Gamma Ray – Empire Of The Undead (2014)
(earMUSIC/Edel
Records - Importado)
01. Avalon
02. Hellbent
02. Hellbent
03. Pale Rider
04. Born To Fly
05. Master of Confusion
06. Empire Of The Undead
07. Time For Deliverance
08. Demonseed
09. Seven
10. I
Will Return
11. Built A World (Bonus Track)
Lá se vão
4 anos, uma mudança de baterista (Dan Zimmerman saiu e foi substituído por
Michael Ehré) e um incêndio que destruiu totalmente o estúdio da banda, mas
finalmente o Gamma Ray surge com um novo álbum. Pelos últimos álbuns assaz
burocráticos e por todo histórico citado a cima, minha expectativa aqui não era
das melhores. A verdade é que desde Power
Plant (99), o Gamma Ray não lança um trabalho que me agrade de verdade.
Felizmente o panorama pode vir a ser mudado aqui.
Em seu
11º trabalho de estúdio, esse gigante do Power Metal alemão surge mais pesado e
menos melódico que nos álbuns anteriores, o que acaba sendo um ponto positivo. Podemos
até mesmo pescar aqui e ali, algumas passagens mais voltadas ao Speed/Thrash, o
que dá uma agressividade extra ao som do Gamma Ray. O que não muda de forma
alguma aqui é a, às vezes, irritante mania de Kai Hansen de “reciclar” não só
antigas canções de sua autoria como também de bandas clássicas do Rock/Metal. O
exemplo mais descarado disso talvez se dê na balada “Time For Deliverance”, com um refrão chupado descaradamente de “We Are The Champions”, do Queen. Não
acredita? Faça o teste você mesmo e experimente cantar o refrão desta sobre a
melodia do refrão de “Time For Deliverance”.
Já “Pale Rider” e “Hellbent”, irão te remeter diretamente
ao Judas Priest em diversas passagens. Ao menos em “Born To Fly” e “Master Of
Confusion” o objeto da reciclagem é o próprio Kai Hansen. Preste atenção e será
remetido, respectivamente, a “Eagle Fly
Free” e “I Want Out”, ambas de
sua fase no Helloween, o que acaba mostrando sua importância para a sonoridade clássica
desta última nos anos 80. Isso significa
que estamos diante de um álbum ruim? Não. Esses aspectos citados, apesar de incômodos,
não afetam tanto assim a qualidade da música apresentada em Empire Of The Undead. Por sinal, as
citadas “Hellbent”, “Pale Rider” e “Master Of Confusion”, ao lado da faixa
título e da épica faixa de abertura “Avalon”,
com seus mais de 9 minutos e que vai te remeter a “Rebellion in Dreamland”, podem ser apontadas como os destaques
desse trabalho.
Não, o
Gamma Ray ainda não voltou àquela velha forma de trabalhos clássicos como Land Of The Free (95) e Somewhere Out in Space (97), mas Empire Of The Undead tem o mérito de,
aparentemente, ter colocado a banda de volta nos trilhos após alguns trabalhos
que a mim soaram completamente indiferentes. Com guitarras mais cruas e um
pouco mais de peso em sua música, saíram da zona de acomodação que estavam e
aos poucos vão respirando novos ares. Agora só falta Kai Hansen deixar a
preguiça um pouco de lado e voltar a ser um pouco mais original em suas
composições para, quem sabe, voltarem aos tempos de glória. Mas se você é fã da
banda, não vai se decepcionar nem um pouco com o que irá encontrar aqui.
NOTA: 7,5
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