para mim é digno de ser louvado. Você pode argumentar que
se for para ouvir uma banda que se utiliza de todos os clichês do estilo, então
que se escute os originais, mas convenhamos, essas bandas a tempos não lançam
um trabalho realmente relevante, goste você disso ou não, caro leitor. Então,
qual o problema de novas bandas lançarem trabalhos calcados no que esses
grandes nomes fizeram? Para mim, nenhum. Aqui você irá encontrar Heavy
oitentista no talo, com riffs vibrantes, um vocal que foge dos agudos,
apostando em uma voz mais grave e forte e uma cozinha forte e pesada, que não
deixa buracos na música, apesar de termos apenas uma guitarra presente. Os
grandes destaques aqui vão para a faixa titulo, “Symphony Of Steel”, que vai te
remeter ao Accept, “Vendetta”, as “maidenianas” “Odin’s Ride” e “Red Baron”.
A
produção é boa, mas um tanto crua, o que de certa forma nos remete aos
trabalhos lançados nos anos 80. Full Throttle transpira garra e honestidade,
sendo um álbum agradável de escutar e que vai proporcionar bastante diversão
aos amantes desse tipo de som. E daí se abusam dos clichês do gênero e não
apresentam um trabalho original? Quando se faz algo de qualidade, como no caso
do Hazy Hamlet, isso não tem a mínima importância. E que continuem sempre
assim.
NOTA: 8,0
Arthorium Records
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