segunda-feira, 7 de abril de 2014

De La Tierra – De La Tierra (2014)




De La Tierra – De La Tierra (2014)
(Roadrunner - Importado)

01. DLT - Intro
02. Somos Uno
03. Rostros
04. San Asesino
05. Detonar
06. Maldita Historia
07. Fuera
08. Chamam de Manaus
09. Reducidores de Cabezas
10. Corran
11. Cosmonauta Quechua

Na história do Rock/Metal, não é incomum o surgimento de supergrupos. Alguns dão certo, outros nem tanto, mas eles estão sempre ai a criar expectativas nos fãs do estilo. O De La Tierra é mais um desses, mas com uma particularidade toda sua. É formado única e exclusivamente por músicos de nome no cenário Pop/Rock/Metal da América Latina. Dois de seus membros são bem conhecidos no Brasil, ou pelo menos a banda de origem o é. O primeiro dispensa toda e qualquer apresentação, pois se trata de nada mais, nada menos que Andreas Kisser (G/Sepultura). Já o outro é Alex Gonzáles, baterista do Maná, que já emplacou diversas músicas em trilhas de novelas por esses lados nos últimos anos. Completam a formação o vocalista e guitarrista Andrés Gimenez, que chegou a ter alguma repercussão por esses lados no final dos anos 90, através da banda argentina de Thrash/Groove A.N.I.M.A.L. (certamente os headbangers mais antigos irão se recordar) e o baixista Sr. Flávio, da banda de Ska/Rock Los Fabulosos Cadillacs, que apesar de totalmente desconhecida no Brasil, é um dos grupos mais influentes de todos os tempos do Rock latino americano. 

Confesso que estava bem curioso para escutar o que surgiria de uma formação tão heterogênea assim, já que dois dos músicos são totalmente externos a cena do Heavy Metal. Esperava algo diferenciado, com as influências latinas mais a tona e, talvez por isso, tenha me decepcionado um pouco ao constatar que o De La Tierra soa exatamente como uma mistura do A.N.I.M.A.L. com o Sepultura atual. Veja bem, não estou dizendo que a música aqui é ruim, até porque temos bons momentos aqui e ali, mas não apresentam novidade alguma em sua música. É Groove Metal pesado, moderno, com uma agressividade bem dosada, agradável de ouvir e que transpira honestidade. Do meu ponto de vista, pouco em se tratando do calibre dos músicos envolvidos, mas certamente irá agradar fãs menos exigentes. De diferencial, apenas o fato de as letras em muitos momentos serem bilíngues, já que Andreas surge em muitos momentos dividindo os vocais com Andrés, como em “San Asessino” (onde surgem algumas batidas tribais), “Fuera” e “Chamam de Manaus”. Outros destaques vão para “Somos Uno”, “Maldita História” e “Cosmonauta Quéchua”, a mais Thrash do trabalho.

Apesar de tudo, temos alguns pontos bem positivos. É perceptível que a banda ainda está encontrando seu caminho e, até em virtude dos nomes envolvidos, possui grande potencial futuro. Tudo questão de ousarem mais e colocarem uma dose a mais de agressividade. Chamou-me muito a atenção também o ótimo desempenho da dupla Sr. Flávio e Alex Gonzáles, principalmente deste ultimo. Ouso dizer que ele está perdendo seu tempo no Maná, pois tem vaga em qualquer grande banda de Metal do mundo. Frustrações a parte, o álbum cumpre bem sua função e é um bom trabalho de estreia. Esperemos agora que para o próximo, explorem mais todo potencial sonoro da banda.

NOTA: 7,5





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