De La
Tierra – De La Tierra (2014)
(Roadrunner - Importado)
01. DLT - Intro
02. Somos Uno
02. Somos Uno
03. Rostros
04. San
Asesino
05. Detonar
06. Maldita
Historia
07. Fuera
08. Chamam
de Manaus
09. Reducidores
de Cabezas
10. Corran
11.
Cosmonauta Quechua
Na
história do Rock/Metal, não é incomum o surgimento de supergrupos. Alguns dão
certo, outros nem tanto, mas eles estão sempre ai a criar expectativas nos fãs
do estilo. O De La Tierra é mais um desses, mas com uma particularidade toda
sua. É formado única e exclusivamente por músicos de nome no cenário
Pop/Rock/Metal da América Latina. Dois de seus membros são bem conhecidos no
Brasil, ou pelo menos a banda de origem o é. O primeiro dispensa toda e
qualquer apresentação, pois se trata de nada mais, nada menos que Andreas
Kisser (G/Sepultura). Já o outro é Alex Gonzáles, baterista do Maná, que já
emplacou diversas músicas em trilhas de novelas por esses lados nos últimos
anos. Completam a formação o vocalista e guitarrista Andrés Gimenez, que chegou
a ter alguma repercussão por esses lados no final dos anos 90, através da banda
argentina de Thrash/Groove A.N.I.M.A.L. (certamente os headbangers mais antigos
irão se recordar) e o baixista Sr. Flávio, da banda de Ska/Rock Los Fabulosos
Cadillacs, que apesar de totalmente desconhecida no Brasil, é um dos grupos
mais influentes de todos os tempos do Rock latino americano.
Confesso
que estava bem curioso para escutar o que surgiria de uma formação tão
heterogênea assim, já que dois dos músicos são totalmente externos a cena do
Heavy Metal. Esperava algo diferenciado, com as influências latinas mais a tona
e, talvez por isso, tenha me decepcionado um pouco ao constatar que o De La
Tierra soa exatamente como uma mistura do A.N.I.M.A.L. com o Sepultura atual.
Veja bem, não estou dizendo que a música aqui é ruim, até porque temos bons
momentos aqui e ali, mas não apresentam novidade alguma em sua música. É Groove
Metal pesado, moderno, com uma agressividade bem dosada, agradável de ouvir e
que transpira honestidade. Do meu ponto de vista, pouco em se tratando do
calibre dos músicos envolvidos, mas certamente irá agradar fãs menos exigentes.
De diferencial, apenas o fato de as letras em muitos momentos serem bilíngues,
já que Andreas surge em muitos momentos dividindo os vocais com Andrés, como em
“San Asessino” (onde surgem algumas
batidas tribais), “Fuera” e “Chamam de Manaus”. Outros destaques vão
para “Somos Uno”, “Maldita História” e “Cosmonauta Quéchua”, a mais Thrash do
trabalho.
Apesar de
tudo, temos alguns pontos bem positivos. É perceptível que a banda ainda está
encontrando seu caminho e, até em virtude dos nomes envolvidos, possui grande
potencial futuro. Tudo questão de ousarem mais e colocarem uma dose a mais de
agressividade. Chamou-me muito a atenção também o ótimo desempenho da dupla Sr.
Flávio e Alex Gonzáles, principalmente deste ultimo. Ouso dizer que ele está
perdendo seu tempo no Maná, pois tem vaga em qualquer grande banda de Metal do
mundo. Frustrações a parte, o álbum cumpre bem sua função e é um bom trabalho de
estreia. Esperemos agora que para o próximo, explorem mais todo potencial
sonoro da banda.
NOTA: 7,5
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